domingo, 25 de março de 2012

168 horas

Você reapareceu. Sorriu daquele jeito mais lindo. Perfeitamente mágico. fazendo com que esses dois, três anos sumisse... Não houve distância. Não houve adeus.
Naquele dia você me deixou no hall do meu apartamento. Pegou as chaves das minhas mãos e abriu o portão. Segurou o guarda chuva e me conduziu para dentro de casa, para um lugar seguro.
E eu lembro: Chovia muito! Logo depois ter me deixado no hall simplesmente você se foi. Passara mais de um ano, dois, ou até mesmo três. E agora você está disposto a abrir o portão pra mim?
Chove e eu tenho de sair. E ali está seu carro estacionado do outro lado da minha rua.
Você se apressou ao ver que eu o observava, então abriu a porta do carro e ofereceu seu guarda chuva, olhou convidando para me proteger.
Chove muito eu sei, mas já aprendi a segurar meu guarda chuva. Depois de tanto tempo você ousa reaparecer com esse jeito meigo, encantador e protetor. Como ousa fazer isso?
E eu aceito, somente desta vez sua proteção. Afinal, chove muito lá fora e debaixo do seu guarda chuva, dentro do seu carro tudo fica tão ensolarado.
Você sorri, pega minhas mãos, jura que foi ontem que despediu de mim. Eu tola acredito.
Afinal, o tempo não mudou os sentimentos, e aparentemente esse tempo não passou.
E agora percebo, passaram-se quase 168 h que você trouxe o sol para minha vida, e desapareceu deixando tudo nublado, novamente.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Pensamentos


 
Pensamentos aleatórios se divertem em minha mente. Brincam de disse e não disse, se divertem com minha confusão. Não compreendo as ideias, acredito ser nada mais de devaneios e loucuras.

Decido apagar essas informações, junto com os sonhos inexplicáveis. Mas tudo insiste em retornar, quando menos espero, de maneira simples e marcante. Mais uma vez tento entender o que acontece, mas novamente me perco em labirintos.
 
Os pensamentos surgem nessa zona de criatividade infinita. Na maioria das vezes não sei qual escolher para tentar decifrar. E como em um quebra-cabeça, continuo montando pedacinho por pedacinho.

Na minha percepção existem muitas peças erradas, além daquelas que estão faltando. O que é positivo, pois significa que ainda tenho muito que viver. Algum dia será possível completar essa brincadeira com sucesso, alcançando a reta final?

Idade mental

O texto trata-se de um assunto estranhamente comum na vida de todos.
Todos oscilam nas atitudes...
As mulheres, ora querem ser menina, cheia de mimos, atenção, carinho, beijos, cuidados, ora deseja ser mulher. Uma mulher que domina, tem tudo sob controle, que sabe ser, sabe estar, sabe ser independente.
E os homens, ora se comportam como um rapazinho, ora precisam de cuidados, de alguém que corte as unhas, mande tomar o banho, ou peguem a toalha que se esquecera de levar para o banho. Ora o homem quer ser o homem. Ter o domínio da situação, mandar, esbravejar, ordenar.
Até ai tudo bem, a questão é: Você sabe quando ser o quê?
Uma dica, viva tudo que tem de ser vivido no seu tempo, ou depois você poderá estar no meio, de gerações distintas.
Às vezes me pergunto se tenho a idade mental de uma velha, quando não consigo “render” assuntos ou sorrisos com adolescentes. São eles tão afobados, barulhentos e fúteis como penso? Ou será que realmente passei desta fase e não suporto mais conviver neste ambiente?
Às vezes quando surge aquele convite: ahhh vamos na boate tal que toca tuti tuti tuti a noite inteira, ou o rit do momento e eu sei que não vou me sentir bem, será velhice minha recusar?
E quando o convite surge daquela galera que tem a mesma idade que a sua? Você para e olha para toda a galera, tanta gente continua ali, no tuti e tuti, e curtindo o “delicia, assim você me mata” ou até mesmo o “kuduro”, e você confirma: está velha demais para essas coisas.
Juntando esse lindo gosto musical, ao tuti tuti que você ouviu quando tinha seus 18, 19 aninhos, você percebe que os demais que compunham a galera foi substituído por adolescentes, nessa faixa etária (18, 19 anos), você vê que algo está errado.
Será que você sua idade mental está além daquele grupo? Será que o tempo passou apenas para você?
E você imagina olhando para todos aqueles que um dia fizeram parte do seu grupo de amigos, será que eles não cresceram? Ou preferiram voltar aos seus 18 anos para fazer tudo aquilo que não fizeram?
E você observa distante, sem poder despedir deles. Apenas negando o convite de mais uma balada.
Nada de tuti tuti, nada de músicas do momento.E você pode ser encontrada na companhia de um bom livro, ou numa pub. Você pode ser encontrada em bares, tomando chop ou apenas um suco.
Nenhum adolescente histérico a acompanha. Nenhuma menina semi nua descobrindo sua sexualidade, descobrindo o limite do álcool, entre outros.
E você percebeu que viveu tudo no momento que deveria. Despede-se educadamente daqueles que não viveram.Eles estão vivendo, descobrindo.
Será que algum dia se perguntarão, qual é realmente a idade mental que tem? Se ela acompanha a quantidade de velas expostas no bolo quando cantam o “parabéns pra você”.
Sei lá...
Deixo a pergunta. Qual será a sua idade mental? Ela acompanha os anos que você tem de vida?

