segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Reabilitação

"Depois de uma semana voltei a pensar em você. Um pensamento tão intenso que me fez querer escrever, mas estou proibida de tal ato. Assim como de você"

Desde sexta feira ela iniciou uma viagem que tem como roteiro o amor em minuscula, vários trechos maravilhosos. Um belo livro com uma história espetacular. Esse livro a fazia viajar, além de onde seu pensamento a quisesse levá-la. Esse livro fazia acreditar no simples ato, qcreditar que o simples ato pode fazer um mundo diferente.
O livro que ocupa sua mente, que evita que o pensamento leve a um certo Braga, é o mesmo livro que trouxe lágrimas aos olhos dela.
Não descreveremos aqui o trecho, o capítulo, a frase, o momento.
Ela fez greve da fala. Eu do papel, teclado.
As letras não deveriam unir-se e formarem palavras, frases, textos...
Estamos de castigo. longe dos prazeres, longe do que nos faz bem.




It's like I checked into rehab
And baby, you're my disease
It's like I checked into rehab
And baby, you're my disease


Teimosia

E não há muito comentário...
Saudade...
Esperança...
Realidade...
Ausência...
Presença...
Um mix nada natural.

Quem consegue ser mais teimosa?

domingo, 30 de janeiro de 2011

Perguntas, perguntas, perguntas...


Tive pensamentos confusos, estranhos, sem pé nem cabeça. Tive sonhos irreais, reais e sonhados. Agora me vejo na realidade, sem saber se meus pés tocam o chão. Afinal, é possível juntar o meu gostar com o meu fazer?

As pessoas perguntam e escutam apenas o meu silêncio, a minha dúvida. Afinal, alguém sabe a resposta? Ou pelo menos a pista por onde trilhar, para alcançar o que deseja? Direita ou esquerda, sim ou não, qual seria a escolha certa?

Mas será que realmente tenho essa opção? Vou me deixando levar pelo caminho da sociedade, mas esse é o ideal? Será que consigo fugir da rotina, buscar meu caminho que não tenha sido escrito por outro? Será que tenho o poder para escrever aquilo que será o meu destino, juntando o que gosto com o que faço e obtendo o meu verdadeiro eu?

Perguntas e respostas. Respostas e perguntas. Existe solução para todas as questões pessoais ou algumas nunca são respondidas?

sábado, 29 de janeiro de 2011

Mudanças


O fato de se conviver com uma pessoa por exatos 21 meses e depois simplesmente se ditanciar causa muitas mudanças em nós.
Causa mudanças no seus atos, até em seus gostos.
Mudei muito durante esse tempo e com isso as pessoas mudaram suas posturas comigo.
Em um dia qualquer há dois anos atras, poderia sim, sair as 23h de casa, de ônibus, na chuva que não haveria nenhum emmpecílio, mas e hoje? Hoje fui bloqueada...
Em dias qualquer, aguentaria beber mais do que 4 caipirinhas, sairia, chegaria em casa de manha. E hoje? Hoje, saio, bebo uma ice e uma devassa morena, já vou correndo para o banheiro mandar uma mensagem e encontrar o caminho de casa.
Em dias qualquer de alguns meses atras, não me interessava com horário da missa, usar a proteção do escapulário, ler textos interessantes para repassá-los. Em dias atras vivia toda a novidade só para mim.
Em meses atras, não me importava se sentia falta de alguém para compartilhar os pequenos momentos da vida. Hoje o que quero é alguem que vá a praça comigo, coma algodão doce. Deite na grama, fique quietinho, que me faça passar toda eternidade em seus braços.
Em meses atras não era assim.
Algumas coisas mudaram, e hoje sei...
Meu coração esta sensível, mas estou mais forte.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Conto uma história sem final feliz

"Werther, um jovem, vai morar no idílico povoado de Wahlheim para dedicar-se prazerosamente à pintura e à leitura. Mas, em um baile organizado pelos jovens da localidade, conhece Charlotte — Lotte para os amigos — por quem se apaixona profundamente. Embora a jovem esteja prometida a outro, Werther a visita com freqüência esperando que seu amor seja correspondido. Sua paixão vai aumentando, como costuma acontecer quando não ligam para você. Seguindo os conselhos de Wilhelm, seu amigo e confidente, o jovem se afasta da aldeia e começa a trabalhar como secretário de um embaixador, mas a vida mundana lhe parece odiosa e ele volta a Wahlheim onde, diante da impossibilidade de amar Lotte — que já se casara —, Werther se suicida"

