terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Retrospectiva


E agora é aquele momento em que você pára, pensa e reflete.
É o espírito natalino, é a esperança de um ano novo que se iniciará.
E eu reflito sobre o que fiz da minha vida.
Alguns dos meus planos foram interrompidos. Tive muitas surpresas, principalmente a certeza de que nada deverá ser planejado.
Algumas pessoas me surpreenderam, outras me magoaram. Chorei e sorri. Senti vontade de matar e morrer.
Fui pra cama sozinha embriagada de felicidade, de dor, de amor.
Chorei de rir, chorei de tanto sofrer.
Emagreci, engordei.
Fiquei sedentária e pratiquei esporte.
Fui mãe, fui irmã, fui amiga.
Funcionária, chefe, empregada.
Fui autoritária, maleável e impaciente.
Fui bêbada, inconsequente, irresponsável.
A maturidade chegou me obrigando a crescer.
Sonhei, fantasiei, acreditei.
Dei oportunidades. Burlei minhas regras.
Desejei um conto de fadas e conheci o príncipe: Um fofo-não-fofo.
Chorei com as despedidas: o adeus a Um certo Braga, ao Gasparzinho e ao Cara.
Algumas despedidas, alguns até logo.
Algumas companhias de sempre e para sempre: Nani, Bóris, entre outros.
Meu time não ganhou o mundial, mas firmou-se como meu orgulho de hoje e sempre.
Carrego na barriga borboletas.
Carrego na alma esperança.
A esperança de que o mundo será melhor. A vida será melhor!
Haverá mais amor, mais paz, mais leituras, mais contos de fadas.


E desejos de que possamos viver um felizes para sempre!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

É hora...

Hora de recomeçar, reconstruir, desencanar.
Hora de chorar, soluçar, sentir.
Hora de calar, pensar, decidir.

Hora de parar. Não agir.
Recordar, relembrar e perceber.
A cena se repete a cena se inverte.
Os personagens mudam, mas os papeis são os mesmos. As mesmas falas, o mesmo encontro, o mesmo desenrolar, o mesmo fim. Tudo idêntico.
O coração sofre, as lágrimas rolam e o fim é sempre igual.
O que se aprende? Ainda não foi identificado.

Hora de recomeçar, reconstruir, desencanar.
Hora de chorar, soluçar, sentir.
Despedir...

E ela vai dormir sentindo o cheiro dele, desejando braços protetores, mãos envolventes.
E ela vai dormir com olhos úmidos, coração apertado, vontades ocultas.
Ela se deita pensativa e calada.
Não é que ele não se importe, mas ele não pode fazer nada...
A umidade dos olhos passa para sua pele.
Lágrimas rolam em sua face, teimam em se alastrar.
Caem na boca, colo, travesseiro.
O sono chega.
Entre lágrimas e soluços ela poderá sonhar.
Um sonho onde não é hora...

Não é a hora de recomeçar, reconstruir, desencanar.
Não é a hora de chorar, soluçar, sentir. Despedir...
É hora de viver, reviver, refazer. Ser fênix... ênix... nix... ix... x

Tão bom morrer de amor e continuar vivendo.
Mário Quintana

domingo, 18 de dezembro de 2011

Rascunhos e Chuva

Tentei, esbocei. Fiz rascunhos manuscritos. Escrevi a mão, escrevi na mão. Tentei lembrar.
Esforcei para esquecer o que lembrava.
Desisti do papel.

Abri páginas na internet. Li letras de músicas, textos, charges...

Tentei mais uma vez. Abri um documento, escrevi. Apaguei. Reescrevi e fechei sem salvar.
Ainda lembrava o que queria esquecer.
São rascunhos preciosos. São desejos ignorados.
Eles querem ganhar vida. As palavras querem se unir para denunciar. Denunciar o meu querer.
Tenho que escolher.
Queria que a decisão não dependesse apenas de mim.
Mas sou eu. Serei eu.

Única.

Chove lá fora, e aqui dentro do meu ser.
Angustiadamente decido. Decido ir ao encontro.

E seja o que tiver de ser.


Boa noite!
Chove lá fora
E aqui tá tanto frio
Me dá vontade de saber...
Aonde está você?
Me telefona
Me Chama! Me Chama!
Me Chama!...
Nem sempre se vê
Lágrima no escuro
Lágrima no escuro
Lágrima!...


Déjà vu


Naquela noite nenhuma palavra foi dita. O silêncio no olhar representava tudo. Era como se nenhum dia tivesse passado, como se ainda fosse o ano em que nos conhecemos.

Arriscaria falar que estava me apaixonando novamente. Pela segunda vez me enamorava com a mesma pessoa. Diria também que, na verdade, somos completamente estranhos nos conhecendo pela primeira vez. A primeira vez daquele ano.


