E como se diz: Quem brinca com fogo pode se queimar.
Ou, não exatamente.
Às vezes quer apenas sentir aquela adrenalina. A pele queimando, saber até quando pode suportar tal ato. Às vezes quer apenas sentir. Sentir que é sensível. Saber que consegue sentir.
A vida às vezes nos deixa dormente. Insensível. São pancadas, são tapas, atitudes, ou muito pior, podem ser palavras que atingem de forma tão intensa e profunda que te deixam: dormente, insensível. Um iceberg, então, nada melhor que algo para aquecer e te devolver os sentidos.
Existem amores inexplicáveis. Talvez o tão amor pra vida toda, vai saber?! Ou como diz o sábio Gabito, existe amores que são o eterno “status de relacionamento: perdendo tempo”. É aquele amor que veio para existir, te fazer, te construir, moldar, mas não aquele amor para se conviver, para se viver, fazer história, pois vocês são estória.
Aquele “me liga qualquer coisa”. Aquele “a gente já se conhece”, “se entende, não to fazendo nada, você também”... Então... Existe aquecedor melhor que este para testar sua insensibilidade?
Não, não existe. Vocês já foram história, guerra e paz, choro e riso, despedida e reencontro. Brigas, brigas, desentendimento e reconciliação. É aquela pessoa que não paga aluguel, mas é o dono do lote onde se constrói. É o alicerce, o piso, o concreto. É aquela essência inesquecível. É o calor, é o fogo. É a prova que se vive, que se sente.
É o amor clássico, sem modismo. É o amor real, um amor de liberdade. De idas e vindas, chegadas e despedidas...
É aquele amor que o tempo não apaga, não muda, não destrói e não conserta. Vocês nunca ficarão juntos, mas o que sentem não acabará jamais.
É a perda de tempo mais valiosa. É a prova de fogo. Prova de sentimento. Prova de que tudo que você diz saber, não tem valor nenhum.
Pois você sabe, que se tratando de fogo, tudo é incerto. Tempo, cor, intensidade.
...
“Eu encomendo um jantar
Só prá nós dois
Se não tem nada prá depois
Por que não eu?...”
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