domingo, 3 de junho de 2012

Os Olhos Azuis

Era um calmante aqueles olhos azuis. O par de olhos azuis que cativava, acalmava, envolvia e apaixonava. Desejava navegar em sua profundeza, descobrir seus limites, desejos e afins.
O dono dos olhos azuis simplesmente a olhava. A convidava para uma cerveja, para um drink, schweppes com big Apple, uma caipirinha.
Convite aceito, bebidas no copo, conversas na mesa.
Despedida. Entrega.
O momento que fora adiado para outro dia, outro dia, aconteceu naquele dia. Há quanto tempo os olhos castanhos desejavam encontrar os olhos azuis? Ambos fechados enxergavam, encontravam, juntavam.
E o encontro que fora pensado tantas vezes, às vezes ensaiado nos pensamentos dela, nas conversas entre os dois não saíra do improviso. Havia timidez, havia dúvida e houve o beijo.
O nariz aproximou, sentiu o cheiro. O rosto sentiu a pele, a barba que fora feita quase recentemente, o calor. Os lábios procuravam. A respiração irregular. O encontro.
O beijo doce, quente, calmo. Como aqueles olhos.
Tranquilidade e um sentimento.
Apaixonante, leve. Como uma melodia. Aquela melodia calma, cativante, apaixonante. Suave.
O beijo fez e desfez. Os olhos convidavam.
Convites, atitudes.
Aqueles olhos azuis...

2 comentários: