sábado, 3 de julho de 2010

Regra n⁰2

Encontros de amigos são sempre bons, melhor ainda quando tem gente nova no pedaço. Espera, não te conheço de algum lugar? De onde será??? Parado ali, no meio da rua, acho que está indo para o mesmo lugar que eu. Acho que estou doida, se ele está parado não está indo a lugar nenhum, continue andando.

Eis que ele aparece, não é que já tínhamos nos vistos por esse mundo-ovo? Mas conversar, socializar, foi a primeira vez até então. E que então. Existem pessoas que simplesmente... são! Não sei bem o que, mas são. Assim como existem pessoas com quem não gostamos no primeiro olhar o contrário também é verdade.

O impulso toma conta, a consciência perde razão, o sentimento domina. Mesmo sabendo que não dará em nada o controle se perde e o momento me leva. Coisas assim são mútuas, senão não seria tão forte. Ele me marcou, eu o marquei.

Aquele momento se repete uma, duas, três vezes, sempre ao acaso. Um acaso não tão inesperado, afinal, amigos em comum, festas em comum. Queremos apenas curtir o momento, nos divertir. Até que a situação começa a me perturbar. Por que, de repente, ele começa a dominar minha mente, meus pensamentos? Não sinto nada por ele, apenas gosto de ficar perto dele.

Um, dois, três. A repetição não faz bem. O amor bate a porta e não o levo a sério. Continuo mentindo, brincando, achando que posso enganá-lo. Engano meu, me vi em um relacionamento de um lado, porque no final as mulheres se apaixonam e os homens não.

Regra n⁰2: Não brinque com o amor, ele pode te levar a sério.

Percebo que é o momento. Momento de cair fora, de deixar de vê-lo para que meu coração não domine minha razão. Ahhh, como é difícil. Todos querem nos ver juntos, mas nós não queremos isso. Sabemos que não. Como evitar, como não encontrar, como fugir desse mundo que quer nos sufocar?

Mesmo 6 meses depois, meu coração acelera ao vê-lo. Decido jogar tudo ou nada, não estou mais com medo, mas, será que ele está? Talvez os momentos não estivessem encaixados. Nada aconteceu, nada seguiu, nada parou. O mundo continuou a rodar e as pessoas a viver.

Sei que não é doença, mas estou curada. Não me afeta mais e não o afeto mais. Talvez nossas vidas se cruzem novamente, mas passaremos direto como na primeira vez que nos vimos na rua.

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