E escrevo porque o mundo fugiu de foco.
Contrariou a orbita. Parou de rodar.
Ou parei enquanto o mundo girava.
Tudo passou de repente, numa aceleração sem igual. Sem parâmetro, sem comparação.
Tudo muito rápido. E o mundo parou, ou girou. Ou permanece igual.
Depende do referencial.
Eu andei, trilhei, segui.
Despedi, conheci. Mudei. Distanciei.
Chorei, chorei e choro.
Sorrio, compartilho, fofoco.
Sinto. Sinto saudades, sinto ausência, sinto distância.
Sinto que o mundo gira. Continua sem se importar se eu sinto, ou não.
Decisões, escolhas. Consequências.
Mudei. Cresci. Estou crescendo, estou mudando, estou aprendendo.
Sou uma esponjinha. Absorvo. Me torno. Me transformo.
E seguia um ritmo de aprendizados, de esquecer, de desprender, desenvolver. Voar.
De repente, não mais que de repente.
Puft.
Acelerou, dias foram vividos em horas, instantes.
A casa caiu, a família se desfez, lágrimas rolaram. Malas prontas.
Adeuses, partidas, fim. Recomeço.
Dor, saudade, abstrato, raiva, amor, burrice, incentivo, pessimismo...
Aprendizado.
Decisões, escolhas. Consequências.
Vida que segue.
Decisões. Consequências.
Quando li esse texto, lembrei de uma frase "o mundo não para para nos levantarmos".
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