quinta-feira, 22 de março de 2012

Pôr do Sol

 
O sol está se pondo. O vento suavemente toca os cabelos daquela garota que observa o mar, solitária. Seu vestido acompanha os movimentos das ondas.

Aquela menina crescida está imersa em seus pensamentos, em sua realidade. Preocupações, soluções, problemas, respostas, tristezas e alegrias... tudo junto e separado, confuso e inexplicável.

A noite cobre o céu, é dia de lua cheia. Aquela garota resolve sair do seu estado imóvel. Lentamente ela abaixa e toca a areia com as mãos, brincando com cada grãozinho, como se fosse uma criança.

Ela se cansa. Sentada começa a observar as estrelas e a lua. Ela sempre gostou de observar o céu, mas percebe que não se lembrava da última vez que havia olhado para cima.


Seu coração fica apertado. Aquela lágrima insistente vence todas as barreiras e escorrega lentamente pela face, salgada como as águas do mar.

E o vento continua sendo sua única companhia, acariciando cada fio de seus cabelos.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Percepção


Observo os seus olhos. Anoto mentalmente o sentimento por eles representado. Tento compreender, inclusive, qual a intensidade.

Lentamente acompanho os seus traços, decorando cada detalhe do seu rosto.

Desenho cada pedacinho dos seus lábios. A cor, o formato, o desejo...  irresistível.

Aos poucos percebo sua expressão, sua curiosidade pelos meus pensamentos.

Com um sorriso cúmplice no rosto, continuo minha análise. Interesso-me por cada detalhe, por cada minuto do seu tempo.

Fecho meus olhos. Verifico se nada ficou esquecido.

Ao voltar meus olhos para os seus, percebo no seu sorriso bobo que estava fazendo exatamente a mesma coisa.

terça-feira, 20 de março de 2012

Resistir x Desistir


Tudo parece errado, perdido. Nenhuma ação parece correta, nenhum desejo se realiza. Desânimo. Desespero.
 
Você percebe que está sozinho, solitário. Inserido um mundo sínico e falso, de pessoas desonestas ou pouco confiáveis. Um grande número de indivíduos simplesmente ignora sua existência, outros fingem não vê-lo. Existem aqueles que têm inveja e outros que fazem de tudo para puxar seu tapete.

Suas mãos estão atadas. Você se vê imóvel, analisando uma saída, uma rota de fuga. A liberdade parece distante, impossível de ser atingida. Muitos tentam fazê-lo perder a coragem, desistir de lutar e alcançar seus sonhos.

Então você percebe que a tristeza escureceu sua visão e abafou sua audição. Devido a esses sentimentos, aquelas pessoas que desejam seu sucesso, puro e simplesmente, foram esquecidas. Podem não ser muitas, mas elas ainda estão vibrando por você, cheios de conselhos e palavras encorajadoras, uma esperança infinita.

As ideias voltam a ficar claras. Como uma luz no fim do túnel você percebe que nem tudo está perdido. Que amanhã poderá ser um dia muito melhor, contanto que você não desista de lutar pelos seus sonhos.


segunda-feira, 19 de março de 2012

2ª Chance

Sabe aquela situação em que deu tudo errado? Pensamos, refazemos a cena, mudamos e imaginamos o “como deveria ter sido”. Entretanto, raramente teremos uma segunda chance para poder corrigir esse erro. Teremos outras oportunidades para evitar repeti-lo, ou até nos desculparmos, mas não podemos viver o mesmo acontecimento duas vezes.

Por outro lado, existem situações que parecem dizer “essa é a sua segunda chance, o que fará agora?”. Ficamos perdidos, confusos. Não queremos cometer o mesmo erro, mas desejamos intensamente tentar fazer da maneira certa. Na mente parece um pecado desperdiçar essa oportunidade.


