terça-feira, 30 de agosto de 2011

A partir de hoje

A partir de agora está expressamente proibido me acordar no meio da noite, seja através de sonhos, ou de invasão de lençóis.

Não adianta chegar de mansinho, encontrar a folga do edredom em meus pés. Não pense em vir subindo de mansinho, invadindo meu espaço, desvendando no escuro a subida que leva até o travesseiro.

A partir de agora te expulso dos meus sonhos.

Não quero mais saber cada milímetro do seu rosto, quero desaprender o caminho do seu corpo, a largura das suas costas. Vou desaprender toda leitura que aprendi em braile. Meus dedos não saberão mais o significado de cada pêlo do seu rosto, onde está a covinha, sombracelha, boca e tamanho certo dos seus olhos.
A partir de agora te expulso do meu pensamento.

Não quero mais reviver cada instante que deliciosamente curti ao seu lado. Quero desprender, desfazer, deixar fluir uma vida nova.

Não quero mais passear pelo shopping e ver o presente ideal para você. Não quero mais me pegar pensando no que seria interessante fazer em sua companhia, nas horas vagas, nas horas nossas.

Não quero mais lembrar dos planos, de ficarmos velhos, de sermos nós, de termos nossa casa, nosso armário, nosso tapete. Não quero saber se a cozinha será planejada para você, ou para mim. Não sei quem será o cozinheiro, nossa casa não existirá.

A partir de hoje esta proibido me ligar, mandar mensagem, ou fazer qualquer barulho que interrompa ou interfira qualquer plano que tenho. A partir de hoje proíbo de fazer parte do meu futuro. Retiro daqui tudo e qualquer sentimento, ou qualquer coisa que venha a referir-se como sendo nosso. O eu e você não existe, não seremos nós.

A partir de hoje, sua voz não vai mais me acordar, sua pele não tocará mais a minha, não vou sussurrar, desejar, te ter.

A partir de hoje, a partir desse instante, vou deletar tudo.
A partir de hoje quero ser feliz. E quero que me deixe ser.
E como na música:
It's over and done


domingo, 28 de agosto de 2011

Fato #1

Era um convite, era pra ser um sorvete.
Foi um convite, e umas caipis...

Tudo que era pra estar no controle, simplesmente descontrolou.
O ritmo do batimento cardíaco, a direção da conversa, o drink.

Devia existir um manual para o homem. Não obedeça sua mulher.
Não acredite quando ela disser que está tudo ok.
Não desmarque compromissos para ficar com ela.
Não a deixe no canto dela, quando ela deveria estar ao seu lado.

Não deixe que ela controle, não a deixe descabelar, não a deixe livre o suficiente para que voe para outro planeta, outro mundo, outro homem.
Não a deixe, não a sufoque, não a controle.

Acompanhe o ritmo, saiba dizer sim, saiba dizer não, aprenda a surpreendê-la. Coloque-a em seu lugar, deixe-a em seu lugar.
Torne o local dela confortável. Conforte-a.
Proteja-a, envolva.

E o sorvete de caipi a caipi de sorvete.
Um encontro que deveria ter acontecido há tempos atrás aconteceu justamente agora.
Ela não queria voar.
Ele não compreendia que este não era o ano. Ele não entendia que o tempo dele já passara.
Ele não tinha o manual.
E o erro era: às vezes ele fazia o que ela queria, e não o que deveria fazer.Fato #1:
Homens não entendem nada!

sábado, 27 de agosto de 2011

sexo e compromisso

Tenho ocupado meu tempo nas tardes de leitura com um blog novo.
A maneira como ele foi me apresentada não foi uma beeeemmm bacana, mas valeu o aprendizado.
Estamos falando do blog chamado sexo 100 compromisso (http://sexo100compromisso.blogspot.com).
O que isso quer dizer?

Podemos brincar: são os homens, como homens. Que desejam saciar sua vontade, coisas que prefiro não mencionar aqui.
xD
Enfim, a ambiguidade no título do blog.
Temos o homem como regra querendo o sexo SEM compromisso;
Temos o homem como excessão da regra querendo o sexo 1oo compromisso (um sexo totalmente comprometido, 100%, inteiro, completo.).

Um cara bem século XXI disserta sobre o mundo e a necessidade, sobre as vantagens de ser solteiro, de aproveitar, a necessidade de transar.
Tah, então os homens são assim e ponto final?

Não. Eles não são assim.
Eles se sentem assim. São poderosos, enquanto não são capazes de assumir, quando não encontraram quem possa fazê-los querer sexo 100% compromissados.

