Te encontrei num livro. Entre as páginas. Equilibrava-se nas linhas.
Te encontrei na escrita.
Te reencontrei. Reli.
Escrevi sobre você. E guardei. Escondi. Queria ter o dom de fazer isso com a memória.
Expressá-la em palavras. Colocá-la no papel. Guardá-la. Esquecê-la.
Queria conseguir tirar essa lembrança de mim. Ela me corrói, tortura e de um jeito tão complexo me deixa feliz.
Penso em você. Vejo você. Loucura.
E isso tem sido tão comum ultimamente...
Escolhi o livro na prateleira, já sabia que te encontraria ali. Desejei provar para mim que você estava no papel, dobrado, guardado.
Mas... Ali esta você. Em cada crônica. Cada frase.
E de repente tudo parece ter voltado. O jogador de futebol me lembrou você. O ator. O sorriso. O nome da criança: Joana.
E tudo me lembra você. A academia, o peso, o espelho.
E eu te tive. Te tenho. Tão presente e tão longe.
No limite, na margem de erro. Na esperança. Nos muitos quilômetros...
E eu te encontrei. Você esta ao meu lado na rede, na cama, no sofá, ou no passeio
O livro.
A flor na minha carteira. A senha da minha rede social. O plano de fundo da minha área de trabalho.
...
Te levo aqui.
Te encontrei em um livro. Entre as páginas, equilibrando nas linhas.
Fabrício, Carpinejar, Um certo Braga.
Meu Braga.
Fabrício, Carpinejar ( Um certo Braga), segundo a nenhum!
ResponderExcluirQuantas lembranças queremos eliminar e não conseguimos, certo???
ResponderExcluirSeus textos estao otimos De!!!