sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Ponto Final

"Eu não sei evitar amores. Mas também não aprendi a cultivá-los."

Pela 1ª vez após ter entrado de férias ela ouviu os passos dele. Imaginou-o se trocando. Escutou fechando a porta.
Sentiu um alívio. Ela podia sair de sai cama e ir ao encontro da caneta e papel.
O que a faz escrever nesta manhã nublada? Às 6:45, sendo que ela fora dormir às 3h?
Ela pensou que dormiu, desejou dormir, mas rolou pela madrugada. Entrava e saia do quarto, bebia água, queria acreditar que não era real. Que era um sonho.

A coisa é simples: o ponto final.

O ponto final de alguma história que ela desejava passar para o papel.

“A chance da felicidade consiste em compartilhar” – alguém dizia. Compartilhe o amor, relacionamento, segredos, amigos, momentos.

A diferença básica neste ponto final consiste no fato de que não havia uma história real. Consiste no não compartilhamento. Ela queria compartilhar, ele não deixava.

Ai entra um fator “x”

Ela desejava amigos em comum. O que a outra tem.
Ela desejava aproximidade. A outra pode tê-lo.
Ela desejava ser desejada. Com o início, a outra pode tê-lo mais facilmente.

Ela e ele, ele e ela: Algo que ela acreditou e ele negou.
Ele e a outra, a outra e ele: Um fato que a faz ter insônia.

A pergunta:

Quanto tempo o tempo irá levar para levá-lo dela?
Seu coração bate solitário.
E quem pode dizer que haverá reencontro? Que a outra não vencerá? Que ele não se apaixonará...

Não se pode lutar contra a distância.
A distância de corpos, mentes, vontades, compartilhamentos.
A insônia é solitária e faz companhia a ela...

Por quanto tempo?

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