Tudo aconteceu ao contrário. O primeiro momento que nossos lábios se tocaram não parecia ser o primeiro beijo. O sentimento que pairava no ar era de cumplicidade, de velhos conhecidos. Já o nosso segundo encontro, esse sim, parecia ser a primeira vez que nos víamos.


Uma situação aparentemente confusa, mas completamente lógica em nossas mentes. Desde o início, aquele dia avulso quando nossos olhares se encontraram, sabíamos que a nossa linha da vida estava entrelaçada há muito tempo. E por mais que tentemos fugir, ou nos perder em meio a labirintos, elas sempre voltam a se juntar... deliciosamente!

sábado, 17 de dezembro de 2011

Descontrole bom

De repente percebeu que andava no ápice do descontrole.
Era um descontrole psicológico, emocional, amoroso, financeiro.
Nada estava sob controle.
Não precisava de dias de distancia para sentir saudades, não precisava de um motivo para querer presentear, e, ela os estocava esperando o momento exato para presenteá-lo. Bobeiras de paixonite.
E o pensamento a levava sempre ao encontro dele. Ela que já planejou brigas, términos. Ensaiou acabar com o descontrole que ele causava nela. Tudo em vão. Do lado dele ela não tinha controle. Desejava sempre se acabar naquele corpo, naquele momento. Era tudo, e, todo eternizado.
Ela sofria de problemas com a intensidade. Nada estava sob controle.
Não conseguia mais disfarçar, esconder. Era tudo claro, lipídeo, transparente, incolor. E era tudo isso. Era vontade, desejo, necessidade. Carinho, atenção, cuidado, companheirismo.
E isso era tão contrário a tudo que ela vivera. Isso tudo a assustava, a deixava maravilhada, deslumbrada e, consequentemente, descontrolada.
Ela amava ficar ao lado dele, nas baladas, nos bares, no carro, na cama. Ela desejava diariamente estar com ele. Até fazer nada ao lado dele era deliciosamente bom.
Tudo novo. Tudo contraditório a todos históricos. Tudo eternizado na intensidade do descontrole.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

E o pensamento lá em você

"E o pensamento lá em você eu sem você não vivo um dia triste toda fragilidade incide e o pensamento lá em você e tudo me divide"


Escrever algo que não sinto vem sendo minha rotina,
Descrever momentos inexistentes fazem parte do meu cotidiano,
Acreditar que isso é um dom, faz parte da crença de que não estou enlouquecendo.

Ecoar o seu nome diariamente aos ouvidos presentes esta sendo minha alegria
De contemplar através da distância sua imagem.
De respirar seu cheiro em sonhos
Andar de mãos dadas na ausência do toque
Acariciar a pele no abstrato
Sentir você ao meu lado no vazio da cama.

Passear pelo parque, bosque, cinema com o pensamento em você, pois você não está junto a mim.
Esses pequenos momentos inexistentes tem sido minha motivação.

Um dia posso encontrar você no tempo certo.
No tempo em que eu acordar do sonho e assim poderei ser realmente feliz.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Temporariamente fechado para balanço


 
Um coração fechado. Uma mente que evita pensar o melhor para que os sentimentos não fiquem confusos.

Evito pensar. Então percebo que não posso calar meu desejo. O meu querer tem um poder enorme, consegue persuadir qualquer outro pensamento.

Seria isso esperança? Quando julgo ter desistido dela, quando compreendo que não consigo mais me animar com minha imaginação... Seria esse “querer” a tal da esperança, em seu modelo mais simples e sincero?

Será que no fundo ainda acredito poder voltar a sentir algo tão básico e complexo como o amor?

E elas crescem...

E elas crescem.
Crescem ficam independentes, ou se acham independentes. E isso corrói, dói, aperta o peito.
A futilidade da sociedade atinge aqueles corações, aquelas peles, aquelas crianças. Elas estão infectadas.
A futilidade se espalha como vírus. E elas estão doentes.
Os sintomas estão explícitos: nos vestes, nas maquiagens, nos saltos. A beleza é padronizada. Faz-se sempre a mesma pose para a foto. Há uma vulgaridade oculta. Um rosto inocente, com comportamentos selvagens atacam os homens.
E essas são as mulheres da nova geração. Os copos ficam sempre cheios. Os olhos não fixam mais. O álcool se manifesta. Há mais erotismo na dança. A sensualidade e sexualidade aflorada. São beijos, danças, mãos, cheiros.
O local público não as intimidam. Não há censura nos atos, nos gestos, nos beijos.
E ali observava: Incrédula!
Elas cresceram, alguém diz a todo instante, você não é mãe, você não é responsável.
Vai dizer pro coração!
Que seus bebês cresceram e estão sendo expostos na pista de dança, estão sofrendo de futilidade, estão se erotizando, seduzindo, desvalorizando em cada copo de alcool que ingerem. Se expondo ao ridículo de marcas pelo corpo, vômitos. Tontura.
Vai dizer para o coração que isso é normal, e que elas serão mais duas na nova sociedade.
Ahhh é um desabafo que machuca o peito ha alguns dias...
E falar dos outros é tão fácil. Você não ser mãe, você não ser responsável é muito lindo quando você não ama.
E não há o que fazer, o que falar.
A vida vai ensinar...
Mas tente lembrar que o mundo mudou. Talvez o vírus da futilidade é a vida feliz dessa nova geração.
Vai entender? Talvez preciso atualizar...
Talvez...