Trecho retirado do livro: Amor em minúscula.
Por: Francesc Miralles

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Calma, ele vai te encontrar


Se você veste a camisa das casadas e anda meio aflita com a parca probabilidade de reviver um primeiro beijo, uma transa inicial cheia de suor e tremeliques, um primeiro encontro, toma tenência aí, seja mais solidária. Olhe em volta a carinha de suas amigas solteiras, tadinhas. Elas têm saudade mesmo é de um segundo encontro. Não tá fácil, poxa vida.

Agora, também calma aí se você joga nesse segundo time, das garotas que não suportam mais chorar em público ou na frente de ninguém após ouvir o problema não ser você, mas sim a transferência dele para a capital da Armênia, que ninguém sabe, ninguém viu, anunciada só ontem pela multinacional na qual o desalmado trabalha. As coisas não são assim, de uma hora pra outra. Se ele for esperto, vai te encontrar.
Você acha um cara lindo, faz amizade, toca em seu braço e seu cabelo tá de ressaca de tanto ser tremulado contra o vento pra dar bandeira. Pois é, ele só te acha bacana, menina inteligentíssima, sangue de primeira. Tem um outro que, além de um frio na planta do pé, provoca em você uma insana e impertinente vontade de esfregar cuecas estampadas de pé no tanque, desde que sejam dele. Mas ele nasceu com o pau torto e apontado pra qualquer mulher que não você. E tem aquele tipão rico, bonito, gentil e tudo a ver contigo, inclusive a paixão pelo Cristiano Ronaldo sem entender patavinas de futebol. E o outro, que prometeu ligar assim que um rolling stone tiver falência múltipla de órgãos. É dose, mas tenha paciência, ele tá procurando.

Enquanto isso vai se divertindo com os errados. Eu poderia dizer que o tal cara certo anda fazendo o mesmo, mas não é verdade. Ele tá é atrás de você, mulher de deus. Você e seus calcanhares gelados às quatro da manhã e não alguém com seus calcanhares gelados às quatro da manhã. Você e sua metralhadora de pequenos beijinhos em tempos de partida e chegada e não uma qualquer uma com igual metralhadora de pequenos beijinhos em tempos de partida e chegada. Sim você e suas coxas roliças, seu perfume ibérico, seu sorriso com os olhos, seus ombros pequenos, sua mania de caminhar de meia pela casa ou se depilar com o barbeador dele, dando sopa no banheiro. Não uma que tenha tudo isso. Você, com tudo isso.

Entende a diferença? Por isso tanto desencontro, tanta mea culpa esfarrapada, tanto ti-ti-ti e toda essa especulação amorosa de dar nó em operador da Bovespa. Mas as coisas são assim, criatura. Ele olha, acha que é, experimenta, carimba, não devolve as ligações e segue atrás de alguém que o amarre com inexplicáveis atributos. Dói? Ô, se dói. Mas tente escovar os dentes com um esfregão de aço e me conta. Não acredita? Faz o seguinte: ficaí quietinha, do trabalho pra balada e vice-versa, com todas aquelas colheradas de brigadeiro em cada pit-stop pra recarregar as esperanças.

Essa demora faz parte do processo, faz do amor que vier valer a pena e implodir a solidão. Veja por este ângulo: a espera se justifica por você ser tão especialzinha e única, feito uma flor bonita em encostas arenosas. Confia em mim, ele vai te encontrar. Mas siga sua intuição, não perca tempo e beleza com rapazes feitos para outras garotas. Só pelo andar da carruagem você já sabe quem vem dentro.

Life is like a boat

"Nobody knows who I really am,
I've never felt this empty before.
And if I ever need someone to come along,
Who's gonna comfort me and keep me strong?

We are all rowing the boat of fate
The waves keep on coming and we can't escape
But if we ever get lost on our way
The waves will guide you through another day
 
(...)
 
Nobody knows who I really am
Maybe they just don't give a damn
But if I ever need someone to come along
I know you will follow me and keep me strong
 
(...)
 
