E para ser sincera assumiu. Sentira falta dele. Sentira falta do que era com ele, do que eram, do que foi.
Sentira falta de trocar palavras, frases, emotions. Sentira falta de saber como tinha sido seu dia, da expectativa de seu dia, de planejar encontros.
Sentira falta de acompanhá-lo no transito, ou apenas avisá-lo daquela passeata que atrasaria o percurso dele até a casa.
Sentia falta de ver mensagens em seu celular e a esperança de vê-las sempre a incomodava, seja no dia a dia, na mesa do escritório, em sua casa, ou até mesmo a procura do celular dentro da mochila durante o treino.
E para ser sincera desejava gritar para que todos pudessem ouvir. Desejava gritar até ficar rouca ou mesmo muda.
Desejava tanto que desejou contar-lhe este segredo.
E ela sentia falta. Enviava mensagens em vão...
Era uma espécie de desabafo. Precisava compartilhar... Precisava contar, precisava assumir o quanto e o tanto que sentira falta. Mesmo que em segredo.
Acordara todos os dias e ia dormir todas as noites com o mesmo desejo.
Queria acordar deste sonho que se tornara seu cotidiano. Eram dias de sonhos ruins. Dias repletos de saudades...
Um oceano de saudades, no qual um dia se afogaria caso não acordasse....