domingo, 29 de julho de 2012

Qual a real intenção?



Há coisas que preferimos fechar os olhos ou fingir não ver. Entretanto, a facilidade com que as informações estão disponíveis e chegam a nós impede até mesmo a ignorância.

Há muitos que dizem que é importante saber de tudo. Mas quando penso nesse “tudo” chego a conclusão que esse “tudo” é relativo. Saber o passo a passo de uma pessoa, por exemplo, não é algo que vá acrescentar muito a minha vida. Não serei uma pessoa melhor por isso.


Entretanto, as pessoas insistem em mostrar realidades e ficção para qualquer um, sem distinção. Podem nem gostar daquele que lê, mas fazem questão de divulgar para que ele veja. E ainda existem aqueles que divulgam e depois surgem reclamando dos comentários indesejados que recebem.


Os solitários permanecem observando a distancia, sem comentar. Os fofoqueiros fuxicam tudo para ter assunto no dia seguinte. Os que não se interessam apenas fazem o que querem e depois abandonam aquelas informações desnecessárias.


E desse jeito a vida segue, dia após dia, com pessoas sabendo mais das intimidades de desconhecidos do que dos próprios amigos. Pessoas “repletas de amizades”, que na verdade não possuem um conhecido para o qual contam suas tristezas e medos. Pessoas que se “esquecem” de outras, mas que deixam registrado para que estas saibam que foram esquecidas.

Estaríamos vivendo em um mundo onde as pessoas querem tanta “popularidade” e “atenção” que resolveram mostrar seu lado falso e fútil sem pudor ou seria apenas ignorância mesmo?

sexta-feira, 27 de julho de 2012

SMSs da vida...


- Adoro detalhes...
Sms recebido.

E aquele sms, que não encerrara e nem iniciava a conversa era tão tão...

E ele era assim e ponto final. Gostava de deixá-la desorientada, de deixá-la sem jeito, sem atitude, sem modos, como se fosse apenas um ser não pensante. E ela ficara assim. Ficava assim. Atordoada, aleatória, perdida em detalhes imagináveis, em imaginações distantes, em atitudes que não aconteceriam.
E ela não pensava. Ela ficava extasiada, fascinada, deliciada.

E o que aconteceria? Eram "E"s de mais, ou "E"s de menos.
Era simples. Seria o tira-teima.

Seria transformar o sonho em realidade...

Mas era tão excitante, deixar a imaginação vagar sem rumo, pensar em detalhes e imaginar ouvir bem baixinho o que ele tinha a dizer, sentir sua  barba na nuca, mãos no cabelo, pele com pele, ...

Que o fato de deixar a coisa ser real, poderia... sabe-se lá...

E aquela noite o ultimo sms foi o

- Humnnmn
Sms recebido.

E ela se pergunta:
- E agora José?

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Malas, decisão e uma pitada de questionamento.


Hoje estou MPB. Estou Samba, estou Ceciliana.
Estou calma, estou melancólica, sou enredo, sou melodia.
Sou regionalismo, sou nação.
Sou mala, sou esperança.
Sou despedida, sou decisão, sou reencontro.
São malas prontas, roupas que teimam em não entrar.
Roupas que teimam em querer ficar.
Trajes que ficam esquecidos. Livros, pelúcias, porta retratos, cabides.
São os clipes, grampeador, papel de carta, caixinhas...
Ahhh são tantas coisas que insistem em sumir, esconder e não querer acompanhar, ou não poder acompanhar.
Familia, amigos, objetos, colegas...
Já fui São Paulo, Minas Gerais, Pará...
Garoa, bolacha, paralelipípedo, 0800, garrado, arreda, trem, passeio, bar, tu, teus, para ti...
Hoje sou nostalgia... Indecisão.
Malas, decisão e uma pitada de questionamento.
E ainda me pergunto, quantos anos tem de se ter para se julgar maduro para se separar da família?
SP - MG - PA

domingo, 22 de julho de 2012

Imaginações

E era o incio de tudo. Ela sentia necessidade de narrar. Uma história, seria uma história. Deveria ter o inicio, meio, fim.
O princípio, o começo. O início.

O telefonema errado, o primeiro encontro, a degustação da vodka na garrafa, o convite, a troca de livros, de músicas, de conversas, de sorrisos, de olhares.
De imaginação, além de tudo de imaginação. Proibição. Não poder. Não dever. Não.
Desenrolar.
Encontrar.
Agir, fazer. Acontecer.
Segredo.
Desejo, vontade. De novo.
Adeus. Vontade, desejo. Promessas.
Vontade.
Deixar desejar, criar expectativas. Gostinho de quero mais. Gostinho de quero provar?
Apimentar. Falar, imaginar.
A imaginação mata.
Pensar em mãos, pele, lábios, toque.
Imaginar. Esperar. Reencontrar.
E então comprovar.

