segunda-feira, 18 de junho de 2012

Era uma vez um sonho…


Um sonho de uma vida perfeita. Mas o que seria perfeito? Como seria tudo dando certo?

As pessoas trabalhando no que gostam, no local onde desejam e recebendo o que realmente vale. As pessoas sendo boas umas com as outras, sem violência, sem tristeza, sem pobreza. Os amores acontecendo do jeitinho que deve, sem romances cruzados ou relacionamentos errados.

Mas alguns dizem que para se entender a felicidade e valorizá-la, é necessário viver o oposto, a tristeza. Surge então a pergunta: o sofrimento precisa ser tão forte e tão cruel para entendermos o que é a alegria?
Qual a razão de ver e ouvir tamanha maldade no coração das pessoas? Se a ideia era criar alguma esperança e força mudar o mundo, tudo está indo para o lado errado, pois a desilusão e a descrença são tamanhas que nem sonhar mais é possível.

E então voltamos ao sonho, como era mesmo o sonho?

domingo, 17 de junho de 2012

Era uma vez... O caos?!


E deixou. 
Deixou ser levada pelo momento. Permitiu ficar próxima a você. Sentiu seu cheiro, seu calor, seu toque. 
E deixou. 
Deixou que a conversa perdesse o rumo. Permitiu que houvesse o silêncio. Consentiu que os braços desempenhassem seu papel. Protegessem, abraçassem...
E aconteceu. Quase na hora da despedida o que deveria ter acontecido mais cedo... Pois fora um dia de olhares intensos...
No momento do tchau, até logo... As palavras se perderam, vagaram sem significado. Bêbadas abandonaram a conversa. Os braços a aqueceram e a envolveram. A pele quente. Os lábios quentes. E assim surgiram os primeiros beijos. Nos ombros, nos braços, na face, nos lábios e então o mundo parou de rodar.
Ela perdeu os sentidos. Desorientou, ficou em desordem, perdida nos braços dele. 
Nada sob controle.
E ela deixou. 
Deixou criar o caos. 
Caos interior? - Não. Caos externo? - Não.
[Mas é bom deixar claro que não se pode confiar muito nela ultimamente.]
E ela confessa que às vezes é capaz de sentir aqueles braços, aqueles lábios e ouvir aquela voz visita-lá à noite.
... E quem poderá confiar nesse ser humano?
... E o caos pode estar instalado. Ou não...

terça-feira, 12 de junho de 2012

Uma mensagem especial aos enamorados


E naquele dia, tudo parecia diferente. Era como se nunca tivessem se visto, nunca tivessem trocado olhares suspeitos, deliciosamente suspeitos.

Não havia surpresas, não havia segredos. O olhar era expressivo, forte... confiante. Nele era possível ler tudo, desde o grande amor existente entre os dois até a mais suave carícia trocada por eles.

Aquele ambiente não acontecia devido a uma data específica, pois não era nenhum dia especial. Aquela harmonia existente entre os dois era constante, dia após dia.

Essa sensação, para os que não sabem, é a do mais puro amor!

domingo, 10 de junho de 2012

Segredo


Sabe aquela história que não deveria ser contada?
É aquele dia que a internet não funciona, a imagem não é encontrada, e as palavras são crianças de cinco anos teimando em não permanecerem juntas.
Pois eh...
Talvez a história tivesse de ser um segredo. 

Aquele segredo guardado, bem escondidinho. Escrito no diário que toda adolescente nascida nos anos de 1980-90 já foi presenteada. Era deliciosamente escrever os segredos mais inconfessáveis naquelas páginas desenhadas, e que às vezes até tinha um cheirinho. Ali naquele caderninho você confessava seus segredos, escrevia em ordens secretas, fechava com o cadeado, escondia o diário e protegia a chave com a própria vida.
Talvez essa história fosse para ser escrita no diário, talvez, mas hoje, as crianças não ganham mais diários com cadeados... e tanta coisa mudou...
...
E tem coisas que não muda. A menina do diário cresceu, mas tem a mesma paixão da escrita. Deseja saciar sua vontade de confessar seu segredo, seu doce pecado, sua tentação. A menina do diário é apaixonada pela vida, pela escrita, pelos amores que cria. Pelos principes encantados, pelos canalhas e fanfarrões. A menina tem coração de pedra e derrete quando tocada. A menina é mulher, e a mulher é ainda menina.
Ela dorme com seu ursinho de pelúcia, ela anda de meia pela casa, as vezes teima em não lavar o rosto depois que levanta e não gosta de pentear os cabelos, mas ela também já se formou, trabalha, é mãe, dona de casa, amante e mulher.
Já que a tecnologia não colabora para que ela de uma maneira literária conte seu segredo, seria ela capaz de encontrar aquele diário com cadeado para confessar seu mais novo segredo. Um segredo deliciosamente perigoso?
Nhamn nhamn nhamn...
E nem sempre tem se tudo sob controle...
Ó vida...
òó

domingo, 3 de junho de 2012

Os Olhos Azuis

Era um calmante aqueles olhos azuis. O par de olhos azuis que cativava, acalmava, envolvia e apaixonava. Desejava navegar em sua profundeza, descobrir seus limites, desejos e afins.
O dono dos olhos azuis simplesmente a olhava. A convidava para uma cerveja, para um drink, schweppes com big Apple, uma caipirinha.
Convite aceito, bebidas no copo, conversas na mesa.
Despedida. Entrega.
O momento que fora adiado para outro dia, outro dia, aconteceu naquele dia. Há quanto tempo os olhos castanhos desejavam encontrar os olhos azuis? Ambos fechados enxergavam, encontravam, juntavam.
E o encontro que fora pensado tantas vezes, às vezes ensaiado nos pensamentos dela, nas conversas entre os dois não saíra do improviso. Havia timidez, havia dúvida e houve o beijo.
O nariz aproximou, sentiu o cheiro. O rosto sentiu a pele, a barba que fora feita quase recentemente, o calor. Os lábios procuravam. A respiração irregular. O encontro.
O beijo doce, quente, calmo. Como aqueles olhos.
Tranquilidade e um sentimento.
Apaixonante, leve. Como uma melodia. Aquela melodia calma, cativante, apaixonante. Suave.
O beijo fez e desfez. Os olhos convidavam.
Convites, atitudes.
Aqueles olhos azuis...