terça-feira, 5 de julho de 2011

E era...


E ela encarava o celular com um olhar tão fatal que seria capaz de cometer um assassinato.
A raiva transbordava pelos poros. A incompreensão.

E quem era ela? Quem a fizera sentir tanto?

Perdida em seus pensamentos, vagava em perguntas sem respostas. Respondia perguntas incoerentes.
Ela era a mentira dela mesma.

E ele do outro lado do telefone, sem expressão alguma a culpava. Culpava. Culpava.

Há exatos 12 meses e 13 dias, tivera seu dia de felicidade e tristeza.
Tinha o que desejava, e o que temia.

Ela o amava, e ele não sentia o mesmo.
Ela o amava, talvez mais que a ela mesmo.

A decisão fora tomada.
Ela o amava.

Ela precisava. Ele sem expressão, sem sentimentos, egoistamente. Não a amava.

Ela sentia raiva, ele dormia.
Ela chorava, ele sorria.
Ela se desesperava, ele se divertia.

Ela amadurecera.
Ele, maduramente, se comportava com infantilidade.

Buscando uma mulher, em ninfetas, que se vestem com um saco de lixo.

Ela sangrava, ele não notara.
Ele não era o homem a se amar.
Ele não era o homem que ela amava.

E ela ficou tranquila.
dormiu com a noite.

4 comentários:

  1. Talvez ele a amava. Talvez ele estava usando o humor como um mecanismo de defesa. Algum homem fazer isso. Pode ser que ela tinha acabado de ler, talvez mais sensível, insegura? O que ela fez no final? Será que ela deixá-lo? Será que ela encontrar alguém?

    Isto é muito intrigante.

    ResponderExcluir
  2. Mostrei o texto para o meu Primo, Paul. Ele concordou comigo - Este é um texto muito sincero, escrito com dor genuína.

    ResponderExcluir
  3. As vezes ele a amava.
    mas homem tem um jeito estranho para amar, se for visto deste modo.
    E, o que ela fez, vai além de deixá-lo.
    é possível que até hoje ela o ame.

    sim sim, é um texto sincero, real e doloroso.

    Obrigada!

    ResponderExcluir