Encontro agora uma mensagem no twitter do meu amigo fake, no qual ele desabafa "Minha agenda esta tarde foi marcada pela melancolia: Caminhar solitário numa cidade estrangeira, pensando na mulher que me deixou."

Homens não querem apenas sexo sem compromisso. Homens podem querer comprometimento.
Mas o foda e real, é que eles demoram muito pra perceber isso.
E acabam tendo uma tarde melancólica.

Pensem bem.
;)

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

E há...


E tem essa coisa que me faz perder o sono.
O alcool não relaxa, não acalma, muito menos traz a sonolência.
Olha se para o nada e o pensamento agita.
Há saudade, há lembranças...
Não há vontade. As coisas começam a perder a graça. A imagem perde o contraste, não há foco.
Não há companhia para o café, as camisas não estão espalhadas pela casa, os objetos estão no lugar.
Não há falação noturna. Brincadeira sem graça, piada gasta, e-mails. O pré jogo, pós jogo, durante o jogo.
Não há o cheiro pela casa, sapatos andantes, a geladeira não é mais um labirinto, os armários não são desvendados.
Tudo está horrivelmente em seu lugar. Uma organização desumana.
Olho para tudo e nada vejo.
Não há vida, movimento.

A única coisa que desejaria que estivesse no seu lugar, não está.

Entro dentro de casa a procura, reviro quarto, armários, debaixo da cama.
Nada na cozinha, no banheiro, na lavanderia.
O carro está vazio.
É inutil a procura.
Tudo em vão.

E tem essa coisa que me faz perder o sono.
Essa coisa tem nome:

Saudade


"Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar essa pessoa de nossos sonhos e abraçá-la."
Clarice Lispector

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Uma breve história...


A visão estava turva. A raiva dominava a mente e impedia que o raciocínio de atuasse. Vê-lo ali simplesmente a desnorteava. Havia tempo que ela aguardava esse momento: o reencontro. O preparo para ignorar, esquecer, sequer se importar foi treinado insistentemente. Entretanto, a realidade estava ali, incomodando, estressando, desnorteando.

Sem nenhuma amiga por perto para puxá-la dali, ela apenas observava, estática. Não sabia o que fazer. Na verdade não queria fazer nada, apenas fechava os olhos na esperança de que ele sumisse de sua visão no segundo seguinte, como um sonho ruim.

Mas as coisas nem sempre seguem o fluxo que desejamos. Pior, muitas vezes ocorre o oposto do que se espera. E, lógico, não foi diferente nessa situação. Pois pior do que vê-lo era ele avistá-la, resolvendo seguir em sua direção, como se realmente se importasse em cumprimentá-la.

E lá estava ele em sua frente, olho nos olhos e sorriso debochado. Aquele jeito a irritava mais que qualquer coisa, pois ela simplesmente não conseguia reagir à situação, como se estivesse hipnotizada. Com um beijo no rosto, ele abandonou o recinto, ignorando qualquer reação da dona da bochecha.

E ela continuou parada por um longo tempo, não acreditando em como alguém tão cafajeste conseguia ser tão conquistador a ponto de fazê-la esquecer da raiva e de tudo que ele havia feito, por um breve instante.

domingo, 21 de agosto de 2011

Medo

E ainda há medo, receio, cuidados excessivos.
E quanto tempo não perdemos por ser tão cuidadoso?
Quanta oportunidade não passa por nós?
Quanto aprendizado desperdiçado?
São históricos de uma vida sofrida.
É a estabilidade que se tem.
É o medo, o receio, cuidados excessivos.
Há medo de sofrer, de ferir-se novamente, de perder-se.
Há medo de arriscar, de sair, desprender-se, inovar.

...

E o medo se instala, envolve, não conforta, mas acompanha.
Medo do novo, de uma nova moradia, um novo emprego, um novo amor.
Não ter tudo sobre controle.
O pensamento é vadio sai sem avisar, vai para onde quer ir, não dá satisfação.
O coração sofre, a angústia se desfaz através de lágrimas.
Há medo do novo, do descontrole.
Há vontade de tentar, de arriscar.
Há medo de conseguir.

Surpreender.


"O medo de um nome só faz aumentar o medo da própria coisa."

- JK Rowling

sábado, 20 de agosto de 2011

Guia da (in)sanidade



Procuro o chão. Um apoio para minhas emoções. Uma saída para a ansiedade.
A vida é aleatória, não segue regras, não obedece a desejos.
O coração dispara, as lágrimas caem, os sentimentos se confundem.
A calmaria parece inexistente, a felicidade distante, o desespero ameaçador.
A razão, o sentido, o rumo.
Somente uma pessoa consegue me guiar no meio dessa escuridão.
Somente você tem esse poder.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Medo do escuro


A novidade assusta. Mesmo sendo melhor, ainda teimamos em preferir o antigo. Cada um escolhe uma desculpa, uma razão para não querer a mudança. Afinal, é muito mais fácil permanecer na zona de conforto.