E então, deu para perceber, a narrativa ainda não tem o fim, né?!

‎"Onde termina a imaginação... E começa a realidade é o melhor lugar q se pode querer escolher pra ficar"

História ou estória?


 

Meio verdade. Mentira parcial. Como em uma sopa de letrinha a história se forma e deforma. Não se sabe mais em que acreditar o desacreditar. Nem mesmo o responsável por juntar aquelas palavras sabe decifrar o que é realidade e o que é fantasia.



 
Os ouvintes se perdem em devaneios. Desistem de tentar entender o mistério que envolve cada frase. Seria esse desinteresse um descaso ou apenas privacidade? Será que aqueles desafios eram apenas uma maneira de manter em segredo aquilo que ninguém deve saber ou apenas uma vontade de instigar a curiosidade alheia.

E afinal, o que é a verdade? Ela existe de maneira única e definitiva ou a mesma é composta por diversos pedacinhos espalhados? Questões, questões e mais questões...

sábado, 21 de julho de 2012

Será uma causa perdida?



Naquele dia ela sentia um aperto no coração. Precisava acordar, desesperadamente! Infelizmente não era um pesadelo, mas sim a dura realidade batendo em sua porta. Ela tentava compreender como alguém conseguia ser tão cruel, ferindo os outros sem sequer um pingo de consideração.



Nesse momento ela recordava que já conhecia esse sentimento e que esse era o motivo que havia fechado as portas do seu coração. Entretanto, quando menos esperava, aqueles lacres foram rompidos.

Ela se sentia traída. Era como se tivesse caído em uma armadilha, que a fizera pensar que libertar seus sentimentos seria uma boa ideia, pois os mesmos seriam bem recebidos. Mais uma vez ela se enganara, fora descuidada achando que nada mais poderia tirar a sua visão tão clara da realidade.

Essa nova ferida foi mais profunda que a anterior. Como resultado, a resistência será aumentada através de mais e mais lacres. Existirá alguém capaz de liberar essas emoções sem causar novos danos à proprietária? Ou essa já é uma causa perdida?

sexta-feira, 20 de julho de 2012

De novo e mais uma vez...



Nada mudaria o que aconteceu. As palavras já foram ditas, as atitudes já foram tomadas. O tempo já passou.
Crescemos, mudamos, nos adaptamos.
Ok, mas queria tanto que tivesse mudado outras coisas, queria que meus pensamentos não fossem mais direcionados a você. Não queria te encontrar nas noites de insonia. Não queria que você ainda fosse meu   desejo ao soprar as velas. Queria que você não estivesse mais ali. Queria que você não estivesse mais aqui.
Desejaria que você não fosse mais tema de minha redação. Queria não pensar mais em você quando tivesse de tomar quaisquer decisão importante em minha vida, ou quando tivesse que escolher qualquer coisa irrelevante, como o vestido, saia, corte de cabelo, ou o drink. Não queria que você estivesse oculto em mim. Queria que tivesse ido, partido. Tivesse sido e agido como as palavras. Tivesse dito adeus e bye bye.
Mas não...

Mudamos? Mudamos o que? Escondemos! Isso sim! Escondi.
Fiz burradas, ou melhor, vivi e tentei. Tentei mudar... e de nada adiantou.
Crescemos, ok, concordo. Sou totalmente outra. Amadureci. Quebrei regras idiotas, provei que não há nada a ser provado.
Cresceu a saudade, a vontade, a necessidade. Cresceu esse sentimento inexplicável que existe aqui.
Coisa intraduzivel! Um veneno, um perigo!
E agora tem algo revirando em meu estômago, teimando em subir pela minha garganta, sair pelos meus olhos. Lágrimas ocultas rolam. Meu coração dói.
Cada vez que o celular vibra recebendo uma mensagem sua.
Tomei a decisão. É a despedida. É o adeus, ou o até logo.
É a mudança que acontecerá novamente, é a certeza que algo irá crescer aqui dentro.
Ou dessa vez você se vai para sempre, ou colocarei no mundo uma criança concebida de esperança, desejo e saudade.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Explicações... Ou não ;)


E resolvi sumir. Ou fui levada pelos imprevistos da vida. Fiquei sem inspiração, sem tempo , sem computador.
Muita coisa aconteceu. Tulmutos nessa vida. Loucuras numa mente sã. Alcoolismo ausente. Mudança. Adaptações. Despedidas, reencontros.
Ciclos, vai e vens. Surpresas.
Beijos, segredos, carinhos, malícias, desejos, gozos, extase.
Súpllicas, arrependimentos. Alegrias, tristezas, choro.
Delícias, encantos, prazeres.
...
Perdi o foco. Me perdi.
Não contextualizei.
Não consegui escrever... Não consegui ler... estou avulsa... por ai.
Folha jogada ao vento.
...
Quando conseguir volto.
Ou não...

