sexta-feira, 3 de junho de 2011

Esclarecimentos

Às vezes também se pergunta:
Até onde existe a realidade nos contos. Nos textos, nos desejos, nos sonhos.
Não há uma realidade? Uma vez que o sonho, pela psicanálise, são avisos. Eles trazem à tona os complexos e sugerem alternativas para a consciência realizar o que a pessoa é potencialmente.
Há a realidade no sonho. Há a realidade na escrita, há a realidade no conto.Embora, contraditoriamente dentro dela algo não quer ser real.
Não quer amar o amado. Não quer desejar o desejado.
Deseja que o real seja fictício. Tem medo de o sonho ser real. Teme e deseja.
Contraditório seria, digamos que: interessante.

Amaria conseguir ter, admitir, deixar sentir.
Antagônico, contraditório. Irreal.

O amor dela, o amor próprio e o amor ao amado.
Duas faces da mesma moeda.
E o conflito está nos turnos.

“Nossa vida e nossa história se constroem nos dias em que estamos acordados e nas noites em que dormimos e sonhamos. A psique diurna, consciente, e a psique noturna, inconsciente, apesar de diferentes, se completam para o todo que somos.”

Na vida diurna, tudo sobre controle, o amor próprio. Na vida noturna, o sonho, o desejo, o inconciente. O amor ao amado.


Real e fictício. Tão real quanto fictício, mais real do que fictício.

"Dentro de cada um de nós há um outro que não conhecemos. Ele fala conosco por meio dos sonhos."
Carl Jung

2 comentários: