terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Sentir


E para ser sincera assumiu. Sentira falta dele. Sentira falta do que era com ele, do que eram, do que foi.
Sentira falta de trocar palavras, frases, emotions. Sentira falta de saber como tinha sido seu dia, da expectativa de seu dia, de planejar encontros.
Sentira falta de acompanhá-lo no transito, ou apenas avisá-lo daquela passeata que atrasaria o percurso dele até a casa.
Sentia falta de ver mensagens em seu celular e a esperança de vê-las sempre a incomodava, seja no dia a dia, na mesa do escritório, em sua casa, ou até mesmo a procura do celular dentro da mochila durante o treino.
E para ser sincera desejava gritar para que todos pudessem ouvir. Desejava gritar até ficar rouca ou mesmo muda.
Desejava tanto que desejou contar-lhe este segredo.

E ela sentia falta. Enviava mensagens em vão...
Era uma espécie de desabafo. Precisava compartilhar... Precisava contar, precisava assumir o quanto e o tanto que sentira falta. Mesmo que em segredo.
Acordara todos os dias e ia dormir todas as noites com o mesmo desejo.
Queria acordar deste sonho que se tornara seu cotidiano. Eram dias de sonhos ruins. Dias repletos de saudades...
Um oceano de saudades, no qual um dia se afogaria caso não acordasse....

domingo, 26 de fevereiro de 2012

E os detalhes



O horário está irregular. Às vezes a tentativa de fugir da rotina ou da prisão que se tornou o dia é impossível.
Quantas vezes somos capazes de passar o dia sem se preocupar com os instantes, a produtividade? Somos prisioneiro do relógio, do e-mail, da internet do celular.
Numa tentativa ignorada por si mesma, tracei a meta de manter desconectada. Me perdi no mundo durante algumas horas.
Papos de bar me atordoaram nesses minutos, horas... Não sei definir.
Estava brigada com o relógio.
Papos de bar me fizeram pensar, sentir falta. Desejo profundamente ocupar a mente. Fui ler. E lembranças...
Papos de bar, lembranças.
É fato, todos relacionamentos, convivências e etc traz profundas lembranças, detalhes do que fora vivido, presenciado e bla bla bla...
Ontem numa mesa de bar fui longe, voltei num tempo muito atrás... Um detalhe, um relacionamento, um convívio. O detalhe morava no ato mais insignificante. Era uma briga trocar o papel higiênico do banheiro. Ele metódico queria sempre a pontinha do papel para frente, e eu desleixada apenas colocava o papel sem perceber. Coisa de louco, não? Pois eh... A merda está nos detalhes.
Quando ele foi para os EUA, a lembrança provocou uma enxurrada de lágrimas ao limpar os óculos. Ele ensinara como limpar, primeiro um “bafinho” depois passar o tecido, de preferência de algodão. E eu fui limpar meus óculos e chorei. Chorei de saudades, chorei por causa do detalhe. E a merda onde está?
Tive um outro relacionamento, no qual o ser humano era cheio de detalhes, tics e TOC...
E num mais recente... Ahhhh fdp! Esse deixou muitas lembranças, muitos detalhes, muitos lugares...
Para este... Acredito que muitos textos serão escritos...
E há quem duvide que a merda está nos detalhes?

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Gentileza gera gentileza


Nossas ações são baseadas na nossa cultura, desenvolvida ao longo de vários anos. Não esperamos que os outros tenham as mesmas reações que nós, mas quando fazem o contrário, gera uma tristeza enorme.

Não podemos exigir a mudança daqueles com quem convivemos. Ser amável, ser educado, demonstrar que realmente se importa com sua presença. Cada um representa esses sentimentos de uma maneira e, infelizmente, muitas relações se perdem por não existir uma comunicação eficiente entre as partes.

Não me entenda errado. Não acho que tudo deve ser dito, pelo contrário. Algumas coisas precisam ser percebidas, sentidas. Somente assim é possível entrar em sintonia e mostrar que nos importamos com o outro.


Quer um desafio?
Já reparou que aquele seu amigo sempre é pontual e que tem outro que liga todo final de semana para saber se está tudo bem? Também tem aquele que sempre espera você para caminharem juntos e outro que só cumprimenta com o famoso abraço de urso?
Lembrou-se deles, correto? Mas você percebeu que ontem não recebeu nenhum abraço apertado ou que foi embora sozinho, sem companhia? E que teve um mês que não recebeu aquela ligação animada de todo sábado?