And every time I see your face
The oceans lead out to my heart
You make me wanna strain at the oars
And soon I can't see the shore

Oh, I can't see the shore...
When will I see the shore?

I want you to know who I really am
I never thought I'd feel this way toward you
And if you ever need someone to come along
I will follow you and keep you strong
 
(...)
 
And everytime I see your face
The oceans lead out to my heart
You make me wanna strain at the oars
And soon I can't see the shore"


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

E o se? Final feliz?

"Tenho pensado nos três pontos finais que os moços colocam e elas teimam em ver ali reticências."
Gabito Nunes

Parece repetitivo, parece cíclico, parece igual, mas não é.
Parece de profundidade semelhante, de intensidade idêntica. Parecia, ou desejaria que fosse.
Se fosse de igual, semelhante, idêntico sentiria alívio.
Ela seria capaz de superar, mesmo que em 36 prestações...

Na atualidade é tudo tão finito. No momento a saudade equivale ao enésimo número elevado a n fatorial.

E do que realmente ela sentia tanta falta?

Do não compromisso? Da não presença? Dos carinhos que não aconteciam? Dos passeios sonhados, dos planos abstratos, da relação sonhada, desejada?
Sentir falta do calafrio ao atender o telefone? Do tremor do corpo ao lembrar uma ocasião de desejar sentir de novo o momento? Do desejo de sempre ter a 1ª vez com ele?
Desejo da noite de lua compartilhada a distância, da cumplicidade através do aparelho celular. De ter sua presença em algum lugar, mesmoque ficticio...

Saudade... Saudade... Saudade...
Sentimento sem braços, mas que aperta numa intensidade sufocante.
Se esse momento for o final de sua vida. Seria um final feliz.

Sussurrando ela dizia, que naquele sentimento sem saudade, ela encontrou seus braços.
A saudade o simboliza... Esse abraço sufocante tornou-se aconchegante.
E assim ela fechou os olhos, para um possível final feliz.

A saudade a sufocava, mas desta forma ela estaria com ele.




36 prestações de saudade

Dizem que tudo na vida tem dois lados. Um bom e outro ruim. Depende nos olhos de quem está a pimenta. Mas se tem algo realmente ambiguo para uma única alma é um troço chamado saudade. Com ou sem primenta nos olhos. O dito popular é quem melhor traduz a dualidade de uma saudade quando diz que esta é a maior prova de que o amor valeu a pena. Então sentir a falta é bom. E ruim. Em todos os pontos de vista. Vai entender...

Saudade é amar um passado que nos machuca no presente. É uma felicidade retardada. É deitar na rede e ficar lembrando das ardentes reconciliações depois de brigas homéricas por motivos desimportantes. Sente-se falta de detalhes, como uma toalha no chão, dias chuvosos, da cor dos olhos. A saudade só não mata porque tem o prazer da tortura.

Saudade é o amor que não foi embora ainda, embora o amado já o tenha feito. Ter saudade é imaginar onde deve estar agora, se ainda gosta de vinho bordeaux, se chorou com a derrota do Grêmio no campeonato nacional, se tem tratado aquela amigdalite. E quando a saudade não cabe mais no peito, se materializa e transborda pelos olhos.

Sentir saudade é ter a ausência sempre do seu lado. É mudar radicalmente a rotina, comer mais salada e menos sorvete, frequentar lugares esquisitos, ter dias mais compridos, ter tempo para os amigos, para o vizinho e para a iguana do vizinho. A saudade é a inconfortável expectativa de um reencontro.

Às vezes a saudade é tão grande que nem é mais um sentimento. A gente é saudade. É viver para encontrar o olhar da pessoa em cada improvável esquina, confundir cabelos, bocas e perfumes, sorrir com os lábios tendo o coração sufocado. Porque mesmo a saudade sendo feita para doer, às vezes percebemos que ela é o meio mais eficaz de enxergar o quanto amamos alguém, no passado ou no presente.

Por que a saudade é o muro de Berlim desmoronado no chão, capaz de agregar opostos, como a tristeza e a felicidade em uma coisa híbrida. Se você tem saudade é sinal que teve na vida momentos de alegria com ela ou ele! No fim das contas, a saudade que agora lhe maltrata nada mais é que uma dívida sendo paga em longas 36 prestações pelo amor usufruído. Agora aguenta...

