Aquela era uma noite diferente. Saí com uma turma e me vi com outra. Como nos aproximamos não tem explicação. A música aquele dia não seguia a mesma sequência, o ritmo era mais nosso do que deles, a dança tinha o suingue que poucos sabiam seguir.
Seu olhar, meu olhar. Seu sorriso, meu sorriso. As palavras se transformaram, acompanhando as letras que eram cantadas. As mãos ficaram em sintonia, seguindo o som do ambiente. Dois se tornaram um.
Alguma coisa aconteceu, pois não éramos mais apenas um. Talvez por não termos mais a música ao nosso ouvido, talvez por existirem outras pessoas envolvidas. Mas nossos olhos, quando se encontravam, mostravam cumplicidades. Nossos dedos entrelaçados representavam a união.
Aquele dia não teve fim. Ou talvez o final não fosse o esperado. Durante os dias nada existia, você não me via, eu não o via. Mas pelo canto dos olhos nos observávamos.
Por que o medo de nos envolvermos? Tudo ali era passageiro, mas o lema era viver intensamente. Pena que a realidade não é filosófica, ela machuca!
Na outra noite, tudo se repetia. E depois sumíamos novamente. Nenhuma palavra, nem um aperto de mão.

Não importa que tenha sido apenas uma vez, foi inesquecível. Assim como a primeira vez em que nossos olhos se encontraram, as primeiras palavras que trocamos, a primeira música que dançamos, o primeiro... beijo.
Regra n⁰7: Antes tarde do que nunca.
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