domingo, 10 de abril de 2011

Uma insensatez. Uma realidade.

A insensatez do cotidiano causa impacto no período noturno.
Durante a noite brigamos contra nosso interior, nosso subconsciente, nosso inconsciente.
Brigamos com o vazio da nossa cama, com o vazio do nosso coração, com o vazio da vida.
É a noite que você sente que seus pés estão sem sapatos. Que sua pele esta sem a outra pele. Que o travesseiro ao lado está intacto.
Quem nunca viveu uma experiência assim não sabe do que estou falando. Não consegue sentir falta dos pés enroscados, do braço que envolve, do cheiro que aquece, da respiração que se completa.
A insensatez do meu coração causa impacto diário em mim. Não preciso da escuridão da noite para ver meus fantasmas. Não preciso de estar só na cama.
Meu coração insensato acha que te quer.
Ele quer compartilhar as mesmas batidas do seu, ele quer ler Carpinejar para você. Ele quer sentir o que fora imaginário.
Meu insensato coração não me cansa de pedir. Meu dedos escrevem o que a boca não pode falar. As letras se unem na esperança. Uma mensagem no celular. Um texto. Vários sentimentos.
A insensatez da minha pessoa não quer mais ser tocada por errantes, por errados, por mim mesma.
A fase assexuada ainda existe. Assim como a falta de seu corpo ao meu lado.
Uma insensatez. Uma realidade.
Nada é real.

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