Ela caminhava por uma rua repleta
de gente. Pessoas desconhecidas indo e vindo, algumas falando ao celular,
outras ouvindo música. Ninguém olhava para o lado, nenhuma pessoa notava
qualquer outra. Cada um estava em seu próprio mundo.
Ela já fez parte dessa multidão
individual. Entretanto, naquele dia ela não tinha pressa, não estava pensando
em seus problemas ou programando o seu dia. Ela caminhava sem rumo, apenas
observando o trajeto que sempre percorria desatenta.
Percebeu que havia uma casa
linda, como de bonecas, escondida naquele mundo de cimentos. Reparou na árvore
florida, totalmente colorida em lilás. Observou cada indivíduo, cada carro e
até mesmo cada construção.
Seus pensamentos começaram então
a vagar. Sabia que tinha vários motivos para ser feliz, mas também compreendia
que seu coração ansiava por algo. Ela mentiria se dissesse que não sabia a
razão, pois ela entendia muito bem cada tristeza que a rodeava.
Quando menos esperava um sorriso iluminou
o seu rosto e todos os sentimentos ruins foram esquecidos. Essa alegria
inesperada não era loucura e sim o resultado de um encontro de olhares. Aquele
rapaz tão bem conhecido por ela vinha em seu encontro, com uma ternura que
acolhia qualquer coração atordoado. Seria o destino fazendo seu papel?
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