Parece um sonho. Irreal e até mesmo ilegal.
Todos avisam, alertam.
É comum não saber o que se sente ao certo? É comum não entender o que o coração quer dizer? É comum não entender os sinais que a vida dá?
De um lado sempre próximo, na vida diária, no MSN, emails, telefonemas, mesnagens, embora muitas vezes também distante tenho a um.
De outro lado, o distante do distante, o ausente do MSN, de e-mails, de telefonemas, mensagens tenho o outro.
É como na música que diz: um me faz feliz, mas o outro me faz tão bem.
E algum seria real?
A ilegalidade em ter dois, amar a dois, querer a dois, desejar dois.
A realidade de ser só, ter apenas, nada.
Parece o sonho, a vida que poderia ser, que poderia ter, poderia... ia.. talvez.
E já dizia Renato Russo “E quem irá dizer, que existe razão?”
Um é meu Eduardo, o oposto, o contrário. Cargas opostas que se atraem, distraem, precisam. Sinto falta do Eduardo, do certo Braga, do cara com quem me apaixonei, mudei, distorci, cresci, amadureci, aprendi.
Eduardo, um certo Braga. Uma pessoa essencial na vida de uma pessoa que antes era a “errada, errante, sempre na estrada, sempre distante”.
O outro sou eu de calças. A igualdade incomoda, atrapalha. Faíscas de sinônimos, que se transforma em paixão. A comodidade. O espelho d’alma. É você no outro, o outro em você.
...
E você se vê tão os dois. A mudança causada pelo Eduardo te faz sentir uma Braga, Você no outro faz lembrar-se de quem é você.
Li um livro onde anjos e demônios faziam duelo na terra. Duas denises duelam dentro de mim.
O que seria real? Será que há alguma ilegalidade?
Ou tudo não se passa de um sonho?
Boa noite!