E então nos acostumamos com o diferente. Voltamos ao ciclo de não querer seguir um novo caminho, viver o desconhecido. Mesmo que nesses vários ciclos muitas coisas boas tivessem acontecido, mesmo sabendo que tudo pode ser muito melhor. Mas, e se não for?


O medo do “como será” nos deixa sem reação. Desistimos de enfrentar o escuro por não saber se iremos tropeçar, cair ou, pior, machucar. A luz no fim do túnel parece distante, um prêmio que não vale a pena quando não se sabe a situação do caminho.

Assustador. Desafiador. Instigante.
Assim como o futuro.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Enfim!

Expectativa, coração a mil. Olho, apalpo, sinto.
Sem sair do lugar, fecho os olhos e encontro cada peça que está guardada no lugar exato.
O vestido, o perfume exato, o prendedor, brincos, sapatos. Tudo ok. Tudo sobre controle.

Espelho, reflexo, reflete.
O fim do expediente, o inicio de uma nova caminhada, a partida.

Reviver uma nova experiência, recordar o local dos meus sonhos.

Na companhia de quem sempre esteve presente.
De quem acalmou quando estive ansiosa, nervosa, estressada...
De quem confortou quando as lágrimas vieram...
De quem aqueceu quando estava frio.
De quem fez cafuné, carinho, presença.

Foram dias em que procurei um abraço, um secador, um penteado.
Foram dias sem filme, sem história.
Dias de muita conversa, riso, choro.
Dias de água, cachaça, companheirismo.

Na companhia nem sempre com a presença.
De quem está distante, em outra cidade, em outro mundo.
De quem está ao lado e pontes existem entre nós.
De quem está onde sempre deveria estar.


Foram dias de desencontros, compromissos cancelados.
Inúmeros bolos, caminhadas, risadas, caipirinhas.
Tequila, vodka, cerveja, Ponto da Picanha, baladas sonhadas.

Está na hora de tomar o banho, de lavar a alma, e reconhecer o esforço.
Está na hora de estar, de ser.
Está na hora de agradecer.

Obrigada!
Enfim, FORMADA!


domingo, 14 de agosto de 2011

Simples²

Respira fundo.
Limpe as ideias.
Recicle as utilidades.
Tenha o necessário.
Lembre das coisas boas.
Sorria.
Pense positivo.
Tudo, pode sim, melhorar.

Tenha um objetivo.
Realize um sonho.
Acredite em si.
Acredite nos outros.
Pratique o otimismo.

Respire fundo.
Acredite.
Realize.
Seja.
Aja.
;)

sábado, 13 de agosto de 2011

Arrumação

Hoje empolguei.
O simples ato de arrumar o guarda-roupa me fez vagar...
Encarei um fato tão simples, como algo superior.
Quantas vezes não retiramos objetos, roupas, entre outros e nos esquecemos deles? Então num futuro próximo ou mesmo distante a memória nos faz lembrar como se ele ainda estivesse ali.
Procuramos, reviramos, temos a necessidade de reencontrá-lo, então a memória volta e nos lembra de que descartamos o objeto.

Aconteceu com as pelúcias, com roupas, com cadernos que foram doados para crianças. Não havia mais necessidade de tê-los comigo. Eles foram fazer companhia, suprir necessidade de outros.

E quantas vezes doamos um objeto, e sem querer outro vai junto?
Reviramos a memória, sem saber exatamente o que aconteceu. Onde fora parar? Como foi embora sem se despedir?

Não houve a intenção do descarte. Não houve o pressentimento de que desprenderíamos dele. Ainda não era hora dele partir, mas simplesmente ele se foi. Foi junto com o outro, saíram de mãos dadas, cúmplices no desaparecimento, um sequestro.

E quanto as pessoas?
Loucura? Não. Às vezes limpamos o guarda-roupas, as gavetas, as amizades.
Algumas despedem-se, se vão. Avisam.
Outras se vão. Não avisam, não se importam, apenas partem.
Algumas simplesmente desaparecem.
Como uma peça de roupa que foi junto com a roupa doada, ela se camufla, se envolve e desaparece.
Saem juntas, cúmplices, de mãos dadas.

