quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O inesperado


O interfone tocou fazendo com que ela acordasse de seu sono.
Sentindo se ainda embriagada saiu da cama e procurou nos cômodos alguém que não estava ali.
E de novo o som do interfone.
Trajando seu pijama saiu pela porta da sala, observou pela janela e viu: Era um entregador que trazia uma encomenda volumosa em suas mãos.
Esfregando os olhos a fim de espantar a sonolência, finalmente atendeu o interfone.
Sim. A entrega era pra ela.
Passou pela sala, desceu os degraus sem se preocupar que alguém a visse. Recebeu a encomenda, incrédula.
Não podia ser para ela.

E ele estava de volta. Um buquê tipicamente com a cara dele.
Um bilhete com poucas letras.

O endereço e o horário.

E ela sabia o que fazer.
Voltaria para cama.
Sem querer entender o porquê, sem querer entender o real significado daquilo tudo.
Ela estava ali.
Incrédula.

Ele havia partido, foi sem possibilidade de volta.
Ela seguia sua vida, arrumara um novo amor, uma nova vida.

E agora ele estava de volta.
E ela não sabia o que fazer.
Tinha em suas mãos o bilhete, o convite.
O encontro estava marcado.
No bilhete tinha o endereço e o horário.
E o seu celular tocava Black.
Era ele.

"Oh, and twisted thoughts that spin round my head
...
I'm spinning, oh, I'm spinning"

4 comentários:

  1. Brava! Eu acho que deve ser amor.

    http://www.youtube.com/watch?v=XftXrk32TUE

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  2. éh... pode ser que seja mesmo o amor.
    e então o que fazer? ir ao encontro?

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  3. Reunião é inevitável. É assim que todas as fadas final contos.

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