Se você percebeu, está com pontos positivos. Agora o teste final: você procurou saber com seus amigos o que tinha acontecido ou por que estavam agindo diferente?

Existe uma frase muito clichê: você só percebe a importância de algo depois que perde. Entretanto, quando alcançamos esse ponto pode ser tarde demais. Comece a perceber aqueles que estão a sua volta, se importe com eles assim como se preocupam com você. Não é necessário mudar para agradá-los, afinal, eles estão com você exatamente pelo que você é. O segredo de qualquer tipo de relacionamento é saber observar o outro - evitando atitudes que podem gerar mágoa - e mostrar que realmente se importa.

 
 
Uma última pergunta: já reparou que tem um “conhecido” que sempre está preocupado com você, enquanto aquele seu “amigão” sequer percebeu que tem algo errado? Pense bem se já retribuiu esse gesto alguma vez. Ele não faz esperando nada em troca, mas com toda certeza ficará bem feliz em ver que você TAMBÉM se importa com ele!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Aos homens


Uma mulher quando termina o relacionamento, ou qualquer que seja a coisa que ocupava o coração dela há pouco tempo não quer desesperadamente ocupa-lo com outro.
Seja paciente. Entenda.
A mulher quer recuperar, sofrer, sentir. Quer se sentir melancólica, perder a fome e alimentar-se de sonhos, lembranças.
Ela não está no mundo dos solteiros ainda. Ela está se recuperando. Está num momento de reconstrução. Algumas peças ainda serão as mesmas, outras deverão ser trocadas. Algumas não será reposta, pois era a única no mundo. Outras serão substituídas sem que haja percepção de qualquer mudança.
Apenas, homens, desejamos que aprendam esperar.
Se você já tinha flertado com ela, se um dia ela respondeu intencionalmente ou não ao seu desejo. Espera um pouco.
A mente e o coração de uma mulher não são assim. Por mais atualizações que se façam, por mais que haja leituras, filmes e amigos sempre levantando o astral dela, ela deseja sentir.
Sentir tudo para que não sinta mais. Não sinta mais saudade, não se lembre mais dos detalhes. Ela precisa gastar tudo o que esta em sua memória. Deixe-a deprimir, deixe-a chorar, deixe-a se recuperar.
E você verá que pode ter valido a pena. Basta esperar. Uma hora esta mulher terá seu status de solteira a mostra, voltará para as baladas, cervejas e caipirinhas. Você vai ver que valeu a pena esperar pela reposição das peças. Pois ai, ela poderá ser totalmente e completamente sua.
Apenas escute esse conselho: Espere.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Detalhes

É difícil controlar. Manter o controle quando não se sabe sobre o que realmente.
Desejo: gritar, espernear, apalpar, implorar.
Desejo: nada. Simplesmente nada. Alem de... Desejar.
E são os detalhes que irritam. Que atrapalham que faz retroceder. Uma volta ao que aconteceu. Ao o que foi bacana, legal, importante, irrelevante.
Escolha o seu adjetivo apropriado.
E está nos detalhes. No trânsito, no sorriso, no gesto, na foto. Na embalagem de bombom. Na cor da embalagem do bombom. No esmalte. A merda está nos detalhes.
Está em acordar no meio da noite e jurar que alguém está te abraçando. É escutar o ronco de quem está ausente. É ir almoçar sozinha no Burguer King lembrando que um dia vocês iriam juntos.
E vocês iriam juntos a muitos lugares ainda, faltava gastar mais alguns cupons, ir a drinqueria, ir aquela balada fim de carreira, ir ao restaurante no qual a porção de bacon seria feita exatamente para ele. Faltava ainda usufruir daquele quarto de motel, daquela hidromassagem, compartilhar garrafas de ice, aquecer e esquentar o corpo um do outro.
E você já sente falta dos olhos deles te procurando na balada. Das mãos dele envolvendo sua cintura, dos lábios dele nos seus, de tantas coisas que ainda não viveram.
E a merda está nos detalhes da imaginação de um futuro que vocês não tiveram...
E você se surpreendeu com o novo, com o ex-colega de trabalho, ex-vegetariano, ex tanta coisa. Agora você surpreendera, pois ele desejava ser seu ex-amor, ex-ficante, ex-eguete, ex-amante.
E você se surpreendeu quando soube que ele gostava de Raul, quando ele disse saber o que o seu olhar falava, quando ele deixou de cutucar no facebook...
E você se surpreendeu no dia que ele disse que tentaria, e no outro tudo tinha chegado ao fim.
E você se surpreendeu desejando que nada disso acontecesse... E você sempre acaba caindo nos detalhes...
Nos livros, nos amigos, nos vestidos, no espelho, no esmalte, no cheiro.
O cheiro do perfume que fora comprado, mas não fora dado...
E são todos e tantos detalhes...