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Um certo Braga I

Um certo Braga é aquele que desperta o desejo de sobreviver. O desejo de mudança. O desejo de viver.
Um certo Braga é aquele que desperta um sentimento inexplicável, um acesso de raiva, grito silencioso... Sentimentos antônimos, antagônicos.
Um certo Braga irradia alegria, ilumina caminhos, desperta o desejo, dá motivos relevantes para continuar tentando.
Um certo Braga é a causa e consequência do jogo. É a resposta da pergunta. A fantasia da festa, o coração dos apaixonados. O álcool do drink, a reação química.
Um certo Braga é a exatidão da física, a certeza da matemática. A exceção da regra.
Um certo Braga é a tinta da caneta, bateria do notbook. O papel do caderno.
O sol do céu, esse é um certo Braga.

Um certo Braga é a razão do meu juízo, motivo mais gostoso da minha mudança, das minhas noites mal dormidas, das minhas lágrimas, riso e sentimentos insensatos.

A este Braga tenho minha eterna gratidão.

Um agora, não tão neste instante fui fraca e feliz.
Num momento de teor alcoólico elevado, pernas trêmulas, visão distorcida... Deixei ser levada pelo coração.
Encontrei dentro dele um certo Braga. Aquele que me deu forças quando estive fraca. Acreditou quando desacreditei, confiou em quem eu mesma desconfiava. Em mim.
Encontrei um certo Braga no meu interior.

Este certo Braga me ajudou acreditar que eu seria uma Braga.
Este Braga me ensinou a acreditar em mim.

Quem sou eu sem esse Braga?
Cenas para a vida que terá de ser vivida.

Vida



"Faço menos planos e cultivo menos recordações. Não guardo muitos papéis, nem adianto muito o serviço. Movimento-me num espaço cujo tamanho me serve, alcanço seus limites com as mãos, é nele que me instalo e vivo com a integridade possível. Canso menos, me divirto mais, e não perco a fé por constatar o óbvio: tudo é provisório, inclusive nós."

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Celular

Ao sentir a água escorrendo na sua pele, espalhando pelo corpo foi que conseguiu ouvir com atenção a música que tocava longe...
Um longe daquele ambiente, mas tão perto dela. A música podia vir de dentro.
a contora pedia para que alguém pensasse nela, que ela estaria pensando neste alguém.
Sem nomes, sem identidade, para que todos e ninguém se identificasse e cantasse...

Percebeu que a música vinha do celular. O tempo parou.

Como pode um aparelho ter tanto sgnificado. Trazer tantas lembranças. Guardar tanto sobre seu dono.
O que é um celular, se não o Guardião.
Nele estão contido segredos, fotos, músicas, viagens. Expectativa, desejo, procura, recusa, esconderijos, mentiras. Caixa postal.

A caixa de entrada: guardam mensagens, mensagens, mensagens... significados valiosos. Produras, pedidos. Mensagens intraduzíveis.
Rascunhos: são vontades, letras que deram as mãos, formaram palavras, uniram-se em frases. Mensagens vencidas pela covardia, não foram entregues aos destinatários.
E o terrível e medonho. Ítens ennviados: Nele estão emoções, arrependimentos, vergonha, desejos, vontades, vergonha e a realidade.

O foco. A reallidade.
Enviamos, planejamos, recebemos.
E o equilibrio?

A música parou de tocar. Enrolada na toalha observando o celular.

Itens enviados: 95 mensagens
Rascunhos: 25 mensagens
Caixa de entrada: 05 mensagens.

Vamos equilibrar.

Break Your Heart

"Now listen to me baby
Before I love and leave you
They call me heart breaker
I don't wanna deceive you
 
If you fall for me
I'm not easy to please
I might tear you apart
Told you from the start, baby from the start
 
I'm only gonna break break your, break break your heart"
 

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Cenário

Ela: A nossa liberdade é o que nos prende.
Ele: Não quero te dar liberdade. Quero que seja livre.


And where are you now, now that I need you?
Tears on my pillow wherever you go
I'll cry me a river that leads to your ocean
You never see me fall apart

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Deixo essa flor...


