domingo, 18 de dezembro de 2011

Rascunhos e Chuva

Tentei, esbocei. Fiz rascunhos manuscritos. Escrevi a mão, escrevi na mão. Tentei lembrar.
Esforcei para esquecer o que lembrava.
Desisti do papel.

Abri páginas na internet. Li letras de músicas, textos, charges...

Tentei mais uma vez. Abri um documento, escrevi. Apaguei. Reescrevi e fechei sem salvar.
Ainda lembrava o que queria esquecer.
São rascunhos preciosos. São desejos ignorados.
Eles querem ganhar vida. As palavras querem se unir para denunciar. Denunciar o meu querer.
Tenho que escolher.
Queria que a decisão não dependesse apenas de mim.
Mas sou eu. Serei eu.

Única.

Chove lá fora, e aqui dentro do meu ser.
Angustiadamente decido. Decido ir ao encontro.

E seja o que tiver de ser.


Boa noite!
Chove lá fora
E aqui tá tanto frio
Me dá vontade de saber...
Aonde está você?
Me telefona
Me Chama! Me Chama!
Me Chama!...
Nem sempre se vê
Lágrima no escuro
Lágrima no escuro
Lágrima!...


2 comentários:

  1. Denise, não deixe a chuva estragar o seu espírito. Não se preocupe com esse papel. Tudo parecerá mais claro após a chuva, depois do Natal. Ele pode ser apenas ocupado. Em janeiro, ele vai chamar.


    When The Sun Come After Rain

    by Robert Louis Stevenson

    "When the sun comes after rain
    And the bird is in the blue,
    The girls go down the lane
    Two by two.

    When the sun comes after shadow
    And the singing of the showers,
    The girls go up the meadow,
    Fair as flowers.

    When the eve comes dusky red
    And the moon succeeds the sun,
    The girls go home to bed
    One by one.

    And when life draws to its even
    And the day of man is past,
    They shall all go home to heaven,
    Home at last"

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  2. Decidir ir ao encontro ja é um grande passo! =]

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