Entramos de cabeça em um passado recente. Refazemos nossas ações em tempo real, evitando os problemas anteriores e tentando superar as novas dificuldades. Quando percebemos, nossos pensamentos não mudaram tanto quando comparados aos do primeiro momento. Começamos a nos arrepender de ter caído em tentação e sentimos que estamos errando novamente...

Nesse momento paramos e pensamos no passado, no presente e no futuro. Analisamos nossas emoções e reconhecemos que não estamos apenas repetindo um erro. O amanhã é completamente incerto e não é interessante tentar adivinhá-lo. Decidimos viver intensamente e esperar o resultado, ao invés de tentar desenhá-lo ou evitá-lo.

domingo, 18 de março de 2012

Conversas


E pediram para colocar pra fora. Fora exatamente assim:
“Escreve mesmo, coloca pra fora. Bjs até”
E elas se encontrariam no dia seguinte para continuar o papo.
Mulheres sempre têm muito a conversar, ainda mais quando tem experiências parecidas. Uma desejava aprender com a outra. Ambas em fases diferentes, mas vivendo o mesmo contexto.
Inicialmente era o mesmo assunto de sempre. Primeiro: fofocas. Quem ficou com quem, quem encontrou quem. Na permutação das coisas, no caso das pessoas, quem beijou, foi beijado, ou
beijaram de enésimas formas. Segundo: homens. Quem terminou, como reencontrou, o que sentiu. Lembranças. Comparações.
Depois aprofundava. Era fulano que era fofo. Viviam um relacionamento perfeito, mas chegaram ao fim.
Uma havia acabado o relacionamento há pouco tempo, e as pessoas ainda perguntavam o porquê do fim, sendo que era tudo tão perfeito com os dois. A outra havia terminado o relacionamento há anos, e as mesmas perguntas eram feitas.
Acabou. Fim. Não há explicação. Embora todos acreditassem que eram feitos um para o outro, era a tampa da panela, ou o sapato perfeito. Não era exatamente assim.
As pessoas têm desejos em comum, e muitos divergentes. E era isso. A divergência separava aqueles casais perfeitos. Tentem entender.
Deu certo o tempo que durou. Deu perfeitamente certo, mas não dá mais.
E elas se despediam desta forma. Amanhã conversaremos mais.
Sozinha agora pensava. Fora exatamente assim?
Não queria lembrar. Não queria ver, muito menos sentir.
Desejava ignorar. Deixar.
Mas ele deixava muito dele ali. A blusa esquecida na sala estava guardada no armário.
Lembrança de como ela caia perfeitamente bem no corpo dele, de como ela aquecia ambos quando se abraçavam, do tempo que demorava para secar no varal.Lembranças de quantas vezes ela havia dormido com aquela blusa sentindo o cheiro dele, desejando que ele a aquecesse. Desejando que ele tirasse a blusa dela e a amasse.
E ela não queria mais escrever. Ela não desejava sentir.
A divergência separava os dois. E tudo chegara ao fim.
Sem blusas, sem calor, sem abraço. Sem amor.


"É só isso
Não tem mais jeito
Acabou, boa sorte

Não tenho o que dizer
São só palavras
E o que eu sinto
Não mudará"

sábado, 17 de março de 2012

O reEncontro

Um dia ela já vai
Achar o cara que lhe queira
Como você não quis fazer
Sim, eu sei que ela só vai
Achar alguém prá vida inteira
Como você não quis...

E eles se encontraram. Um encontro no dia que fazia exatos dois meses que haviam trocado olhares. E ela se lembrava perfeitamente daquele ultimo encontro. Um encontro rápido, palavras, esperança. Enganação.
Neste dia, passados dois meses do encontro, um mês do término eles se esbarraram sem querer.
E a situação não foi nada agradável. Para ela.
O coração a acelerou e parou. O sangue parou de circular e seu corpo que estava quente simplesmente gelou. As pernas, as mãos, o corpo todo tremia num ritmo acelerado. E ela não sabia nem como deveria respirar. Perdera o rumo, a direção, os sentidos. E deveria se portar com naturalidade, uma miss. Era o dia de ser a miss simpatia.
E, e . E.
E eles ficaram juntos, lado a lado, frente a frente. E nenhuma atitude dela saiu com naturalidade. Um terremoto estava agitando seu corpo.
E ela não sabia onde por as mãos, as pernas dele não estavam exatamente do lado dela para que pudesse pousa-lá.
Lembranças, saudade.
E continentes de distância separava aqueles dois. Os dois que já foram tantas vezes apenas um.
E era tão tão difícil aceitar a naturalidade do fim. Afinal...
Havia tanto sentimento guardado para ele...
"Mas ele cego nem nota".


