sábado, 9 de agosto de 2014

Eu preciso dizer...

Foi quando em uma noite você me veio como um sonho bom. Chegou, se aproximou como uma pessoa qualquer, uma pessoa normal. Convivência, convívio.
Foi quando sem querer descobrimos tantas afinidades, tantas coisas em comum.
Foi entre cervejas e petiscos.
Entre chegadas e partidas, nos conhecemos e despediríamos. Não foi questão de acaso, mas sim do que teria de acontecer. Estava traçado.
Vivíamos a intensidade da contagem regressiva, a qual não chegou.
Vivemos na individualidade de sermos nós, um só.
Nosso mundo, um mundo.
Vivemos experimentando a sensação de sentir mais a cada dia. Um zilhão de sentimentos que há de explodir.
Chuva de emoções, corações a mil. Sentimentos transbordados, imensuráveis se espalharão.
E quando chegada a hora, haverá medo. Medo de não ser o bastante. Medo de machucar os demais. Medo de que nossa felicidade traga tristeza e decepções.

Se está escrito, ajude-me a ler. Traduza a escrita. Guia-me.
E quando me pego em nosso mundo que é localizado ao redor dos seus braços, não tenho medo... Somos individualmente dois em um.
"Quando a gente conversa
Contando casos, besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos
E eu não sei em que hora dizer
Me dá um medo, que medo

É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
Eu preciso dizer que eu te amo tanto"

sábado, 5 de julho de 2014

Razão e emoção: o eterno duelo

Um zilhão de pensamentos, sentimentos, vontades. Razão e emoção: o eterno duelo.
E por que “no meio de tanta gente encontrei você...”, em um período fodástico. Cheio de contratempos, infinidade de baixo astral, acumulo de má fase, eis que “você me veio como um sonho bom”, ou, um sonho muito turbulento.
Não que seja o amor da minha vida, que seja alguém que me fará mover mundos e fundos para ficarmos juntos. Alguém que eu consiga provar que nosso amor superará todos os obstáculos. Mas é tipo esses amor de carnaval, de feriado, de férias. Ou um amor instantâneo igual a tantos outros amores dessa tal geração. Um amor que veio para provar que você é capaz de sentir. Que te faz acreditar, te faz sorrir, te faz bem.
Eis aqui o amor, como substantivo. Há diferença entre ser o amor e amar. Mesmo por que acho que “sou um poeta e não aprendi amar”

Pois bem, esse amor oculto, amor proibido, amor de adolescente, amor de risos, de mãos trêmulas, de mensagens e ligações às escondidas. De  mãos que se  tocam em segredo, de olhares mudos, pernas bambas, fala indecisa. Ahhh esse amor-xonite que traz risos aleatórios, que completa os momentos musicais, ocupa mente, pensamento, planos. Pois bem... esse amor que prova que seu coração bate em ritmos inimagináveis.

E é esse amor que é tão bom, tão gostoso e prazeroso que não deve acontecer.
Então vem a pergunta: porque não?!  E a resposta: por que sim.
E desde criança a gente aprende que por que sim não é resposta, mas em muitas situações fica esclarecido assim e ponto final. É o melhor.
Por que sim. Por que não era pra ser. Por que às vezes tem-se de renunciar a possibilidade de ir ao encontro da felicidade  para se viver em harmonia.
Talvez esse seja o “por que sim”.
"E tudo que é bom dura o tempo necessário pra ser inesquecível"