Talvez perca o pc, talvez a conexão com a internet não esteja tão boa... talvez...
Talvez um dia eu mande notícias...
Ou não...
;)

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Seria o destino?


Ela caminhava por uma rua repleta de gente. Pessoas desconhecidas indo e vindo, algumas falando ao celular, outras ouvindo música. Ninguém olhava para o lado, nenhuma pessoa notava qualquer outra. Cada um estava em seu próprio mundo.

Ela já fez parte dessa multidão individual. Entretanto, naquele dia ela não tinha pressa, não estava pensando em seus problemas ou programando o seu dia. Ela caminhava sem rumo, apenas observando o trajeto que sempre percorria desatenta.



Percebeu que havia uma casa linda, como de bonecas, escondida naquele mundo de cimentos. Reparou na árvore florida, totalmente colorida em lilás. Observou cada indivíduo, cada carro e até mesmo cada construção.

Seus pensamentos começaram então a vagar. Sabia que tinha vários motivos para ser feliz, mas também compreendia que seu coração ansiava por algo. Ela mentiria se dissesse que não sabia a razão, pois ela entendia muito bem cada tristeza que a rodeava.


Quando menos esperava um sorriso iluminou o seu rosto e todos os sentimentos ruins foram esquecidos. Essa alegria inesperada não era loucura e sim o resultado de um encontro de olhares. Aquele rapaz tão bem conhecido por ela vinha em seu encontro, com uma ternura que acolhia qualquer coração atordoado. Seria o destino fazendo seu papel?

domingo, 15 de julho de 2012

Uma linda manhã




Através da janela é possível ver uma linda manhã. O céu está coberto por uma tonalidade de azul animadora, com sua beleza realçada por um sol radiante. A temperatura está amena, devido ao frio da noite anterior, o qual possibilitou o amanhecer com telhados cobertos de branco, proporcionando um toque de graciosidade na cidade.



Em pleno devaneio, aquela menina sonhadora é despertada pelo toque do telefone. Ela não fazia ideia desde quando a campainha soava, então correu para que a pessoa do outro lado da linha não desistisse. Tinha a impressão de atender no último segundo, pois demorou a obter uma resposta.

Era uma voz masculina, muito bem conhecida. Parecia indecisa, tímida. Após se recompor, com firmeza o rapaz fez um convite: o de aproveitar aquela linda manhã. Algo simples e... irresistível. Com ele não era preciso muito, apenas a sua presença já fazia com que se sentisse a pessoa mais feliz do mundo.


No horário marcado, lá estava ele. Por um momento ela parou, contemplou aquela pessoa que a fazia tão bem. Milhares de pensamentos percorreram sua mente em poucos segundos, até que percebeu que ele a tinha visto e vinha em sua direção, acenando.


Por mais que já estivesse acostumada com a presença daquele rapaz gentil e adorável, seu coração estava disparado e sentia que suas bochechas começavam a esquentar, provavelmente seu rosto já estava tão vermelho que nem arriscou olhar para a janela da casa ao seu lado para verificar. Se ele comentasse algo, culparia o vento frio em seu rosto.

Entretanto, no momento do encontro nenhuma palavra foi dita. O tempo parecia estático para aquele casal. Até o momento que um sorriso de cumplicidade fez os ponteiros do relógio voltarem a funcionar e um leve beijo, mas com um tremendo significado, iniciou o encontro daqueles dois amantes.

Realmente, era uma linda manhã. Perfeita para aqueles dois.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

A força do amor



Aquela era a luz no fim do túnel. Finalmente era possível sentir a brisa e o calor do sol. Com a esperança recarregada, um leve sorriso apareceu. Mais um desafio concluído.

Uma leve olhada para um lado, uma espiada para o outro. A mente parecia vazia, nenhuma ideia sobre o próximo passo.

Nesse momento de paradeiro, de maneira sorrateira, uma sombra surge. Um forte abraço representa a cumplicidade entre aquelas duas pessoas. A tranquilidade estava instalada naqueles dois corações, pois um sabia que poderia contar sempre com o outro e vice versa.

Aquela confiança servia de força para ambos seguirem em frente. Quando um fraquejava, o outro estaria logo ali para animar e fazer um sorriso aparecer nos momentos menos esperados. Entre aquele casal, a tristeza não tinha vez, pois o amor estaria sempre em primeiro lugar!