Estava tudo certo.
Noite passada, diante de uma crise de ausência, respirou fundo, Inspirou, expirou.
Pensou, pensou em esquecer. Pensou, lembrou que não poderia esquecer. Não poderia deixar para outro dia, não poderia deixar para outro momento. Não poderia deixar para amanhã.
E ele não estava lá.
Pensou, pensou em esquecer. Pensou que tinha de deixar pro outro dia. Queria lembrar que ele não estava, queria esquecer sua vontade, seu desejo. Queria dar um tempo.
Rolara na cama, por quase uma hora.
Levantou-se no frio da noite, sua camisola era insuficiente para aquecer, a meia gelara o pé, o cabelo estava frio, como seu estômago.
Procurou-se aquecer. Buscou uma manta no escuro, na escuridão da noite, na escuridão do quarto.
Suas mãos apalparam a manta, o livro, o bloco, a caneta.
Estava tudo planejado, descrito no em seus pensamentos, faltava colocar para fora.
O pensamento teria que concretizar, as falas imaginadas seriam transformadas em letras, em palavras, em frases.
Ela pegara o papel e escrevera.
Pontuou os principais motivos que a faziam perder o sono.
Ela havia feito algo errado? O por quê da distância? O motivo da ausência? O por quê do sumiço?
Entre outras indagações, ela queria se culpar pela distância que existia entre eles. Ela pensava demais, ela se culpava de mais, ela se martirizava.
Ela queria resgatar o amigo sequestrado naquele corpo, ela desejava que ele voltasse. Que ele reaparecesse trazendo consigo o sorriso mais lindo, um filme, um livro, sua coqueteleira.
Ela esperava pelo encontro.
Uma mensagem enviada ao sequestrador, um e-mail enviado.
Ambos respondidos.
Faltava o encontro.
Não estou entendendo. Acho que estou na falta deste ensaio.
ResponderExcluirExiste uma data de re-exame?
Existe uma continuação...
ResponderExcluirem breve
O mau das mulheres: pensar demais!
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