quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

É hora...

Hora de recomeçar, reconstruir, desencanar.
Hora de chorar, soluçar, sentir.
Hora de calar, pensar, decidir.

Hora de parar. Não agir.
Recordar, relembrar e perceber.
A cena se repete a cena se inverte.
Os personagens mudam, mas os papeis são os mesmos. As mesmas falas, o mesmo encontro, o mesmo desenrolar, o mesmo fim. Tudo idêntico.
O coração sofre, as lágrimas rolam e o fim é sempre igual.
O que se aprende? Ainda não foi identificado.

Hora de recomeçar, reconstruir, desencanar.
Hora de chorar, soluçar, sentir.
Despedir...

E ela vai dormir sentindo o cheiro dele, desejando braços protetores, mãos envolventes.
E ela vai dormir com olhos úmidos, coração apertado, vontades ocultas.
Ela se deita pensativa e calada.
Não é que ele não se importe, mas ele não pode fazer nada...
A umidade dos olhos passa para sua pele.
Lágrimas rolam em sua face, teimam em se alastrar.
Caem na boca, colo, travesseiro.
O sono chega.
Entre lágrimas e soluços ela poderá sonhar.
Um sonho onde não é hora...

Não é a hora de recomeçar, reconstruir, desencanar.
Não é a hora de chorar, soluçar, sentir. Despedir...
É hora de viver, reviver, refazer. Ser fênix... ênix... nix... ix... x

Tão bom morrer de amor e continuar vivendo.
Mário Quintana

Um comentário:

  1. "É melhor ter amado e perdido do que nunca ter perdido em tudo."

    Samuel Butler

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