Essa é a flor que deixo com você.
Uma flor que não murchará, nem se transformará em fruto.
Uma flor que palavra nenhuma consegue descrever.
Uma flor eterna.

Dividir







"Quando a gente gosta, a gente começa emprestando um livro, depois um casaco, um guarda-chuva, até que somos mais emprestados do que devolvidos.… Gostar é não devolver, é se endividar de lembranças."

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Processo de esquecimento


"Lembrar é fácil para quem tem memória. Esquecer é difícil para quem tem coração."
William Shakespeare

O processo do esquecimento é algo terrível. Ainda mais se tratando do esquecimento obrigatório.
Ainda não foi encontrado um manual que ensine passo a passo para tal processo.
Não sei por onde comecei. Não sei se vai funcionar, pois o que estava planejado, não foi bem executado.
No dia do encontro, do término. Separei fotos que não foram entregues, ensaiei palavras que não foram ditas, segurei lágrimas que poderiam rolar.
Fiz amor, contei segredos, não matei a esperança que planejei assassinar.
No dia seguinte morri. Fiquei desidratada, mas não deixei de sonhar, de mandar e-mail ou mensagens. Não segui minhas regras.
No sábado estava renascendo, ai veio o choro que não se apresentava mais compulsivo. Consegui comer, levantar. Não sorri. Mandei mensagem no momento de dor, belisquei-me. Queria acreditar no pesadelo de minha vida sem você. Chorei, dormi, desejei não acordar para esse mundo. Mandei duas mensagens erradas e tarde da noite um e-mail de solidão.
Hoje, mandei uma mensagem consciente. Li textos que traziam você, escrevi, me apaixonei de novo pela mesma pessoa.
Parece uma dieta. Não consigo manter a linha.
Vi sua foto, sua fisionomia, sua orelha, sorriso, momentos e ri. Sorri tão gostoso lembrando do seu sorriso.
Li cartas feitas para você. Textos. Tentei rasgá-los. Tudo em vão. Ainda estão intactos no meu armário.
Hoje chorei menos, senti mais coisas boas. Não terminamos, não saiu conforme planejado por mim e nem por você.
Hoje desejo não chorar a noite, não rasgar nada, não apagar nada que me traz você. Criei uma pasta de e-mail sua. Li os inúmeros emails. Está tudo guardado.
Não consegui tirar o toque do meu celular, o brilho dos olhos, a faísca de dentro de mim.
Não consegui tirar a flor de dentro da carteira. Não consegui encontrar motivo para te esquecer.
E preciso realmente fazer isso?
Tenho medo de perder o cara que me faz rir... que me faz querer que o mundo ande lentamente...
Hoje? Tirei o esmalte claro, pintei as unhas de obsessão, rebu e Dara. Tenho as unhas pretas, e um coração verde esperança.
Hoje, fugi da linha. Não consigo fazer dieta e nem esquecer.

domingo, 16 de janeiro de 2011

FIM?

Um sentimento. O papel. A tentativa de transformar algo invisível em visível.

Escrevo sobre paixões, escrevo sobre tristezas.

Todos são necessários, desnecessário é a repetição dos ruins e o desaparecimento dos bons.

Olho o passado. Paixões escritas várias e várias vezes. Até que somem.

Percebo que não consigo me lembrar de como me sentia, percebo que não consigo transformar aquele sentimento gostoso em palavras com sentido.

Percebo que a tristeza toma conta de cada letra, formando palavras sem sentido, sem emoção. Não sei quando aconteceu, mas agora não tem volta.

Escrevia sobre a desilusão, mas conseguia me iludir. Agora, não me iludo mais. Agora não consigo imaginar você ao meu lado. O que eu sentia mesmo?

O fim é um novo começo, mas percebo que não parece o fim da estrada. Quando foi que me perdi? Que esqueci os princípios básicos da imaginação? Da ilusão?

Afinal, onde foi para aquele coração vermelho, cheio de amor e fantasias. Onde foi parar a história de príncipe encantado ou até lobo mau? Onde foi para minha esperança?


Este é o fim?