Detalhes tão pequenos
De nós dois
São coisas muito grandes
Prá esquecer
E a toda hora vão
Estar presentes
Você vai ver...
Roberto Carlos

sábado, 18 de fevereiro de 2012

De repente

O término da nossa relação
foi pra mim um choque térmico
não senti mais teu calor
nunca te vi tão frio

Martha Medeiros

De repente você não quer nada além de se apaixonar.
Você quer se apaixonar pelo cara que mais nada tem a ver com você. Você fica encantada e flerta até com o garçom que te atende. E você suspira pelo rapaz que todos os dias carrega sua bolsa no ônibus.
Então, você percebe que a carência está sendo você. Ela te dominou, te envolveu e te anulou. Você nada mais é alem de suspiros, sonhos, uma drogada.
Seu corpo está quente, seu coração, sua vida.
E você sufoca quem está com você. E você simplesmente fica com frio. Sem ninguém para aquecer, ocupar um lugar ao seu lado no cinema, sem as mãos envolvendo a sua cintura nas baladas, ou sem companhia para o trânsito.
Ai vem aquele momento de fúria. Desaprovação de tudo de todos. Todos que se aproximam são expulsos.
E tudo será diferente. Você se fechará para o mundo. Terá de esquecer seus caprichos, suas vontades, seus mimos.
E você vai seguir seus planos. Nada vai mudar seu planejamento. Nada. Nada mesmo!
Ate que... Naquela pub, você encontra um rapaz, seus olhos se cruzam, se fixam, ele se aproxima e...
Seu corpo aquece novamente.
De repente você não quer nada além de se apaixonar.
E seria tão bom se pudesse escolher com quem se aquecer...

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Mais uma vez

Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão...
Fernando Pessoa

Tudo não podia passar de um sonho, ou o pesadelo.
E é assim ao ver que seu relacionamento chega ao fim. Principalmente quando a decisão não vem da própria pessoa, e se acaso viesse o pensamento poderia ser o oposto, depende do referencial.
as vezes poderia ser a realização do sonho. Estaria no paraíso.
A questão é: Fim de um relacionamento dói. Dói de saudade, dói de medo, dói de insegurança. Dói de lembrar-se dos momentos bons, pois parece que só houve os momentos bons. Dói de pensar nos amigos em comum, das novas amizades, de saber que tudo que fora vivido pode estar chegando ao fim. Dói de imaginar que não haverá contato. De que não haverá compartilhamento. E é a hora que o outro termina o que você sempre diz para todos os conhecidos vira desaprendizado para si. A vontade é de pegar, apertar, arranhar, bater e suplicar para que não chegue ao fim, para que exista uma esperança, uma chance, uma oportunidade.
Começou bem, em toques, olhares e palavras e o fim não há nada disso, além de uma das partes desejando o toque, o olhar, a palavra que não sai. E quando o termino não há nem olhares acusadores, nada além de palavras digitadas?
Deseja se uma nova tentativa. E quem não quer? Voltar para os braços quentes, ver o sorriso lindo, tímido e uma piscadinha de olhos apaixonante. Ou quem não quer apenas voltar para a pessoa amada e desajeitada que conquista... A pessoa que conquistou. Seja no álcool, nos assuntos divergentes, nos livros, ou em algo sem explicação.
A pessoa entra na vida da outra provoca furacões, sensações, explosões e the end. Foi bom enquanto durou.
E não há comunicação, não há briga, não há nada mais. Simplesmente o inicio e o fim. E o meio?
Acabou a paixão, a atração, o interesse. Chegou ao fim. Para que comunicar no fim de tudo? E o processo? A tentativa de melhora? Todos merecem a chance. Todos merecem saber o que há de errado antes do fim.
E tudo vira interrogação, reticências, a mente perturba o corpo e o coração. Ambos ficam desorientados sem saber quando foi que tudo acabou, onde tudo se perdeu.
E resta a vontade de saber, tentar mais uma vez...