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Participação especial

"Não estou solteira, estou seguindo carreira solo, com participações especiais...”


Essa frase deu um incentivo extra a minha escrita hoje.
Simplesmente por que chegou uma hora que senti falta da participação especial.
Sabe aquele dia que você não quer nada além de ver a pessoa? Não precisa de nada mais. Só do cheiro, do calor, da presença do indivíduo.
Algo pode não ter saído muito bem, ontem à noite. O álcool, a mensagem de significado oculto... E tanta coisa está sendo oculto entre agente.
Não temos contrato. Apenas participamos em momentos, alguns tão especiais.
E hoje é um dia que desejaria ensaiar, cantar, em sua companhia.
É dia de querer apenas que seja, que esteja ao meu lado.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Peguete x Namoro

Ultimamente tenho escrito, ou pensado muito em rotular, nomenclatura para o relacionamento.
Pode ser que a sociedade esteja forçando, pode ser que queiram realmente saber o nome, pode ser tanta coisa.
Não aceitam nomes vagos, ou não nomes. Você sai com alguém que te faz bem, e logo querem saber o que esse alguém é seu.

Não tem como saber no mundo de hoje o nome certo. Nossa geração faz brincadeira com o sério, temos a ficada, o ficante, o peguete. Falar em namoro é medonho, é tenebroso. Assumir o compromisso do namoro parece ser tão sério quanto um noivado, um casamento.
Deixa de curtir o momento para pensar no futuro. Será que daremos certo?
Terminar com um namorado não é o mesmo que terminar com um peguete.

Os compromissos são outros, as responsabilidades completamente diferente...

Mas os prazeres são os mesmos. Agente encontra, combina de encontrar, dá vontade de encontrar. Compartilha drinks, amigos, vontades (nem sempre divulgadas). Às vezes no meio da noite sou capaz de sentir o cheiro dele, de querer ter os braços dele envolvendo meu corpo, que a cada movimento meu seja acariciado. Às vezes dá vontade de mandar uma mensagem sem assunto. É um bom dia, um oi, um sorriso. E dá vontade de fazer planos, fazer convites, de comprar presentes de se imaginar juntos para um todo o sempre. E o todo sempre é o agora.

E pode ser que todo esse romantismo chegue ao fim. Tudo acabe. Não seremos felizes para sempre. E a nomenclatura pode simplificar as coisas.

Se você tem um peguete e o relacionamento de vocês é claro que é somente aquilo, nada de mais. O parar de ficar é tranquilo.
Burrice de quem se envolveu demais.
Mas se vocês já se nomearam, se vocês são namorados, o mundo é diferente.
O choro não é tão idiota, o término corrói e dói mais e mais.
As lágrimas podem rolar, sem vergonha. O sentimento pode ser exposto sem medo. A burrice era não se envolver.

E agora a pergunta, qual a diferença entre o peguete e o namorado?
Será que o coração consegue diferenciar essa nomenclatura?

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O choro

De repente bateu aquela vontade incontrolável de chorar.
Vontade de ver um filme triste, um drama.
Vontade de chorar compulsivamente.
Um choro para aliviar tensões.
Um choro para lavar o interior.
Um choro para inchar os olhos, desconfigurar a face.
Chorar até ficar irreconhecível!
Desidratar de tanto chorar...

Podia sair a procura de um culpado pelo motivo do choro.
Um culpado que não existe.
Vontade de achar um motivo, algo do tipo...
O que aflige tanto meu coração? O que sufoca, aperta, machuca...
Algo que não foi identificado... Que não pode ser identificado, ou que não pode ser falado, apresentado.
Soluçar de tanto chorar. Me afogar nas lágrimas. Sentí-las rolando na minha face.
Mergulhar o rosto no travesseiro desejando que fosse o ombro amigo.
E chorar de saudade....
Dormir entre lágrimas e soluços.
Delirar de uma febre que não se tem.
Chorar por prazer, sentir para machucar. Sofrer e então chorar.

Chorar, desidratar, soluçar.