O amor mais bonito

No instante que me iludo, é quando você me esquece. Quando volto à tona, você mergulha nos meus olhos. Se eu te roubo rosas vermelhas, você faz "bem-me-quer". Quando hesito, é quando você já está na estrada.

Se me perco no teu beijo, você fica tentando encontrar um caminho. Quando me encho de receio, você me diz estar pronta. Eu te ponho em xeque-mate, você me diz que cansou de jogar. Quando não quero me machucar, você me telefona no meio da noite.

Eu vejo o sol nascer no mar, você se preocupa em não molhar os pés. Quando eu não durmo, é quando você sonha loucuras sobre nós dois. Quando sinto teu gosto na minha boca, você pede economia nos clichês. Se não quero parecer patético, você se diz um poema apaixonado.

Eu quero parar o tempo, você procura seu relógio embaixo da cama. Quando me escondo, é quando você me quer em cima de você. Se apresso meu passo na sua direção, você engata a marcha ré. Quando reuno meus pedaços, você dá o coração para bater.

Eu deito no seu colo, você se preocupa em fechar a janela. Quando me poupo, é o instante que você se dá de graça. Se ando em alta velocidade, você conta os níqueis pro pedágio. Eu perco as chaves, você insinua mudar pro meu apartamento.

Um amor físico, fatídico, real, raro e patente. Um amor que nasceu, mas nunca viveu. Um amor que aconteceu, mas não foi ocupado. Daquelas comédias românticas que ninguém tem tempo de rir, pois já começa pelo final. Os amores mais bonitos são aqueles que nunca foram usados.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Humanidade

Simplicidade. Honestidade. Humanidade.

Por que as pessoas complicam tanto a vida? Tentam ser desonestas, passar por cima de outros, burlar sistemas, mentir, roubar... De que adianta conquistas pelas quais outros saem perdendo? De que adianta falso moralismo sendo que todos sabem sobre seus podres? Por que tanta falsidade?

Será que essas pessoas se importam ao ver as tristezas nos noticiários? Será que cogitam a hipótese do efeito negativo que seus atos podem ter em uma vida? Será que existe um fundo de humanidade que os permite pensar em ajudar aqueles que precisam, sem esperar nada em troca?

Afinal, será que isso é humanidade? Quando foi que ligaram atos solidários à humanidade? Porque o mesmo humano que pode ser um poço de caridades, pode também ser uma fonte de destruição. Será que essa tal humanidade realmente é o que dizem ser?

“O homem como fruto do meio”. O homem como fruto da humanidade. O homem como fruto da realidade. A dura realidade.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Convite

Eu te direi minha verdade e ouvirei a tua.
Aceitarei tua realidade!
Farei de tua palavra, minha palavra.
Do teu canto o meu canto.
Da tua lágrima, minha lágrima.
Do teu sorriso, meu sorriso!

Vem, vamos, partamos.
Esqueçamos essa gente amarga
E sua vã filosofia.
Os homens ruins,
Aqueles que profissionalizam tudo,
Inclusive o amor!
Vamos ganhar o tempo em busca
De novos horizontes...

Vamos conversar com os pássaros,
Cultivar as flores, admirar as estrelas...
Amar ao verde dos campos, ao azul do céu...
E curtir essa tarde fogosa que dança no espaço.
Vamos crescer na pureza dessa noite criança,
Que não tarda a chegar;
E renascer com o sol da manhã
Que por certo virá!

Vamos construir um tempo novo,
Uma existência nossa!
E amanhã, quando o peso dos anos
Marcar os nossos cabelos,
Enrouquecer nossa voz...
Eu te direi (com a mesma emoção de hoje),
Te amo!

Ponto Final

"Eu não sei evitar amores. Mas também não aprendi a cultivá-los."

Pela 1ª vez após ter entrado de férias ela ouviu os passos dele. Imaginou-o se trocando. Escutou fechando a porta.
Sentiu um alívio. Ela podia sair de sai cama e ir ao encontro da caneta e papel.
O que a faz escrever nesta manhã nublada? Às 6:45, sendo que ela fora dormir às 3h?
Ela pensou que dormiu, desejou dormir, mas rolou pela madrugada. Entrava e saia do quarto, bebia água, queria acreditar que não era real. Que era um sonho.

A coisa é simples: o ponto final.

