quarta-feira, 26 de junho de 2013

Confusões da Carência Auditiva


É engraçado como a gente consegue confundir as coisas.

Confusão sim. Confusão de sentimentos. Estava carente de atenção e confundi. O gostar, do ser presente.
Julguei estar apaixonada (amorosamente), mas as coisas podem não ter sido bem assim.
Amei cada instante. Apaixonei pelo convívio, pelo estar junto, por sair da rotina.
Fiz de tudo para acreditar no futuro. Achei que tinha encontrado meu Eduardo, mas não foi bem assim.
Ousadia do destino testar os caminhos. Encruzilhada, pessoas. 
E assim foi, a paixão chegou, revirou, tirou a rotina, ela invadiu, colocou tudo de pernas para o ar e se foi.
Como na música: “it’s over and done”
Deixou a casa para arrumar. O coração para juntar os detalhes tão vividos por nós dois...
Por um curto período de tempo foi bom, intenso, mas não durou. O Eduardo não era "O" Eduardo.
E eu me descabelei, surtei ao vê-lo indo. Ele e minha perspectiva de um amor pra vida toda.
Foi então que tudo se ajeitou. Houve o face a face. As mentiras sinceras não me interessavam mais. Desencanto.
Houve, passou.
E a gente confunde tanto as coisas.
Pela segunda vez em dois dias me confessaram, e, eu me encontrei na confissão.
Quantas vezes não confundimos sentimentos por estarmos apenas carentes?
Não carentes de pele, mas de ouvido.
Carentes de tímpanos. Conversas aleatórias, interessantes, desinteressantes. Inutilidades, planos loucos, vídeos de YouTube, músicas, livros...
Cá estou eu. Recém separada de uma paixão de carência auditiva.
Cá estou eu, me apaixonando pelo mesmo de sempre.
Pela atenção, pela conversa, pelas bombeiras, pelas letras que se formam no e-mail.
Pela lembrança do que já fomos.
Pela esperança do que podemos ser.
"Agimos certo sem querer foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você porque você está comigo o tempo todo
... 
Lembra que o plano era ficarmos bem?"

4 comentários:

  1. As vezes penso que realmente é uma confusão por estar carente, por outro lado penso se esse não é o verdadeiro sentimento.
    Se a presença da pessoa lhe faz bem, por que isso não pode ser amor? Afinal, cada amor é diferente, mas não deixa de ser amor.

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    1. Acho que são realmente paixonites da vida...
      Amor é o estar sempre apaixonando pelo mesmo de 500 anos atras...

      Amor, pedra no sapato, Karma... vai entender.
      Existem tantos sentimentos sem tradução...

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    2. Hum... tenho minhas duvidas... Não que o amor de 500 anos não seja bonito e desejavel, mas não podemos amar por 500 minutos?

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    3. Acho que foi isso.
      Amei meu Eduardo por 500 minutos xD

      Emboraaaaaa, acho que era mais carência do que tudo.

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