sábado, 17 de dezembro de 2011

Descontrole bom

De repente percebeu que andava no ápice do descontrole.
Era um descontrole psicológico, emocional, amoroso, financeiro.
Nada estava sob controle.
Não precisava de dias de distancia para sentir saudades, não precisava de um motivo para querer presentear, e, ela os estocava esperando o momento exato para presenteá-lo. Bobeiras de paixonite.
E o pensamento a levava sempre ao encontro dele. Ela que já planejou brigas, términos. Ensaiou acabar com o descontrole que ele causava nela. Tudo em vão. Do lado dele ela não tinha controle. Desejava sempre se acabar naquele corpo, naquele momento. Era tudo, e, todo eternizado.
Ela sofria de problemas com a intensidade. Nada estava sob controle.
Não conseguia mais disfarçar, esconder. Era tudo claro, lipídeo, transparente, incolor. E era tudo isso. Era vontade, desejo, necessidade. Carinho, atenção, cuidado, companheirismo.
E isso era tão contrário a tudo que ela vivera. Isso tudo a assustava, a deixava maravilhada, deslumbrada e, consequentemente, descontrolada.
Ela amava ficar ao lado dele, nas baladas, nos bares, no carro, na cama. Ela desejava diariamente estar com ele. Até fazer nada ao lado dele era deliciosamente bom.
Tudo novo. Tudo contraditório a todos históricos. Tudo eternizado na intensidade do descontrole.

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