O ponto final de alguma história que ela desejava passar para o papel.

“A chance da felicidade consiste em compartilhar” – alguém dizia. Compartilhe o amor, relacionamento, segredos, amigos, momentos.

A diferença básica neste ponto final consiste no fato de que não havia uma história real. Consiste no não compartilhamento. Ela queria compartilhar, ele não deixava.

Ai entra um fator “x”

Ela desejava amigos em comum. O que a outra tem.
Ela desejava aproximidade. A outra pode tê-lo.
Ela desejava ser desejada. Com o início, a outra pode tê-lo mais facilmente.

Ela e ele, ele e ela: Algo que ela acreditou e ele negou.
Ele e a outra, a outra e ele: Um fato que a faz ter insônia.

A pergunta:

Quanto tempo o tempo irá levar para levá-lo dela?
Seu coração bate solitário.
E quem pode dizer que haverá reencontro? Que a outra não vencerá? Que ele não se apaixonará...

Não se pode lutar contra a distância.
A distância de corpos, mentes, vontades, compartilhamentos.
A insônia é solitária e faz companhia a ela...

Por quanto tempo?

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Ele

- Ele ia sozinho, sempre sozinho. Era disso que precisava. Passávamos pouco tempo juntos, algumas horas roubadas. Mas nunca nos fins de semanas. Nunca aquelas longas horas juntos, caminhando, conversando, passando a noite na mesma cama. Nunca, Nunca.

Com suavidade, Dalgliesh perguntou:

- Nunca perguntou a ele por que não?

- Não. Eu tinha muito medo de que ele dissesse a verdade: que sua solidão era mais necessária a ele do que eu.


A sala dos Homicídios, P. D. James

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Bipolaridade

Existe uma forma meio irracional de entender o outro.
Alguns estão inseridos na subjetividade, outros na objetividade.
Alguns são racionalmente seres que vivem, ou sobrevivem. Outros são emotivos, pessoas de emoção, comoção, sentimentos... Esses vivem, amam, sofrem, vivem...

Algumas pessoas, talvez pela sociedade, familia, estão no meio termo. São pessoas racionalmente emotivas. Objetivamente subjetivas.

São duplas, são duas, são bipolar em um único.

Uma vez um amigo meu comentou que para namorar comigo teriam que ser duas pessoas...
Duas para aguentar as duas que existem em mim.

Será possível que encontre alguem apaixonado pela casa, filmes no sofá, louça, cama, brincadeiras, guerra de travesseiros e ao mesmo tempo A-M-E bar, caipirinha, samba, balada, andar sem rumo, beber até perder o rumo....

Hoje meu amigo colorido falou algo sobre medo.

Medo do meu não mal humor?
Medo da minha birra que se desfaz num sorriso?
Medo da minha bipolaridade...

Só sou instantaneamente meio bipolar.

Nem sempre concordo comigo neste instante.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Sábado a noite

Desistiu de sair.
Por mais que o visor do seu celular apontasse as chamadas, por mais que recebesse mensagens, não estava completamente diante deste objeto.
Sua mente vagava na ilusão, imaginação e sonho.
A realidade do encontro que de novo não aconteceu.
No momento em que o mundo a chamava, estava vagando. Viajando olhando a sacola. Percorreu seu interior, vivenciou os preparativos de fazê-lo, de escolhê-los, comprá-los, escondê-los.
Como seria de uma pessoa sem calendário? Ele saberia o dia real do encontro?
Seus horarios, dias já estariam marcados.
Por isso ele esquecera de dela...
Um talvez, quem sabe...

Num instante de fúria, amor, carinho, cuidado e raiva... Ela pegou os presentes que tanto lembravam você. Colocou-os no maleiro, longe dos seus olhos, de suas mãos. Longe o bastante para que ela não o tocasse frequentemente, para que ela não o imaginasse, para que ela não o sentisse tão presente.

Ela suspirava pedindo ao Pai que pudesse guardar o coração naquela sacola também. Deixaria guardado para que ele saisse exatamente no dia que encontraria o outro coração.
Para que dentro do maleiro perdesse a noção do tempo, não criasse expectativa com o tempo... Não se ferisse...

Dentro do maleiro, eles estariam sempre juntos.

