terça-feira, 12 de julho de 2011

E era assim




Dizem que os atos devem ser ensaiados.
Assim a probabilidade de erros e incoerência, poderia ser nulo.

Quantos ensaios podemos realizar na vida? E a arte de atuar na peça?
Vivemos no ensaio, na atuação.

Houve um tempo que ela ficara perdida na distância que existia entre ela e ele.
Houve um tempo que ela não notara, mas a distância aumentava.
No tempo em que ela quis resgatar sua amizade, ela o perdera.
Ela o perdera pra ele mesmo.

Ele estaria no interior daquele cara que ela conhecia. Ele tinha sido sequestrado e ocultado dentro daquele corpo.

Quando ela percebeu o que acontecia, decidiu entrar em ação.
Chamou por aquele novo que habitava o corpo do seu amigo.
Ele era um sequestrador.
Ela o intimou. Queria conversar. Quem sabe não conseguiria libertar o amigo?!

E estava tudo combinado.
Estava tudo acertado.

O ensaio estava perfeito.
Mas não houve atuação.

O sequestrador na tentativa de cumprir sua promessa, foi impedido pelo destino.
Seu amigo que habitava no mesmo corpo que o sequestrador, foi amaldiçoado a permanecer oculto para um todo sempre.

Ás vezes a vida não permite ensaios.
Ás vezes precisamos não marcar, não agendar, não ensaiar. Mas sim, atuar.

2 comentários:

  1. Interessantes. Isso só mostra que um plano não pode ter êxito a menos que seja baseado em um racional, a motivação bem fundamentada, e é planejado de forma lógica. Em minha opinião, o ato estava condenado ao fracasso porque não foi racional. É possível, por exemplo, que seu amigo "seqüestrado" não era de fato sido seqüestrado, mas foi protegido pelo "seqüestrador"? É posssible que a intenção do "sequestrador" era nobre? É possível que por "seqüestro" de seu amigo, o seqüestrador realmente protegidos VOCÊ? É posssible, por exemplo, que o "sequestrador" assumiu um grande risco pessoal, por protegê-lo desinteressadamente? Em outras palavras, é possível que a motivação do "sequestrador" foram todos nobres? Apenas um pensamento....

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