Há coisas que preferimos fechar
os olhos ou fingir não ver. Entretanto, a facilidade com que as informações
estão disponíveis e chegam a nós impede até mesmo a ignorância.
Há muitos que dizem que é
importante saber de tudo. Mas quando penso nesse “tudo” chego a conclusão que
esse “tudo” é relativo. Saber o passo a passo de uma pessoa, por exemplo, não é
algo que vá acrescentar muito a minha vida. Não serei uma pessoa melhor por
isso.
Entretanto, as pessoas insistem
em mostrar realidades e ficção para qualquer um, sem distinção. Podem nem
gostar daquele que lê, mas fazem questão de divulgar para que ele veja. E ainda
existem aqueles que divulgam e depois surgem reclamando dos comentários
indesejados que recebem.
Os solitários permanecem
observando a distancia, sem comentar. Os fofoqueiros fuxicam tudo para ter
assunto no dia seguinte. Os que não se interessam apenas fazem o que querem e
depois abandonam aquelas informações desnecessárias.
E desse jeito a vida segue, dia
após dia, com pessoas sabendo mais das intimidades de desconhecidos do que dos
próprios amigos. Pessoas “repletas de amizades”, que na verdade não possuem um
conhecido para o qual contam suas tristezas e medos. Pessoas que se “esquecem”
de outras, mas que deixam registrado para que estas saibam que foram
esquecidas.
Estaríamos vivendo em um mundo onde
as pessoas querem tanta “popularidade” e “atenção” que resolveram mostrar seu
lado falso e fútil sem pudor ou seria apenas ignorância mesmo?