Tic Tac

Observo o tempo passar, lentamente. O tic tac do relógio ressoa como uma musica antiga, a qual conheço de outras eras. O mundo continua girando, sem gastar um segundo sequer para me olhar. Não sabe quem sou, não questiona meu passado e não procura saber meu futuro. Sem críticas, mas também sem elogios.

Minha consciência também não para. Cria e modifica histórias, elabora pensamentos, se irrita com determinadas ações, toma decisões, perde a coragem de agir, ganha confiança... Felicidade, tristeza, segurança, medo. Um mundo de emoções juntas, misturadas, simultâneas, independentes.


Continuo estática, parada em um momento congelado do tempo. Tento me recuperar desse turbilhão de informações, pensamentos e sentimentos. Tento esquecer ou lembrar. Em meio a confusão, busco soluções. Tento voltar a viver, pouco a pouco... até voltar a ouvir o tic tac.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Mulher palheta

Amo pub! Isso é fato.
Virei frequentadora assídua de uma pub aqui perto de casa, dois quarteirões e já estou lá.
Às vezes não importa o horário o dia, ou qual será a banda. Gosto do ambiente, da música alta, da decoração.
Não preciso de companhia ou de muito dinheiro. Não preciso beber muito, ficar alterada, ou beijar alguém. Simplesmente entro, curto as bandas, troco sorrisos, canto, enrolo, me divirto. E até encaro a sinuca.
As noites não são as mesmas desde que comecei a frequentar lá. Já conheci os vocalistas das bandas, o cara que arruma o som. Desde o segurança, o gerente, o barman. Posso ir sozinha, mas nunca ficarei sozinha lá, sempre posso guardar meu refrigerante na geladeira, ou usar a mesa da namorada do baterista.
Descobri recentemente que sou mulher palheta. Nada me deixa tão apaixonada quanto ver a banda com seus preparativos, o baixista lindo, o guitarrista romântico, o baterista com cara de ensino fundamental, o vocalista que encanta, envolve e apaixona.
Nada melhor do que aquele cara que sabe além de cantar e tocar a música, mas que sabe curtir a música. Viver-la.
Apaixono todos os dias pelos integrantes. E pode tocar U2, Pearl Jam, Aerosmith, Audioslave, Bon Jovi. Apaixono pelo sempre pegável baixista, desejo o romantismo do vocalista. Encanto com o guitarrista...
Observo, contemplo, dou apelidos, viajo.
Seja na quinta, sexta ou sábado. Não importa se tive 3 reuniões no dia, se fui ao treino, se levei porrada no boxe, ao invés de teimar com a insônia, corro para lá. É uma terapia, um descanso. Um sonho.
Chego em casa as 2h ou 4h, mas no outro dia a disposição é de quem dormiu as 8h recomendáveis.
Não tem como explicar. É emoção demais!
Declaro-me mulher palheta. E não sou monogâmica. Amo todos das bandas! (mas é claro que tenho a minha preferida... só que ai agente abafa o caso)

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O início...

Sorriso.
                         Olhos.
                                    Paisagem.
      Sorriso.
                                        Olhos.
                                   Sorriso.

Um ciclo interminável, preso em um tempo estático, em um silêncio infinito. O mundo parece deserto, habitado apenas por nós dois.
O olhar é cúmplice de cada momento, cada segundo é memorizado.
Os dedos tímidos acariciam os cabelos, percorrem cada detalhe do rosto. 
As mãos se encontram, tornam-se inseparáveis.
Os lábios se tocam, determinados, apaixonados.

E assim começa a história.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A diferença


Você está ausente. Você está indisponível e o mundo gira te levando.
Você acorda com aquela carência super, hiper, master.

E as horas passam, as horas correm, o carinho não vem.
E tem algo errado. Passa-se dias procurando o erro, não sabe onde ele está...

Você cansou, está exausta, precisa de álcool, precisa de carinho, precisa de mãos carinhosas, lábios úmidos, atenção, proteção.
E você acordou com o texto certo. Leu a crônica certa e fez seu dia ser diferente.

Ficou presente, ficou disponível e girou com o mundo.
E tudo deu certo, uma caminhada, um toque no celular, um convite, uma caipi, um carinho.



"O tempo divide-se entre o ontem, o hoje e o amanhã. Ontem já foi, e amanhã, vá saber."
Martha Medeiros