sábado, 9 de abril de 2011

Mais um



E era mais um dia. Um dia vazio de corpo e de mente tulmutuada.
Podia ser o inverso, o reverso, o tulmuto de corpos e a mente vazia.
Quantas vezes nesses tão longos dias não me deparei nessa situação? Ver e não enxergar. Estar só entre tanta gente?
Era mais um dia incompreensível. Mais um dia de indagações. Um dia somando aos milhares vividos, subtraidos ao que se tinha de viver.
Era um dia de fim de expediênte. Encerrando ciclos.
Derrepente uma atitude, uma caminhada, um bar, mesa, cadeira, companhia. Cervejas, copos, corpos, sorrisos, conversas, palavras, gestos. Copos vazios que se enchiam de uma maneira freneticamente ilimitada.
Uma surpresa adicionada a outra, uma atitude brusca, a razão perdera a razão. Uma atitude errada, uma fala seca, um olhar menosprezado, uma vontade de esbravejar, bater, xingar, chutar, ser superior, ser indiferente.
Uma despedida, o arrependimento.
No dia seguinte a ressaca. O arrependimento do ato imaginário.
Era hora de pedir um tempo para nós dois.

Entenda a história: Não há vinculos, cobranças, certezas.
Não há beijos, juras, planos.
Há algo superior.
O ódio no amor. O ciúmes.
E vice versa, inverso, reverso...

E era hora de dar um tempo para nós dois.

Um comentário:

  1. Onde tem amor, haverá o ciume. A questão é até que ponto o ciume deixa o amor existe e até que ponto se torna uma obsessão?

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