(...)
Música: Acima do sol (Skank)

quarta-feira, 14 de março de 2012

O ser humano

Ela disse adeus, e chorou,
já sem nenhum sinal de amor.
Ela se vestiu, e se olhou;
sem luxo, mas se perfumou.
Lágrimas por ninguém,
só porque, é triste o fim.
Outro amor se acabou.
Ela Disse Adeus
Os Paralamas do Sucesso

Janelinha do MSN sobe. O sinal de alerta. Alguém querendo conversar.
Fato comum, normal, irrelevante. Para alguns, pois tudo depende.
Era uma lembrança, um passado, alguém que já convivera.
Era o passado voltando, relembrando, querendo reviver.
E o que se passa na cabeça de um homem quando traz as lembranças do que vocês viveram, do que vocês eram? Foi passado. Acabou.
E você pode até ter tentado. Você deu uma chance, deu duas chances, três... E agora ele pedira a quarta.
O que passa na cabeça de um ser humano desses? Vocês sempre começam do mesmo jeito, passa-se o tempo e as brigas são as mesmas, os dias ficam-se os mesmos, as atitudes não mudam e chegam ao fim.
É o ciclo do relacionamento de vocês, que já fora testado inúmeras vezes outra rota, outro modo de vivenciar, outra oportunidade de fazer diferente.
Não fora o pedido da quarta chance, mas da milésima tentativa. Uma tentativa que seria frustrada. Ele sairia com seu ego masculino totalmente realizado e ela detonada.
E o que se passa na cabeça do ser humano em achar que o fim, o afastamento, o isolamento é algo diferente do egoísmo? Não fora a primeira, a segunda e nem a ultima vez que fizera isso.
Se isso não é egoísmo, alguém poderia então explicar?
E ele sentiu-se ofendido, insatisfeito com o não. Ele necessitava dela. Do cheiro dela, do calor dela, nada mais.
E ela já o quis. Desejou o cheiro, o corpo, as mãos, dedos, lábios... Ela já o desejou tão profundamente que sofreu na mesma intensidade quando ele nem disse adeus, quando ele simplesmente se foi.
E agora ela não o quer mais, não tem desejo mais daquele ser humano.
Será que ele consegue compreender? Caso não compreenda, ela deseja profundamente que ele aceite a decisão, e deixe-a viver.
Desprender, deixar, desapegar. Ser livre.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Nerds

Algumas pessoas tem certo tipo de preferência no quesito sexo oposto. Não há como saber se seria mais comum no mundo masculino esse tipo de conversa ou no feminino, a questão é: ela descobrira qual era o tipo que mais lhe agradava.
Demorou um pouco para chegar a essa conclusão, mas desde quando pensou nisso não houve dúvidas.
Por mais que quando mais jovem achava que seu príncipe encantado seria aquele moreno, alto, bonito e sensual, o cara que arrancava suspiros e vontades de todas as garotas do colégio, aquele deus de ébano... Por mais que passasse o tempo ela gostasse de admirar as coxas, pernas e bundas masculinas, por mais que o mundo estivesse sempre mostrando a beleza física e afins, ela se mostrava totalmente, perdidamente, apaixonadamente, atraída pelo o oposto.
E não sei se alguém poderá discordar de que músculos, corpo estrutural não vale de nada. Mas existe louco para tudo, então respeitaremos a opnião alheia.
Ela sempre senti se atraída pelo que a sociedade nomeia Nerds.
Normalmente são caras de intelecto gigantesco, capazes de te deixar sem graça. São caras graciosos, pseuo tímidos. São caras agradáveis de se conversar. Um dois tipos que mais possa surpreender, pois são enigmaticamente surpreendentes! São caras de se conhecer e se apaixonar. Aprofundar em seus conhecimentos e esquisitices. Manias, games, RPG, e afins.
São homens de pensar, homens de ser, que são e não de exibir. São homens para conviver, apaixonar, ter filhos, mas aí você tem de estar preparada para duas crianças no quesito games/tempo/limite/alimentação entre outros. São homens cabeça, mente, sabedoria, sensibilidade.
E hoje já se passaram algumas décadas desde que terminara o colegial ela percebera o quanto amadurecera. Aquele deus de ébano está disponível no mercado, mas ela não tem mais aquele apetite visual.
Ela queria algo além de físico, ela queria o que fora nomeado nerd.
E viveria feliz para sempre, mesmo sabendo que teria de dividí-lo com games e afins.
Mas nem tudo pode ser perfeito, não e??!

sábado, 10 de março de 2012

E tem dia...