domingo, 4 de maio de 2014

Amigos descartáveis

Ok. Esse assunto há muito tempo circula minha mente. Não que eu tenha inventado tal nomenclatura e por ai vai, mas trata-se de um assunto que vive me cumprimentando entre conhecidos.
Sou nascida em São Paulo, vivi em alguns lugares, estudei em um número de escolas que não me recordo. Não sei o nome da professora da primeira série. Não tenho amiguinhos de longas datas.... Ok. Complicado até aqui?! Talvez não. Quem os tem?
A pessoa que tenho mais tempo de relação, mora em Jacareí, Andréia (a conheço faz uns 18 anos?!), e nossa relação se resume a alguns SMS s, e e-mails anuais.
Mudei pra Belzonte, onde vivi uns bons 11 anos. Cresci ali. Ensino médio, faculdade. Tenho muitos conhecidos, e amigos verdadeiros. De "longas datas" uns 15 anos, mais ou menos.
Pessoas de curti status, de chats, whatsapp diários, semanais, mensais, anuais. Pessoas que fizeram e fazem parte da minha vida. Estrelas da minha tatuagem, operários da minha formação. Convivemos, aprendemos, crescemos. Nos tornamos quem somos devido a tudo isso.
Enfim. Sou uma pessoa normal, dentro da normalidade de quem segue a vida. De quem avança cidades e Estados. 
Houve vezes em que tentei e até gostaria muito de não me relacionar. Sendo clichê: Criar muros ao invés de pontes. Não comunicar, não cativar, mas impossível!
A gente convive. Tem de conviver. Isso é regra da sociedade, OU, minha regra. Ahhh o que seria dos meus dias sem tagarelar, ouvir, sorrir, conviver?!
Mas tem horas que é necessário despedir. Desprender. Dizer adeus.
Faz parte da vida.
E dizer tchau dói! Não é fácil imaginar os dias sem os abraços, as conversas, os cafés, batatas com fritas, cinemas, teatros, livrarias, encontros alcoólicos, água de coco, tequila... E cada um sabe da sua particularidade, cada um sabe de sua importância. 
Despedir despedaça. Mutila. Aperta. Sufoca.
Dizer tchau com a certeza de um até breve não alivia a dor da despedida. 
Não é porque se vive no mundo, que não se viveu.
Não é porque muda se para uma cidade com prazo determinado que as amizades ali criadas não sejam verdadeiras. Sou profunda, não superficial. Vivo intensamente, sou verdadeira, logo, declaro que amizades não são descartáveis para mim.
Dizer um tchau, adeus, ate logo é uma tortura. Aperta profundamente.
Você descobre dores e sentimentos indescritíveis, intraduzíveis.
Então... a gente descobre muitas vezes quem são os amigos de verdade quando há ausência. Quando há distância.
Quando a distância não muda. Quando o tempo não apaga.
...
Não existe nomenclatura mais desnecessária (ao meu ver), do que amigos descartáveis.
Citando meu ídolo Carpinejar:
"Os amigos são próprios de fases: da rua, do Ensino Fundamental, do Ensino Médio, da faculdade, do futebol, da poesia, do emprego, da dança, dos cursos de inglês, da capoeira, da academia, do blog. Significativos em cada etapa de formação. Não estão em nossa frente diariamente, mas estão em nossa personalidade, determinando, de modo imperceptível, as nossas atitudes.
Quantas juras foram feitas em bares a amigos, bêbados e trôpegos? Amigo é o que fica depois da ressaca. É glicose no sangue. A serenidade."

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Descompromissos de um relacionamento

É porque quando te vejo não sei explicar o que sinto.
É porque quando te  imagino não sei explicar o que quero.
E porque quando te tenho, definitivamente, não é você.
É porque não é você, ou, não é só você.
É porque sei que não há possibilidade de futuro.
Talvez seja o motivo de  querer que seja o meu presente: Impossibilidade de futuro.
Viver de momento. Do agora.
E um agora que definitivamente não deveria acontecer.
É um presente tão momentâneo.
Aquele instante eternizado.
Adrenalina, correria. Emoção, paixão. Desejo..
E por não te ter completo, por não saber se é  você, se seria só com você. Por não completar, satisfazer, transbordar.
Talvez não seja  você. Talvez não seja só com você.

Descompromissos de um relacionamento

E como na música:
"Whatever you do, don't tell anyone"
https://www.youtube.com/watch?v=0l0nzPpvbFs&feature=kp

terça-feira, 29 de abril de 2014

Sentimentos

Surpreendente.
Caótico.
Errado.
Desejado.

Palavras aleatórias escritas. Palavras jogadas ao vento.
Sentimentos libertos. Soltos. Dispersos.

Atitudes incoerentes. Vontades impertinentes.
Imaginação censurada. Palavra não dita. Conversa visual.

Quantos anos de distância?
Quantas famílias pelo caminho?

Quanta anulação, quanto desejo.
Presença. Carência.
Conversas, silêncio.
Mãos, toque, pele.
Provar. Sentir.

Sem mais ou Cem mais.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Saudade

Sentir falta. Sentir a ausência, sentir saudades. Sentir.
Nostalgia me acompanha durante esse fim de semana. Saudades dos ex-colegas de trabalho, do ex companheiro de balada, do amigo, do namorado, dos vizinhos, da família distante.
Saudade do ônibus, do trânsito, da cervejaria, degustações.
Um chat no facebook, a saudade estava ali. Uma indagação “por que sentia sua falta?” eu questionava a um amigo em 2011.
E hoje questiono continuo sentindo sua falta. Não a mesma de tempos atrás, pois na época não nos falávamos, mas sinto saudades do abraço, cheiro, sorriso e toda sua chatice.
E hoje senti saudade da vida que não tive, dos amores que não investi, do filho que não tive, da viagem que não fiz.
Ser nostalgia, ser nostálgica. Insônia que umedece os olhos e aperta o coração...
Desaprendi a escrever. Preciso de um dicionário. Peço licença à musica para traduzir meu analfabetismo momentâneo.
“Aprendi sem a gramática que saudade não tem tradução.”

