sexta-feira, 2 de julho de 2010

Regra n⁰ 1

E então o príncipe encantado aparece, montado em seu cavalo branco...

Nessa hora caio da cama e acordo, percebo não ser mais uma criança que acredita em homens corajosos e que tratam as mulheres como princesa. Mas não resito a imaginar coisas sobre aquela pessoa no fundo da sala, quieto, misterioso. E sei que não sou a única!

Prestar atenção na aula fica difícil, vejo quem se aproxima e tento descobrir o nome, mas o apelido é a única coisa que soa e, tão familiar, por quê? Nessas horas me questiono sobre a coincidência, ela existe mesmo? O que leva a pessoa pela qual você se interessa ter o mesmo apelido que VOCÊ deu ao último amor platônico?

Eis então que me encontro em mais uma amor platônico, sonhando acordada com o dia em que trocarei uma palavra com ele. É o tipo de coisa mais idiota, pois ao mesmo tempo em que lhe dá alegrias falsas pode levar ao maior desastre: se realizar. Afinal, amor platônico não é para acontecer, certo?

Regra número 1: amor platônico não se realiza, quando acontece isso chama decepção.

Nós não pertencíamos ao mesmo grupo de amigos e não íamos aos mesmos lugares. Então surge a oportunidade perfeita: festa das turmas! É obvio que alguém misterioso não iria a uma festa, iria? O charme se perderia, o mistério acabaria e o amor platônico não existiria. Qual a graça?

Ok, nada de festas. Não importa! De segunda a sexta o vejo em seu canto, com todo seu charme. Perfeito e distante.

“Que tal você começar a pensar em gostar de alguém verdadeiro?” Claro que já pensei nisso, mas simplesmente não consigo tirá-lo da cabeça. Principalmente quando você está em uma festa e ele aparece na sua frente, tão perto, tão distante. Meu coração dispara, sinto uma falta de ar e... percebo que me esqueci de respirar. Por que sempre nos esquecemos de coisas vitais nesse tipo de situação?

Lembre-se da Regra 1 e continue dançando. Impossível, eu sei que ele está lá, ou melhor, aqui! Simplesmente não consigo pensar, ouvir a música ou minhas amigas conversando. A tristeza parece se instalar, tenho certeza que é o efeito do álcool. Por que mentir para mim mesma? Sei que estou irritada com minha impotência e falta de coragem!

Maldito álcool! Por que suas amigas não estão na situação “não pense”, mas na fase “pense besteira?”. De quem foi a ideia de chegar para TODOS os meninos da turma dele e pedir ajuda para juntar a minha pessoa e a dele? Pior, por que os meninos estavam na mesma situação e aceitaram essa sugestão idiota?

Ok, ok. Os amigos querem o bem de quem gostam, mas, as vezes, é melhor ficar quieto. Não consigo acreditar em como tudo foi tão rápido. Tudo parecia um sonho, a certeza era de que nada tinha acontecido. Continuava não sabendo nada sobre ele e preferia que assim continuasse. Maldito coração que continua disparando ao vê-lo, que quer estar perto, que quer conhecê-lo. Isso sempre dá errado, ou não?

Seria melhor se ele continuasse a não se lembrar. Teríamos vivido nossa vida da mesma maneira. Mas lhe contaram, ele quis conversar, quis continuar. Afinal, por que não?

Ok, ele era perfeito! Entendeu o meu mundo. Até disse coisas que muitos têm medo, eu inclusive! Tá certo que dizer em outra língua pode ser encorajador, principalmente quando a fixa só cai para a pessoa depois.... O que estava errado?

Destino? Imaturidade? Medo? Ou a Regra n⁰1?

3 comentários:

  1. um textinho q traduz "Onde a realidade se confunde com o fictício e a história é criada." estou a espera do próximo!!!!

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  2. quem diria.. um membro do clube das 'exatas' q sabe escrever!! rsrs..
    brincadeirinhas à parte, adorei! E digo mais: adorei pq emocionou, pq me imaginei na mesma situação e fiquei agoniada.. esqueci de respirar!! *-*

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  3. ^^ que bom! Prometo melhorar a cada post!

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