O celular ainda toca e não é você na chamada.
Uma mensagem e não é a sua.

125 mensagens na caixa de entrada
139 itens enviados.
Todas excluidas e você ainda no favoritos.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Blá blá blá (5)






Nada contra mão boba, pior é mão burra, que escreve sem pensar.


Carpinejar

Regra n⁰25


Pergunto se os modelos surgem da repetição ou se alguém determina que assim seja. Alguns dizem que para ser feliz é necessário casar e ter filhos. Alguns alegam que estar bem vestido exige um salto alto, cabelos lisos e maquiagem.

Como alguém pode definir o que deixa o outro feliz ou  o tipo de roupa que o torna bem arrumado? A melhor pessoa para dizer isso seria a própria, não? Afinal, não existe uma receita de bolo para a felicidade. O que é bom para uns pode não ser para outros.

Aliás, as vezes não sabemos o que nos deixa feliz, como podemos ter certeza daquilo que deixará o outro feliz? Será que o outro sabe essa informação sobre ele mesmo?

Regra n⁰25: Ninguém é igual.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

*-* (5)

"Eu gostaria de lhe agradecer pelas inúmeras vezes que você me enxergou melhor do que eu sou. Pela sua capacidade de me olhar devagar, já que nessa vida muita gente já me olhou depressa demais."


Pe Fábio de Melo

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Tempo

O que leva uma pessoa a pedir ou dar um tempo?
Compreendo quando o chefe pede um tempo. Para pensar, refletir, não mandar embora, ou pirar.
Compreendo quando pedimos um tempo a nós mesmos. Quem não precisa de um tempo para si?
É compreensivo os casados pedirem um tempo, fugirem da rotina. Será compreensivo entre os namorados?
Casados convivem, precisam de tempo para si além do serviço... Os casados precisam de um tempo, assim como precisamos de tempo para nós mesmos.
É compreensível: A partida de futebol, a cerveja com os amigos, o refugio no salão.
E quanto aos namorados?
Pedir um tempo é doloroso. Qual o tempo que necessita além da ausência diária?
Precisa pedir um tempo nas notícias, nos telefonemas, e-mails, mensagens?

Não entendo o tempo entre namorados...
Seria um: Quero um relacionamento aberto?
Seria um: Não te quero mais?
Seria uma economia na conta de telefone, caixa de e-mails?

Não entendo e talvez tenha coisas que não deveriam ser entendidas, mas aceitas.
Compreender que não se é mais amado, querido, desejado... Não é fácil. Por isso dói.
Compreender não é entender, pode-se ser um aceitar magoado.

Preciso de um tempo para mim... Mas não de você...

sábado, 1 de janeiro de 2011

Independência Relativa

Sou independente quando quero tomar um drink em “x” lugar e vou.
Sou independente, pois tenho minhas próprias escolhas, traço meu caminho, vou onde quiser sem opiniões alheias, aprovações, companhia.
Sou independente quando saio do serviço e decido se vou a faculdade, bar, cinema, casa ou praça da liberdade.
Sou independente. Não preciso que paguem meu drink, me levem em casa, façam sala.
Minha independência esta na balada, decisões, financeiro...
Minha independência pode ser egoísta. A trato como minha. Meu ponto de vista...

Mas não vou tratar disso agora. Às 01:01, do dia 02 de janeiro de 11, decido falar da minha dependência.

Dependo de alguém...

Para pegar minhas mãos, brincar com meus dedos, observar a cor do esmalte.
Que me critique, me faça parar, me controle, me dê equilíbrio.
Para atender o interfone, abrir a porta, pegar minha bolsa e conduzir para o interior do ambiente.
Que me tire da rotina, me surpreenda, mesmo não fazendo nada, ou desmarcando encontros.
Que atice minha criatividade, me aborreça, ensine a conviver num mundo de diversidade, opiniões contrárias.

Dependo de alguém que baixe filmes para mim, coloque legenda, grave CDs, faça um cafuné, uma massagem...
Dependo de alguém para pegar o saco de dormir no maleiro, afaste o sofá, monte acampamento na sala.
Dependo de alguém que me tire da mesmice.
Dependo de alguém para fechar a torneira... De alguém que me dê boa noite...


Dependência x independência
Tudo é relativo.