terça-feira, 25 de janeiro de 2011

E o se? Final feliz?

"Tenho pensado nos três pontos finais que os moços colocam e elas teimam em ver ali reticências."
Gabito Nunes

Parece repetitivo, parece cíclico, parece igual, mas não é.
Parece de profundidade semelhante, de intensidade idêntica. Parecia, ou desejaria que fosse.
Se fosse de igual, semelhante, idêntico sentiria alívio.
Ela seria capaz de superar, mesmo que em 36 prestações...

Na atualidade é tudo tão finito. No momento a saudade equivale ao enésimo número elevado a n fatorial.

E do que realmente ela sentia tanta falta?

Do não compromisso? Da não presença? Dos carinhos que não aconteciam? Dos passeios sonhados, dos planos abstratos, da relação sonhada, desejada?
Sentir falta do calafrio ao atender o telefone? Do tremor do corpo ao lembrar uma ocasião de desejar sentir de novo o momento? Do desejo de sempre ter a 1ª vez com ele?
Desejo da noite de lua compartilhada a distância, da cumplicidade através do aparelho celular. De ter sua presença em algum lugar, mesmoque ficticio...

Saudade... Saudade... Saudade...
Sentimento sem braços, mas que aperta numa intensidade sufocante.
Se esse momento for o final de sua vida. Seria um final feliz.

Sussurrando ela dizia, que naquele sentimento sem saudade, ela encontrou seus braços.
A saudade o simboliza... Esse abraço sufocante tornou-se aconchegante.
E assim ela fechou os olhos, para um possível final feliz.

A saudade a sufocava, mas desta forma ela estaria com ele.




2 comentários:

  1. Saudade do que nunca existiu. Como o ser humano consegue essas proezas? =D

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  2. Citando Gabito: "Torcendo para começar seu próprio romance e não mais se valer de outros amores, de livros, de filmes, de novelas, de colegas
    de aula."... As vezes isso acontece...rss

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