sábado, 8 de janeiro de 2011

Sábado a noite

Desistiu de sair.
Por mais que o visor do seu celular apontasse as chamadas, por mais que recebesse mensagens, não estava completamente diante deste objeto.
Sua mente vagava na ilusão, imaginação e sonho.
A realidade do encontro que de novo não aconteceu.
No momento em que o mundo a chamava, estava vagando. Viajando olhando a sacola. Percorreu seu interior, vivenciou os preparativos de fazê-lo, de escolhê-los, comprá-los, escondê-los.
Como seria de uma pessoa sem calendário? Ele saberia o dia real do encontro?
Seus horarios, dias já estariam marcados.
Por isso ele esquecera de dela...
Um talvez, quem sabe...

Num instante de fúria, amor, carinho, cuidado e raiva... Ela pegou os presentes que tanto lembravam você. Colocou-os no maleiro, longe dos seus olhos, de suas mãos. Longe o bastante para que ela não o tocasse frequentemente, para que ela não o imaginasse, para que ela não o sentisse tão presente.

Ela suspirava pedindo ao Pai que pudesse guardar o coração naquela sacola também. Deixaria guardado para que ele saisse exatamente no dia que encontraria o outro coração.
Para que dentro do maleiro perdesse a noção do tempo, não criasse expectativa com o tempo... Não se ferisse...

Dentro do maleiro, eles estariam sempre juntos.

O celular ainda toca e não é você na chamada.
Uma mensagem e não é a sua.

125 mensagens na caixa de entrada
139 itens enviados.
Todas excluidas e você ainda no favoritos.

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