domingo, 17 de junho de 2012

Era uma vez... O caos?!


E deixou. 
Deixou ser levada pelo momento. Permitiu ficar próxima a você. Sentiu seu cheiro, seu calor, seu toque. 
E deixou. 
Deixou que a conversa perdesse o rumo. Permitiu que houvesse o silêncio. Consentiu que os braços desempenhassem seu papel. Protegessem, abraçassem...
E aconteceu. Quase na hora da despedida o que deveria ter acontecido mais cedo... Pois fora um dia de olhares intensos...
No momento do tchau, até logo... As palavras se perderam, vagaram sem significado. Bêbadas abandonaram a conversa. Os braços a aqueceram e a envolveram. A pele quente. Os lábios quentes. E assim surgiram os primeiros beijos. Nos ombros, nos braços, na face, nos lábios e então o mundo parou de rodar.
Ela perdeu os sentidos. Desorientou, ficou em desordem, perdida nos braços dele. 
Nada sob controle.
E ela deixou. 
Deixou criar o caos. 
Caos interior? - Não. Caos externo? - Não.
[Mas é bom deixar claro que não se pode confiar muito nela ultimamente.]
E ela confessa que às vezes é capaz de sentir aqueles braços, aqueles lábios e ouvir aquela voz visita-lá à noite.
... E quem poderá confiar nesse ser humano?
... E o caos pode estar instalado. Ou não...

Um comentário:

  1. Este é um texto muito especial. Um novo estilo, um novo nível de sofisticação e sutileza, e uma nova profundidade de sentimentos.

    Parabéns!

    "Em todo o caos existe um cosmos, em toda a desordem uma ordem secreta."
    - C.G. Jung

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