sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A saudade

E hoje ela tomou coragem.
Hoje foi muito mais forte, forte, não... Hoje estava insuportável.
Ontem estava forte, hoje estava insuportável sentir a saudade dele.

As lembranças vinham sempre lembrá-la sobre ele e hoje conseguiu ouvir sua voz.
As palavras que ele pronunciava não era direcionada a ela. As vezes ela tinha dúvida se ele ainda acreditava na existência dela...
Como havia sido fácil para ele esquecê-la...

A dor a invadiu, a consumiu, a torturou. E ela tomou coragem.
Não correu até a ele, não foi rumo a sua imagem.
Ela tinha medo, um medo tão grande quanto sua saudade.
Ela foi procurar por ele via sms, palavras escritas.
O sms fora mandado.

No mesmo instante que enviava a mensagem, sabia que ele a ignoraria, não respondera seu e-mail, seu pensamento, seu sonho.

Ela então deixara o livro de magia de lado e embalara num grande sonho. Sonhara que ele respondera. Despertou do sonho com o som, com o recebimento da mensagem.
E para sua não surpresa: não era ele.
Ele não respondera a mensagem, ele não respondera o email, ele não viera ao encontro dela.

E ela procurara por ele, nas fotos guardadas, no mundo online, relia os e-mails, lembrava dos momentos felizes, nas imagens que formavam o filme. Um documentário que eles tinham vivido.

Ela sentia tanta falta dele e ele mantinha se oculto.

E ela sentia tanto, tanto, tanto a falta dele...

"Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar esta pessoa de nossos sonhos e abraçá-la."

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Desordem, Confusão


E era assim, simplesmente como tinha de ser. Não era nada, mas era alguma coisa. Uma misturinha, confusão. Seja lá o que era para ser, era algo bem significativo.
Uma confusão, como a mente de um alcoólatra sóbrio. A confusão se faz presente na mente, na memória, no coração.
Por que ter que lembrar? Pra que lembrar? Estava tudo tão em ordem quando a casa estava vazia. Não havia ninguém para chamar, para acompanhar, para querer estar presente, para estar presente, para ser companhia. A caipirinha poderia ser tomada sozinha. Mas não... Lá estava a lembrança querendo companhia...
E a palpitação? Não havia palpitação antes. Não havia o desejo do encontro. Não havia, não deveria haver. É uma sensação estranha de não ter controle dos ritmos cardíacos, do frio e calor simultâneo, de ter as pernas bambas mesmo estando de tênis, achar que vai cair a cada passo, como se estivesse usando longas pernas de pau. Era o coração latejando fortemente, fazendo desequilibrar diante dos acontecimentos.
A memória projeta como num filme as cenas. Cenas despercebidas, cenas filmadas, cenas boas... Momentos bons.
E é a maior confusão. A maior desordem.
É pensar quando se quer ignorar, é imaginar quando não se quer ver. É querer quando não se pode querer.
É uma loucura.
Dá para identificar o quanto isso afeta a vida de um ser humano? Dá para perceber a transformação?
É um estar feliz, apaixonar-se, gostar, querer, menosprezar, odiar, irritar, maldizer e amar.
Ahh, a casa estava em ordem quando estava vazia.
Mas essa loucura me faz tão bem...

Alguém tem alguma explicação?

domingo, 25 de setembro de 2011

Mentiras


Com o coração apertado, aguardo a noite chegar. As estrelas não interessam mais, a lua não faz sentido. Sei que acordarei em um mundo solitário, sem saber onde estou, sem reconhecer as pessoas por perto.

Sei muito do que gosto. Entendo muito do que odeio. Justifico ambos. Sei que tudo tem dois lados, mas nem assim consigo ignorar a parte ruim. Ela é muito mais forte, dominadora e, mesmo que a conheça cada vez mais, não é possível vencê-la. Não quero.

Estou correndo atrás de sonhos destruídos, um por um. As mentiras que contaram ficam claras e irritantes, mas estou de mãos atadas. Nada consigo fazer a não ser vivê-las, aceitá-las... por enquanto.

E você me pergunta o que me dá forças para continuar? Como diz o ditado “mentira tem perna curta”. Assim como o tempo dela já acabou, a obrigação e o respeito que deveria ter também. A contagem regressiva já começou, bem antes do que muitos esperavam.


Entretanto, alguns sentimentos não podem ser ignorados. Não consigo evitar a ansiedade, a tristeza ou até a solidão. A esperança está em acreditar que dias melhores virão. Eu sei que virão!

sábado, 24 de setembro de 2011

E o tempo passa

O dia passa em minutos.
Tudo está fora de ordem, fora do controle. Desorientado.
Acordamos com o planejamento diário, prevemos os acontecimentos, antecipamos os erros, queremos controlar, não gostamos de surpresas.
Quando não há o erro não é gerado o alivio, mas uma sensação estranha, de que pensar na solução de um eventual erro, fora tempo perdido.
Chegamos ao serviço, não subimos as escadas, aperta-se o botão do elevador, no instante que vai bater o ponto, quando voltamos o elevador já está ali, a espera.
A ida a cozinha para pegar o café é necessária, pois assim você tem a certeza de que conseguirá tomar o café.
Desce para sua sala, já com explosões de informações, dúvidas, questionamentos, pastas, serviço, e um gole de café.
A entrada na sala é feita sempre do mesmo modo, vai a sala ao lado, dá bom dia, sem muitas vezes ouvir o que os colegas de trabalho tem a dizer, entra na sua sala. Poe tudo sobre a mesa: bolsa,
café, pastas, trabalho, tensão. Abre a porta da sala para o novo dia entrar.
Uma olhada nos cactos, nos objetos decorativos, na mesa enquanto o computador liga. Esse é o momento de maior tranquilidade.

Então a chegada de mais informações, mais problemas, nada de um "oi, bom dia" e coisas do gênero.

E o café esfriou na xícara, de repente é hora do almoço, de repente é 18h.
O tempo voa, o tempo passa, o tempo flui.
O tempo corre numa velocidade insuportável.

O tempo, os afazeres, a vida.

E onde ficou a ligação que tinha de ser feita? O aniversário que não foi parabenizado? O encontro que fora desmarcado? Colegas de trabalho que mal se falam, há distância demais no tempo entre salas.
Há um tempo que corre, escorre...
O dia passa em minutos, e simplesmente acaba após 60 segundos.
a vida está sendo vivida, mas não mais sentida...

Algo tem que voltar ao normal...
Bom dia, e em 60 segundos boa noite.
é um oi e um adeus

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Razão ou Emoção

Você fala que exagero em ser racional, que os sentimentos têm vida própria e devem ser ouvidos tanto quanto os pensamentos. Entretanto, encontrar o equilíbrio dessas forças parece algo irreal, pois as emoções continuam perdendo a guerra.

Você alega que tenho medo. Diz que me escondo atrás de falsos pensamentos, ilusões que enganam o sentimento e acalmam o coração. Acredita que todas as minhas falas são mentiras adaptadas de verdades alheias, pensamentos que dizem respeito a outras vidas.

Penso. Escuto meu coração. Tento imaginar as possíveis realidades. Procuro escutar meus sentimentos. Entretanto, tudo o que consigo concluir é que nada sei. Não sei se digo frases copiadas ou se fujo da vida. Não sei se tenho medo ou se apenas não consigo compreender meus desejos mais profundos.

E então, quando acho que descobri o que realmente quero, tudo parece mudar. Me vejo perdida, em busca de conselhos que sei que não quero ouvir. Não deveria. Entretanto, ainda assim os procuro, pois sei que eles me farão divagar sobre minhas decisões e talvez, finalmente, consiga encontrar uma pista do caminho correto.

Andanças

E onde estava?

No vão da incerteza, no certo e errado, no real e imaginário.
Acho que andei pelos posts do blog, acho que andei pelo abstrato da certeza e incerteza da objetividade.
Andei pelas trilhas da floresta, visitei o Asteroide b-612, cativei a raposa, cheirei a rosa protegida pelo Pequeno Principe, vivi historias incontadas, imaginaveis, intangiveis.


E fico pensando, por onde foi que andei, enquanto você me procurava...

domingo, 18 de setembro de 2011

Conversa restrita

E começou assim:
\o/
lol
xD
:)
:D

Com o tempo
:***
=*
^^
D:
=/
-.-
u.u
u.u'
=***
:p
(=
=]
o/
=D
:3
xD

E a vida é assim
xD
=]
:)
(:
=*

com muitos
=***

Mas há o medo
T_T

E viver é tão
\o/
^^
xD

que merece
=*
=**
=***

sábado, 17 de setembro de 2011

Sentir o quê?