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Contrariando

♪ Eu procurei em outros corpos encontrar você
Eu procurei um bom motivo pra não, pra não falar
Procurei me manter afastado 
Mas você me conhece faço tudo errado, tudo errado... ♪

Você não aprovaria o tamanho do vestido, a cor do esmalte que uso nas últimas semanas.
Você não aprovaria o fato de misturar Big Apple com vinho e leite condensado.
Você não aprovaria a entrevista, a opção de trabalhar a noite.
Você não aprovaria a sandália, o impulso ao comprar o kit de maquiagem, ou seria o reboco para a face?
Você não aprovaria que eu secasse meu cabelo com secador. Ele perde seu liso natural, o ondulado e o volume que você tanto gosta de acariciar.
Você não aprovaria tanta coisa...
E no meio de fazer todas essas tantas coisas, eu tento esquecer o que você sugeriria que eu fizesse, o que você gostaria que eu fizesse, ou até mesmo, que eu o fizesse.
E nesta tentativa louca, desenfreada de fazer o que você não aprovaria, de fazer tudo contrário, eu, tento não pensar ou sentir você.
Não sentir suas mãos me conduzindo em meio às pessoas, não sentir seus dedos brincando com meus cabelos, dedilhando canções em minha pele.
E por que você tem esse jeito desligado-desatento-afetuoso-atencioso-carinhoso de me tratar, de aprovar e desaprovar meu jeito e minhas atitudes.
E por que você gosta que eu seja eu mesma, sem maquiagem, salto, cabelo alisado e afins.
E por que você sabe que eu fico nervosa em festas sociais, que fico trêmula e sem graça e que com uma dose de vodka ou champanhe e sua companhia me sinto segura.
Por que você ainda é minha segurança.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Por ai...


"E foi sem querer que te descobri.
Você se aventurou vir a esse mundo, brigou com as possibilidades e quietinho ficou, como quem quisesse passar despercebido quando de repente você se apresentou.
Apresentou-se corajoso e disposto a mudar o mundo. Mudar meu mundo. Colocar tudo de pernas para o ar, me deixar de cama.
E quem imaginava que algo de tão poucos milímetros fosse capaz de trazer tanto sentimento. Aflorou coisas inimagináveis. Muito medo, muito enjoo, muito sono. Muita felicidade, muito amor, o tão falado: maior amor do mundo.
E você, meu guardião, trouxe muito choro, coração apertado, pensamentos. Milhares. Um turbilhão de coisas.
E foi sem querer percebi já te amava. Amei o trequinho que mudaria minha vida para todo o sempre. Amei com um amor inexplicável.
E foi sem querer te prejudicar, que inconscientemente tantas vezes te ignorei. Te maltratei. Te machuquei.
E foi sem querer que a vida deveria retomar seu fluxo, mas isso parece que jamais acontecerá. E foi sem querer... que toda felicidade se desfez. Toda apreensão, tanto medo, tanto amor."

E quem um dia irá dizer que não existe razão?

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Apaixonar ou não eis a questão

