Depois das horas de descanso pôde abrir os olhos com tranquilidade.
Foi um despertar calmo, de quem está satisfeito. Na medida certa do descanso, sem o gostinho de quero mais. No entanto, ele não quis levantar de imediato. Gostava de estar ali, deitado, tranquilo, em paz.
Sentia-se satisfeito com a vida. Em paz com o relógio, com o mundo.
Sentia-se satisfeito com a vida, um bom emprego, uma família compreensiva, amigos acolhedores e um amor gostoso de se viver. E ele era agradecido, por essa vida fantástica.
Ficou um bom tempo imóvel, deitado observando o teto. Um mundo de lembranças se projetava ali.
Eram dias bons, eram dias bem vividos. Estava estava bem, estava em paz. Estava feliz.
De repente, um som ao fundo, o despertador toca.
E ele é sugado pra realidade. Acorda atrasado, seu dia já deveria ter começado.
Não tem tempo para apreciar o despertar, tão pouco flertar com suas lembranças. O dia já começou e ele não devia mais estar ali.
Cambaleando saiu da cama, acordou no corredor a caminho do banheiro.
Ele despertou do sonho. E vestiu sua roupa de viver...
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