sábado, 24 de agosto de 2013

O que é, que é?!

E é estranho.
Não há ânimo para aquele bate papo caliente.
Não há sonhos alheios com pessoas alheias.
Não há vontade de flertar.

E é esquisito.
Volta aquela vontade louca de frequentar locadora.
Escolher um filme a dois, pensar no filme a dois.
Dividir os gostos, as curiosidades. Compartilhar.

É caótico.
Passada mais de uma semana, gesticular e sorrir vendo aquele momento que passou há dias, se repetir.
Perceber que está contando pela milésima vez a mesma  história.
Que pela milésima vez que a mesma pessoa te deixa com a cara mais boba.
Você sorri a toa, sorri do nada.
A alegria transborda.

As coisas estão em desordem.
Amnesia e lembranças.
Planos e improvisos.
Palavras e silêncio.

E o yakisoba acompanhado.
Sentir saudades, sentir falta.
Compartilhar, conviver, ter vontades.
Deixar de ter outras vontades.

E o que é, que é?!

O sorriso, o brilho, os planos.
As mordidas, as mensagens, ligação.

O que é que é?!

Estranho, caótico, desordenado?!



domingo, 4 de agosto de 2013

Sentir

"Eu não tinha este rosto de hoje, 
assim calmo, assim triste, assim magro, 
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força, 
tão paradas e frias e mortas; 
eu não tinha este coração que nem se mostra. 
Eu não dei por esta mudança, 
tão simples, tão certa, tão fácil: 
Em que espelho ficou perdida a minha face?"
Cecília Meireles


Indagações, dúvidas, dilemas. 
Tudo isso faz parte do cotidiano, da vida...
As vezes você para e pensa, WFT?! (que porra é essa?!) pois eh, que está havendo? Que rumo a vida está seguindo? Como tudo aconteceu e você nem percebeu??!
O que inquieta é a falta de tesão da vida. O que inquieta é a falta de adrenalina, de sentir, de sentir profundamente.
Falta-me o tempero, a temperatura. A intensidade.
Desde quando agi tanto com cautela? Sinto saudades de aprofundar. Sentir o ápice.
Saudade de apaixonar. Apaixonar por algo, um objetivo, um poema, uma literatura, uma atitude, alguém.
Saudade de fazer loucuras, andar sem compromisso, sem medo, sem estress. Sem pensar em quem poderá observar meus passos, ou até mesmo meu destino.
Entende-se que quantitade não é qualidade. Não adianta comprar milhares de livros, sendo que nenhum te satisfaz. Não adianta tentar fugir da realidade. O ter não é o ser. Não é por que possivelmente você tem, você possivelmente é.
E quando a vida ficou assim? Quando resolvi parar de intensificar?!
Realmente não sei, mas sei que sinto falta.
Falta de sentir. De intensificar.

Desejo: reencontrar o que me falta.
Saudades...