Por que se apaixonar?
Por que se apaixonar pelo velho, antigo e sempre o mesmo?
Por que se apaixonar pela pessoa que briga, xinga, insulta, esperneia, bate a porta, vira as costas, te deixa falando sozinha, te faz avulsa, incompetente, desnecessária? Por quê se apaixonar pelo mesmo de sempre, sendo que você sabe da incapacidade dele de demonstrar?
Por que se apaixonar pela vida que vocês sonharam, pelos planos, sonhos, filhos, cama, casa, cozinha? Por que se apaixonar pelo passado, em qual já tinha planejado todo o futuro?
Por que se apaixonar por aquele cara que te fez chorar, desidratar, descabelar, emagrecer, desestruturar, deprimir...?
Por que se apaixonar?
Porque essa paixão antiga ainda te faz perder o fôlego, te faz compreender que a música de Samuel Rosa é verdadeira, o nosso amor é o novo, é o velho amor de hoje ainda e sempre.
Porque essa paixão te faz suspirar, suspender, voar. Porque ele sabe como conquistar, como cuidar e como te tratar como mulher. Ele sabe dizer não. Ele sabe educar.
O apaixonado cuida de você. É ele que te dá água quando você chega embriagada pedindo o amor dele. O apaixonado segura-se, sabe se portar como homem e nina uma pessoa totalmente tarada. Ele a poe no colo, passa as mãos no cabelo, espera a amada adormecer, a despe, poe na cama. Cobre sua nudez com um lençol e dorme ao seu lado.
O apaixonado é aquele que prepara o terreno, o café da manhã para uma ressaca, um banho, um carinho. O café no coador que ela prefere.
O apaixonado é aquele que cozinha, enquanto ela lava a louça. É aquele que atende aos desejos da gulosa, ele faz pizza no pão de forma, faz churrasco na chuva, sai a procura do danone que ela comeu na infância.
O apaixonado é aquele que culpa sua amada pelos cabelos brancos, mas que não consegue deixar de apaixonar-se por ela.
O apaixonado é aquele que já recitou verso, cantou música, decorou Carpinejar, sabe que a amada está a procura do par de sapatos imperfeito.
O apaixonado é aquele que sabe que ela tem medo de raio e a busca na faculdade. Dá a ela um botão de rosa, que custou 4 reais, enquanto ela fala que ele faria economia se comprasse no mercado central.
O apaixonado sai nas baladas com ela, com a condição que ela não faça amizade com o barman, com o garçom. E quando ela faz amizades, ele a poe perto.
Ele compreende a simplicidade e a importância que ela dá na hora de compartilhar um pacote de miojo. Sim, comer miojo numa noite fria, numa mesma cumbuca. Dividir um bis, roubar bala na boca do outro.
O apaixonado observa no corte de cabelo, nas unhas pintadas, no esmalte fosco. Na sapatilha, na calça, na blusa. Se o apaixonado não observa ela o faz observar.
Ela provoca, sorri, duvida de sua capacidade de imaginação... O apaixonado sabe ver as coisas mais loucas que ela gosta. Eles leem as mesmas leituras. Eles compreendem um ao outro mesmo sem querer.
Mas a amada não quer ser amada pelo apaixonado. Ela não quer deixar sentir. Ela julga que não pode.
Por que ela não quer se apaixonar pelo apaixonado?
Segredos do coração...

“Borboletas sempre voltam ao ninho, seu jardim sou eu”

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

"Amor é fogo que queima sem se ver..."


E como se diz: Quem brinca com fogo pode se queimar.
Ou, não exatamente.
Às vezes quer apenas sentir aquela adrenalina. A pele queimando, saber até quando pode suportar tal ato. Às vezes quer apenas sentir. Sentir que é sensível. Saber que consegue sentir.
A vida às vezes nos deixa dormente. Insensível. São pancadas, são tapas, atitudes, ou muito pior, podem ser palavras que atingem de forma tão intensa e profunda que te deixam: dormente, insensível. Um iceberg, então, nada melhor que algo para aquecer e te devolver os sentidos.
Existem amores inexplicáveis. Talvez o tão amor pra vida toda, vai saber?! Ou como diz o sábio Gabito, existe amores que são o eterno “status de relacionamento: perdendo tempo”. É aquele amor que veio para existir, te fazer, te construir, moldar, mas não aquele amor para se conviver, para se viver, fazer história, pois  vocês são estória.
Aquele “me liga qualquer coisa”. Aquele “a gente já se conhece”, “se entende, não to fazendo nada, você também”... Então... Existe aquecedor melhor que este para testar sua insensibilidade?
Não, não existe. Vocês já foram história, guerra e paz, choro e riso, despedida e reencontro. Brigas, brigas, desentendimento e reconciliação. É aquela pessoa que não paga aluguel, mas é o dono do lote onde se constrói. É o alicerce, o piso, o concreto. É aquela essência inesquecível. É o calor, é o fogo. É a prova que se vive, que se sente.
É o amor clássico, sem modismo. É o amor real, um amor de liberdade. De idas e vindas,  chegadas e despedidas...
É aquele amor que o tempo não apaga, não muda, não destrói e não conserta. Vocês nunca ficarão juntos, mas o que sentem não acabará jamais.
É a perda de tempo mais valiosa. É a prova de fogo. Prova de sentimento. Prova de que tudo que você diz saber, não tem valor nenhum.
Pois você sabe, que se tratando de fogo, tudo é incerto. Tempo, cor, intensidade.
...
“Eu encomendo um jantar
Só prá nós dois
Se não tem nada prá depois
Por que não eu?...”