Por que sentir sua falta se você nem está presente, se você esquece-se de mim, se você não confia em mim?
Sentir falta de que? Além das noites que passamos juntos, noites silenciosas, sem nada a fazer. Noites de risadas, música, guerras de travesseiros, conversas inexplicáveis, sem fim. Segredos, gargalhadas escandalosas, imitações.
Sentir falta do aconchego do sofá que incomoda e fica confortável se estou ao seu lado. Falta dos carinhos, cafuné, chocolate, pipoca...
Sentir falta dos barzinhos sem cerveja, dos olhares trocados, fofocas mudas, segredos.
Sentir falta de estar juntas horas e horas sem nada a falar? Sonolência despertada pelo simples fato de vê-lo sonolento.
Sentir saudade de fazer um cafuné gostoso, sentir o cheiro do xampu, do suor e achá-lo bom. Saber diferenciá-lo pelo cheiro, saber quem é pelo toque, senti-lo distante pela presença do olhar.
Saudade da paz que encontro em você. Da tranquilidade que transmite nos meus momentos turbulentos.Sentir falta de algo que não temos, não cobramos, mas não admitirmos perder. Não ter os beijos descompromissados, as mãos bobas, as mordidinhas, não ter esses olhos me matando. O medo, insegurança esquecida... Apoio que encontro em você. Sentir falta pra quê?Do ficante: aquele que você idiota, sempre procura porque precisa dele, mesmo sabendo da incapacidade dele de gostar ou de demonstrar que gosta... E mesmo assim você o procura... Sabe porquê?
Por que ele já faz parte de você.
É naquele homem que você confia estar sozinha. É com ele que você não fica há tempos e simplesmente sonha todas as noites.
O namorado: que você fica há meses e meses. E sempre estão em clima de solteiros, sem compromisso, sem posse.
Todo encontro é um tremor nas pernas, o estomago vira, a mão transpira, quando você o vê: o tempo pára.
Ele: um desajeitado que fez você gostar dele, do jeito dele, um jeito único, angelical.
Saudade? Dos beijos secretos, namoro escondido, mãos ocultas, cafunés, noites, abraços, apertos, aconchegos, chamego. Do carinho, cuidado, dedicação...
Sentir saudades??? ahhh... Coloque-se no lugar. Você sentiria saudade?

domingo, 11 de setembro de 2011

Na mesmice do diferente

Ela chegou em casa do mesmo jeito, abriu o portão com a mesma chave, caminhou do mesmo modo.
Comeu a mesma bolacha, tomou café na mesma xícara. Colocou a mesma música, tirou a roupa no mesmo lugar, para tomar o banho de todos os dias.
No banho sem expectativa de novidades, de algo que a tirasse da mesmice de todos os dias, escreveu no box que dias melhores viriam.
A musica tocava, enrolou-se na toalha, caminhou para a geladeira e viu que sua garrafa de vinho pedia para ser bebida.
Bebeu o mesmo vinho dos últimos 3 dias.

Com olhos cansados verificou seu corpo no espelho. Apalpou seus seios, esticou seus olhos, tentou rir.
Caminhou para cama, e deitada bebendo seu vinho escolheu um pijama.
Ela faria a noite ser diferente. Não colocou o mesmo pijama.

No momento íntimo de vestir-se para deitar e aproveitar seu fim de noite o interfone toca.
A mesmice da noite fora quebrada por uma visita. Alguém inesperado.
Na mesmice daquela noite fora trocada.

Ele subiu com outro vinho, outra taça, outra pizza.
Ele ajeitou a sala de outro jeito, trouxe outro aroma para o ambiente, uma nova música.
Ele fazia tudo ser diferente, até o momento em que seus lábios encontraram os dela.

A mesma paixão, o mesmo carinho, a mesma forma de pegar na nuca, de fazê-la desejar, de fazê-la pirar.
Ele tinha o manual de instrução dela.

Naquela noite não houve mesmice. Naquela noite houve a confirmação.
Naquela noite ela não dormiu de pijama.

"O nosso amor é novo
É o velho amor ainda e sempre..."

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Está acontecendo...

E é doce o sabor do gostar.É delicioso o desejo de compartilhar, de estar, de conviver.
É a chatice que incomoda, irrita e arranca o sorriso.
É a brincadeira mais inocente, são latidos na cama, mordidas discretas, dedos que caminham, momentos bons.
É inexplicável o convívio. O msn, as mensagens, a presença.
Não tem um significado válido para isso.
Não há necessidade, não há nomenclatura capaz de expressar.
É doce, delicioso, irritante, gratificante.
É uma brincadeira, é de verdade, são recordações, acontecimentos.
Está acontecendo.
E é feliz!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Que seja eterno enquanto dure

Dizem que o olhar é um espelho da alma. Talvez por isso ela nunca deixasse ninguém entrar por essa porta transparente, que guia para os mais profundos sentimentos. Até aquele dia. O dia em que ele conseguiu fixar seu olhar nos mais claros olhos que já vira. Uma alma que transbordava informações, sem segredos, sem mentiras, sem mistérios.

Deslumbrado, como se tivesse encontrado o mais rico tesouro. Para ele, nenhum ouro ou diamante compraria aquele momento. Os segundos pareciam infinitos. A sua esperança era de que fossem inesquecíveis.

As palavras não eram necessárias. Eles agiam por impulso. Um sabia exatamente o que o outro ansiava. Os desejos eram os mesmos, pois naquele momento eles eram apenas um. O único habitante de um mundo inteiramente novo, aguardando para ser conhecido.

Seus lábios se tocaram, selando um amor eterno... enquanto durar.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Reabilitação

And baby, you're my disease
I gotta check into rehab
'Cause baby you're my disease

E não foi possível.
Já se passaram mais de 30 dias desde a promessa. Tentativa de largar do vício, tentativa quase certeira. Quase obtivera sucesso.

Mas a recaída viera. Tão lentamente quanto se podia prever.
Fim de tarde, organização de ideias, de coisas, objetos, livros.
Encerrara a última página do livro tão almejado, sonhado, esperado. Ela iria guardá-lo, protegê-lo, então... Foi quando tudo começou e aconteceu.

A trilogia que está sem o primeiro volume, O homem que não amava as mulheres, esse era ele. O livro era dele, por que tudo que era dela, era tão dela quanto dele. Não eram casados em comunhão de bens, não eram se quer casados, mas era deles... Eles dividiam... Eles compartilhavam...

Como a recusa de um drink, ela o ignorou. Não queria saber do livro, tantos livros não estavam em seu lugar. Estavam emprestados.. Um dia voltariam, mas sabia que o volume 1 da trilogia, não voltaria...

Foleando livros, recordando de momentos que lera-os. Pensando em fazer doação, para quem poderia doar aqueles livros que acompanhou no momento tão exato de sua vida?
Entre os livros haviam folhas, escritos, trechos de textos, marcações, bilhetes. E lá, esperando para ser lido um bilhete dele.
A recusa do drink desta vez não foi tão exata. Talvez ela queria provar daquele vício.

Lendo textos, histórias que ela mesmo escrevera sobre os dois a fez não só beber o drink, mas uma garrafa cheia. Era vodka, pinga, tequila, rum...

E as lágrimas rolaram. O celular estava próximo. A recaída. Uma mensagem, sem resposta. O coração aflito, agoniza dentro do peito.

O livro não está lá, a mensagem não foi respondida, ela bebera, estava embriagada, desesperada.
Vagando em seu mundo, no mundo que antes era, que um dia foi e que nunca voltaria a ser como antes.
Ela descobrira que saudade poderia não ter tradução, nem limite de dor.

Desejo³

Andar de mãos dadas e passear sem rumo por ai. Para compensar a longa espera de você. Te cobrir de beijos, abraços, carinhos.

Esquecer do resto do mundo no cafuné, aconchegar em você, sentir sua pele na minha ao sentir o toque das suas mãos em mim. Esperar que o tempo se eternize para que eu fique sempre ao seu lado.

Apreciar o sorriso mais lindo, o seu. As covinhas, sombracelhas, nariz, olhar, completo, ser humano completo. Você.

Rever o brilho do seu olhar. Ouvir você falar sobre tantas coisas diferentes e assim aprender. Poder ouvir uma música ou apreciar o silêncio ao seu lado. Ver a lua e as estrelas. Procurar uma estrela cadente para fazer um pedido.

Me perco te imaginando, sonho acordada te tocando, sentindo seu cheiro, tirando sua camisa, fico louca de desejo, desejo de te ter aqui comigo.

