segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Ser x Ter

E a verdade dói. Dói, machuca numa intensidade sem igual.
Ela não causa uma ferida visível. Não é algo de fácil cicatrização. Ela dói, corrói. É uma espécie de tortura.
Se você se familiarizou com o sentimento dolorido da verdade acima, parabéns! Congratulations! Você esta na classificação de uma pessoa sensata.
Caso você não sinta nada disso com a verdade, sorry. Você não é um humano humanizado.
Existem pessoas humanas e pessoas robóticas. Pessoas que convivem e pessoas que vivem.
Considero-me uma humana humanizada (se é que existe essa termologia). Convivo, me transformo, sinto. Uma grande problemática em minha vida é a intensidade. Sou intensa. Gosto de sentir a alegria, de sentir a tristeza. Gosto de sentir o amor e a dor do término.
Sou arisca, azeda, ácida. Sou dócil, meiga, carismática.
Dói dizer a verdade? I don’t know... mas sinto toda vez que digo e peço desculpas.
A desculpa por acaso seria um modo de aliviar a acidez? Um tapa com luva de pelica?
Não exagerei quando te indiquei como superficial, vazio. Quando você se envergonhou de ser garoto propaganda da Calvin Klein, não queria que sentisse vergonha da grife que usava, mas do que vestia seu interior. Quando propôs trocar de carro, não poderia ser por algo menor, mas teria que ser mais. Teria que estar a mais. A frente, em destaque, reconhecido.
Não me arrependo de ter lhe lançado palavras engrandecendo seu ego. Você é sim, bacana, companheiro e divertido, mas você não soube utilizá-las a seu proveito. Preferiu aquelas que te veem como um ter. Um vestir. E não é assim você mesmo?
Um oco revestido de elogios? Um vazio preenchido de vento? Precisa de elogios, mulheres, status para se firmar na masculinidade.  Um evento, uma nova vestimenta, um novo amor, um bibelô a tira colo.
E você é um vivente? Alguém capaz de achar que sabe o que é ter uma vida passageira. Amizades descartáveis. Não, você não sabe.
Você sabe criar laços e desfazê-los? Lembrar-se de como cada volta trouxe uma história?
Não vou te julgar mais do que fiz até então.
Quando digo que sou mais do que seus olhos podem ver, estou falando do que é de fato verdadeiro.
Nossos momentos musicais serão eternizados. O que se leva dessa vida é o que se vive é o que se faz.

Sempre soube que você não era MPB. Seu toque no celular lhe condenava.
Sou MPB. Sou literatura. Sou Ceciliana.
Você: pode ser modismo, jornal. Não lhe julgarei mais.
Se você consegue compreender e sentir a verdade doendo... Ainda restará esperança.
Quem sabe você conseguirá ser e não apenas ter.

(PS. sem censura, sem achômetros. São pontos de vista, pode ser que um dia reconsidero a colocação)

domingo, 10 de novembro de 2013

Amor incondicional.

Houve tempos que desacreditou. Desacreditou no amor a dois, no amor fora da família. O amor era uma mentira bem contada.
Houve tempos que reacreditou. Acreditou no companheirismo, no convívio, no planejamento.
Houve esse tempo em que esteve cega. Apaixonou, amou.
E o amor não é mesmo cego?
Pois bem, em tempo presente a claridade que ofuscava a visão do enamorado foi apagada. A visão do real se apresenta. O mundo colorido e amplo se reapresenta.
Por onde andou no tempo de cegueira? Como tudo aconteceu sem que percebesse?
A realidade a trouxe de volta ao mundo. Um sonho, um medo, um teste.
Uma vida que carrega outra vida.
Um mundo colorido, amplo e medonho.
Há a possibilidade de acreditar que se encontrou o maior amor do mundo durante a cegueira.
Há a possibilidade de crer que a vida é bonita, é bonita e é bonita.
Há a possibilidade de sentir, que o maior amor do mundo está crescendo.
E através das possibilidades da vida a cegueira a fez acreditar.
Amor incondicional, a gente vê por aqui.