domingo, 31 de março de 2013

Novamente, outra vez, mais uma vez...


E aquele estilo masoquista que o coração tem de querer fazer tudo de novo?
Não pode ver os olhos brilhando, um convite gentil, sorriso lindo e logo acelera.
Não coração, você não entende nada.
Você não poderia ter tomado a frente em momento algum. Desde quando agiu com cautela, hein?!
Aquele encontro era casual, social e nada a mais, mas você teimoso e curioso quis provar se ainda poderia bater numa frequência acelerada, pois bem. Fez bobeira.
Fez o que achou que seria ideal fazer, assumiu o descontrole, braços se entrelaçaram, mãos se uniram, lábios se encontraram e você foi feliz. Provou que poderia acelerar. A frequência enlouquecida te elevou, foi a aprovação da prova, a nota 10.
Pois bem e você não parou por ali. Trocou mensagens, trocou olhares, toques escondidos, assumiu vontades e houve o reencontro. O reencontro e outro encontro.
E ai: tudo de novo e outra vez.
Angustiado espera outra vez, outra mensagem, outra aceleração, pulsação, aprovação.
E fica feliz por obter retorno.

Ahhh você não sabe o mal que fez para si.
Hoje não, mas futuramente verá que tenho razão.
Agora, nesse instante deixo você assumir e ser feliz, eu nunca tive controle de ti mesmo.... Mas não diga que não avisei.

sexta-feira, 15 de março de 2013

O poder de uma lembrança



Naquele dia ela resolveu escutar uma coletânea antiga de músicas. Sons que estavam esquecidos em um toque antigo de celular.

Aquelas canções preencheram vários momentos de devaneios, idas e vindas de lugares que não fazem mais parte de cotidiano.

Cada instrumento foi admirado cuidadosamente. As letras começam a surgir na memória, como se tivessem sido cantadas no dia anterior.

Em meio a um solo de guitarra, o coração relembra emoções que aquela melodia a fez sentir tantas vezes. Uma lembrança única e deliciosa, que transparecia no sorriso bobo e nas lágrimas que teimavam em querer se revelar.

Esse era o sinal da saudade.

Agora ela tinha certeza... aquele grande amor jamais deixou de existir.

terça-feira, 12 de março de 2013

O que fazer?


O que fazer? Quando o tempo simplesmente parece não passar.
A contagem regressiva é tão inútil quanto secar gelo.
O que fazer? Quando o que o coração mais quer é aquecer e simplesmente se privar disso.
O que fazer, quando sua concepção de egoísmo já não faz sentido algum.
O que fazer, quando você sabe como possuir uma coisa, mas por ética não fazer.
Privar a si de usufruir das suas vontades pelo bem maior.
Isso seria certo? Moral, ética ou valores?
São possibilidades negadas. Desejos ignorados.
Egoísmo transbordado pelo bem geral.
É difícil entender?
O que fazer? Quando o proibido é a opção, quando o ilegal, imoral seriam capazes de te satisfazer?
O que fazer?
Loucura, piração, tentação!
São sentimentos que querem despertar, são laços que querem se fazer, vínculos improváveis e incorretos.
O que fazer?
Desistir e sair correndo, para o local que tudo seria mais fácil. Menos indagações, menos questionamentos. Maior facilidade.
O que fazer? Coração quer aquecer, pernas querem andar, braços querem abraçar, desejo de eliminar a palavra saudade.
O que fazer?
Há choro, há dor, há aprendizagem. Insistência, força, vontade, motivação. Até quando conseguirá?
Em quem disse que seria fácil?
E quem poderia responder:
O que fazer?


sexta-feira, 8 de março de 2013

Escolhas e Consequências: nem tão simples assim


E foi assim. Um telefonema inesperado. Uma ligação proibida.
Falas aleatórias, sem sentido. Um sentimento verdadeiro.
Saudade.
Embriaguez, tontura. Irrealidade.
E muita coisa mudou. Coração que acelera num ritmo frenético. Temperatura que se eleva. Olhos que brilham.
Um telefonema mudou o dia. Um telefonema mudou o clima. O telefonema mudou.
Delicia ouvir a voz, delicia ouvir a confissão: Saudades!
E a saudade é recíproca. A saudade terá dias contado para chegar ao fim?
O telefonema era um sonho, ou realidade?
O desejo era verdadeiro. Estava vivo, pulsando em todo o interior. Como sangue. Vontade, desejo, saudade.
E a voz doce, a voz suave. Misturada com a embriaguez do sentimento confessava.
E era isso que fazia sentido. Era isso que fazia valer.
Sentir saudades para se ter, para se ver, para se possuir.
Sentir saudades para matar a saudade.
Masoquismo?
Não... Simplesmente é a vida...

Escolhas e suas consequências.
E por acaso alguém disse que seria fácil?

domingo, 3 de março de 2013

Escolha: Presencial x Virtual



E ele entrou. O ambiente tornou-se quente. O ar condicionado simplesmente parou de funcionar.
Ele entrou. 
E é tão difícil encarar.
O que seria mais difícil de encarar? Aqueles olhos, aquelas mãos, a pessoa física ou todo o subjetivo presente no ambiente?
Subjetivamente ali estava a curiosidade, a vontade, a atração. Vinha a tona todas as conversas via Skype, bilhetes de post-it, telefonemas tímidos. Subjetivamente estavam vocês ali. 
Tão íntimos, tão tímidos. Estranhos da vida real. Amantes virtual.
Não saber gesticular, não saber qual atitude tomar, ou simplesmente o que falar. Qual direção deveria olhar? Olhos que convidavam, rosto que esperavam, ou boca que comunicava algo sem sentido?
E isso deveria ser real? Deveria ser permitido? Era verdadeiro?
Um tão perdido, outro vagando no ambiente. 
E isso acontecia com os dois? Era estranho, é estranho. 
Conhecidos, íntimos e estranhos.
O mundo virtual faz isso. Relacionamentos online, vidas virtuais. Relacionamentos pessoais, vidas presenciais.
Vidas virtuais e presenciais.
Cada um teria direito a ter duas vidas então? 
E o desejo dela naquele dia, era que ele saísse daquela sala para o ar condicionado voltar a funcionar. Para o ambiente refrescar. A vontade dela era, que o tempo passasse e que mais tarde ela pudesse conversar com ele.
E pudesse tê-lo. Tê-lo em pensamento, em vontade, em imaginação.
Presenciais x Virtuais. Objetivos x Subjetivos.
Que tipo de relacionamento você prefere?
Faça sua escolha.