Desejo de transformar o edredom em nosso habitat no frio, admirar a paisagem, o luar, o nascer e por do sol em sua companhia.
Desejo de voar com você. Desejo de matar a saudade.
Desejo de te ter, de ouvir a sua voz, receber seu e-mail, saber de sua existência, ver o sinal de fumaça.
Desejo de finais de semana.
Desejo de matar a saudade de meses distantes, de desejar te ter, te ver...
Desejo em não sentir saudades. Desejo matar a saudade, desejo de você.
e poder esquecer o significado da palavra saudade...

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Subconsciente


O reencontro. Sonho. Realidade.
As imagens se misturam.
Não sei o que é real,
não sei o que é imaginação.

O caos do meu subconsciente.
Amor. Paixão. Saudade. Esquecimento...
Tudo começa. Termina. Recomeça.
Ciclos, ruas sem saída, caminhos entrelaçados.

O início do fim. Ou seria o fim do início?
E até agora não compreendo.
Estaria acordada ou sonhando?

domingo, 4 de setembro de 2011

Indagações²

Por que as coisas acontecem desta forma?
Ela se pergunta de maneira repetitiva.
Interrogações, indagações, dúvidas, perguntas...
Por que as pessoas simplesmente fazem isso?
Como na música: “eu estava em paz quando você chegou”, e por que você tinha que chegar?
Invadiu o espaço, abraçou, confortou, envolveu, cativou, fez-se apaixonante, deixou-a apaixonada, encantou...
E simplesmente não era bem assim...
Ele era mais um como todos os outros.
Pra que invadir a vida de um outro ser assim? Conturbar, confortar, atravessar, passear, deixar marcas, rastros. Tornar o dia a dia mais prazeroso, mais gostoso. Ansiar para o momento online, para a mensagem no celular, para o momento a dois.
Qual o real significado de tudo isso?


E nada está seguindo o planejamento.
Deu saudade do abraço ignorado, da palavra...
Deu saudade de tanta coisa, de tanta gente.
Deu saudade dos planos, sonhos, desejos.
Deu saudade de acreditar que existia um homem diferente.
Deu saudade de acreditar que era possível viver sem amor.
E deu saudade de enésimas coisas, de 1 pessoa.
A saudade dói, e nada conforta...

Qual o real significado de tudo isso?
Por que as coisas acontecem desta forma?
Sentir? Pra quê?
É nessas horas que toca nossa música, que o livro traz uma passagem tão romântica e irônica quanto nós.
É nessa hora que não conseguimos concentrar, que não conseguimos pensar, respirar além da nostalgia.
E os homens são todos iguais. E da maneira mais estúpida e idiota faz com que fiquemos assim.
Completamente...
...
Sem adjetivos coerentes.

Tradução de saudade


O mundo é cheio de belezas. Coisas criadas pela natureza, surpreendentes. Artes elaboradas pela mão humana, encantadoras. Há lugares que deslumbram, deixando uma vontade de ficar parado para sempre, apenas admirando. Por outro lado, existem regiões que simplesmente não queremos chegar nem perto, nunca mais. Também há um terceiro tipo de local, para o qual queremos voltar, simplesmente.

Esse último não é, necessariamente, físico. O encanto desse lugar são os habitantes, pessoas importantes e que nos fazem falta. Por isso o desejo de reencontrar esses seres tão especiais. As horas são contadas para que o dia chegue, na esperança de retornar ao acolhimento daqueles que conhecemos tão bem.

Tento explicar o que esse sentimento representa em meu coração, algo difícil. Talvez a palavra exata seja saudade. Saudade de chegar a uma casa que pode ser chamada “sua”, dormir na sua cama com seu edredom favorito, ouvir o caos acolhedor daqueles que moram ali. Comer a comida gostosa da mãe, sentir o abraço apertado de uma sobrinha, ver o sorriso gostoso da outra e até o acolhedor cachorrinho, correndo em círculos em volta de você.  Essa é a sua casa devido às pessoas que lá estão.

E porque não dizer retornar a sua cidade? Aquela que você conhece muitas esquinas e ruas, prédios e casas. Onde você consegue encher uma mesa de bar com seus amigos, chorar de rir com reuniões na casa dessas pessoas ou, simplesmente, ter uma companhia para um cineminha ou um feriado em meio de semana.

Por isso, por maior que seja a beleza de um lugar, o desejo é retornar para onde a família se encontra. Seja aquela definida por Deus ou a escolhida, a dedo, por você!