E você acorda bem. Acorda de bem. De bem com a vida. De bem com o dia.
Parece que até o seu organismo que há muito tempo não estava lá grandes coisas começa a reagir. Ele parece estar de bem com você.
A briga terminou? O coração entendeu a decisão da cabeça? O estômago percebeu que tem de ser alimentado?
E para a felicidade somente sua, parece que sim.
O que seria? Algum motivo especial? Algum sonho?
Existem coisas inexplicáveis! Acordar de bem com a vida quando tudo está um tumulto parece ser um deles.
E neste dia você troca tudo. Faz a reciclagem. Declaração. Desapega.
Não existem problemas, não existem amores mal resolvidos, não existem contas a pagar, falta de dinheiro na conta, ou qualquer transtorno.
Neste dia você demora para levantar da cama, abraça seu companheiro de tantas noites e encontra ali tudo o que você precisa.
Tudo está em você, com você.
Ande de camisola pela casa, coloca aquela música que lhe faz acreditar que é uma cantora. Espante tudo que não lhe agrada. Recicle, doe.
Abrace, beije, encante.
Explicação?
Ahhh um sonho que é um segredo.
Um ursinho de pelúcia sempre ao seu lado na cama, e um desejo.
Não foi Cazuza que cantou em sua música
“Basta ser sincero e desejar profundo.
Você será capaz de sacudir o mundo.
Vai! Tente outra vez!”

Tente outra vez

domingo, 4 de março de 2012

Aprenda


Ok. Você para, pensa, reflete. Chega à conclusão do quanto cansativa você é. E o que faz para fazer diferente? A diferença estará na sua atitude.
Assumir, dizer, justificar. Até certo ponto seria tolerável, ou caso passe do tolerável você voltou para o ponto inicial deste texto.
É claro que você quer alguém para compartilhar, conviver, estar.
Dormir de conchinha, tomar açaí, fazer o tudo e o nada juntos. Acordar com um café da manhã todo especial, ter fronhas que traduzem o amor que sentem. Sentir o amor recíproco.
Mas se o outro não quer o que fazer? Tentar entender... Até qual ponto seria tolerável. A insistência poderá acabar com toda e qualquer chance de vocês poderem se tornar amigos, colegas, ou manterem um relacionamento saudável.
E que atitude ter? Não há formulas, nem regras que dizem até que ponto o que seria tolerável, ai está na hora de comunicar. Conversar. Se seu companheiro for tão especial mesmo ele saberá te indicar. Avisar quando tiver ultrapassado o limite.
E até no fim você verá que realmente seu companheiro valeu a pena tudo que viveu. Aprenda com ele, aprenda seus limites e o limite do outro.
Não volte a pensar como no inicio do texto.
Um dia você encontrará alguém com as mesmas vontades que você. A reciprocidade não é conto de fadas. O felizes para sempre também não.
E um dia você vai acordar com um café da manha todo especial. Com quem deseja as mesmas fronhas que você, a mesma xícara, o mesmo amor.
Aprenda a não ser chato. Aprenda...

sexta-feira, 2 de março de 2012

O que ficou


Era óbvio que a gente não iria ficar junto para sempre, mas precisava dizer?
Gabito Nunes

E ela agora encontra-se só. Sozinha em sua casa, revivendo mais uma despedida.
Suas malas já estavam prontas quando chegou, ele decidira partir assim: civilizadamente disse adeus.
E nada restou a ela senão ficar. Ficar com a casa vazia, com os fantasmas, com as lembranças. Uma embalagem de perfume, o shampoo e até o gelol que ele usava quando regressava do futebol.
E dentro do armário da cozinha ficou guardada aquele copo que era o da sorte. No maleiro ficaram algumas camisas... E sempre fica muito mais do que a pessoa desejava que ficasse.
Ela chegou em casa cansada, despiu-se na sala e nua caminhou até o banheiro. Tomou seu banho e molhada saiu em busca de uma toalha, esquecera que ele não estaria ali para ajudá-la.
Ainda sofria muito desde o adeus. Estava incompleta, exausta e vazia.
Deitou, chorou, encontrou outros pertences e escondeu-os.
Trocou sua roupa de cama, borrifou o perfume dele em seu quarto. Borrifou o perfume dela também.
Assim poderia sentir o cheiro deles. Um cheiro que fora de amor e agora era só saudades.
Quem sabe se embriagaria do cheiro, enganaria a saudade e pudesse dormir tranquilamente, pelo menos naquela noite...
Uma noite de recordações, saudades, vazio, choro e sono.