Recentemente desfiz de algumas amizades, e, revendo percebi que outras se foram...
Não há muito o que dizer, nem sei se saudade...
Foi um objeto esquecido, uma amizade camuflada...

Não há o que dizer as vezes tiramos um objeto e outro vai junto...
Na vida, às vezes uma pessoa se vai e outra vai junto...
De mãos dadas ou não...
E o pior não sei se seria ela ir agregada sem a despedida, ou ir e não ser notada...

vida que segue...

Guarda-roupa arrumado.
Vida limpa.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Tempo

E o dia passa numa velocidade incalculável.
As horas, não marcam o tempo. O tempo é incontrolável.
Os instantes escorrem, derrapam, piscam, se vão.

E o tempo é como o rio.

Mas de repente, os movimentos ficam lentos.
O barulho se cala. A folha que voa, pára no ar.
Não foi a lugar nenhum.

Escuta-se a batida do coração.
Sente-se a pulsação.

De repente as coisas não acontecem no tempo, não estão em câmera lenta.
Simplesmente as coisas param.

O que resta?
Um último suspiro, uma última esperança.
O último olhar.
E a vida segue o rumo.
O tempo voa.

A noite chega, ao som da música que pergunta:
- "Quanto tempo tenho?"


domingo, 7 de agosto de 2011

Descontrole

A cabeça roda, os pensamentos confundem, o coração dispara.
O não é certo, a indecisão consiste no sim.
Querer não é poder. Poder pode não ser querer o sim.
Contraditório, antagônico, verdadeiro, real.
Confusão, confusa, ão.

Não se quer, não se pode, não se tem.
E a vida é o verso, é o reverso, o inverso, contrário.

Descontrole.

Regra n⁰ 26


O presente é resultado de minhas ações passadas, meus pensamentos deturpados, minhas intenções confusas. Procuro o culpado, coloco tudo sobre seus ombros, mas sei que sou a única responsável. Surge a pergunta: devo me arrepender por não ter tentando de verdade, com todas as forças que eu poderia?



Filosofia boba essa de nunca se arrepender do que fez e sim do que deixou de fazer. Um conceito que sempre sigo, mas dessa vez não me arrependo de desistir. Sei que tudo poderia ser diferente, que só dependia de uma palavra minha, uma ação realizada por mim.



Entretanto, até os últimos minutos minha mente ainda não se decidira, meu coração se encontrava em um labirinto sem previsão de encontrar a saída. A dúvida é inimiga da ação, pois qualquer coisa que der errado torna o raciocínio confuso, surge o arrependimento da decisão que temos a certeza que tomamos de maneira errada.



Por isso, nessa situação única, não me arrependo de não ter tentado. Mentiria se falasse que não gostaria de ter tido a coragem de arriscar, afinal, quando se desiste a situação fica guardada, sendo digerida lentamente, perturbando os pensamentos. Talvez se o cenário fosse um pouco diferente eu poderia estar tremendamente chateada com minha falta de coragem em arriscar, mas na história não existe talvez, então vamos deixar esse tópico de lado.



Regra n⁰ 26: Em história não existe talvez.

sábado, 6 de agosto de 2011

Você²

Uma tranquilidade.
O vento sopra suavemente, a árvore se veste com as mais lindas cores, as flores surgem, as borboletas dançam, pássaros cantam.
Uma felicidade.
O sorriso encanta, o cheiro que vicia, o toque que acalma, a presença que protege, a vontade que acompanha.
...
Uma satisfação.
As coisas estão em ordem, o coração está feliz, o sorriso estampado é sincero, o tempo passa sem desperdício, e na memória: você.
Uma verdade.
Você fica, você fixa, você se instala...
No pulso, no cacto, no coração.
...

"Os pequenos detalhes são sempre os mais importantes."
- Sherlock Holmes

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Valores

Ok, eu tentei.
Tentei uma escrita do cotidiano, tentei expressar a inutilidade, a futilidade.
Uma tentativa de falar dos valores da sociedade.
Da importância do supérfluo.
Da necessidade do desnecessário.

Valores desvalorizados, o ser é o ter, e não o ser.

A importância dos números e não do sentimento.
A valorização do palpável, deixando o abstrato oculto, ignorado.
A magia, o encanto foram substituídos.
Apresenta-se o carro, a carteira, o status.

O reconhecimento apenas se está apresentável.

Não usar grifes, não ter milhares de sapatos, um celular ultrapassado, bolsa de artesanato, andar de ônibus, bebemorar em butecos...

Viver na simplicidade. Libertar-se.

Ter amigos verdadeiros, uma família que seja família, um carro como um coração de mãe, assim como sua moradia.

Tentei escrever, uma tentativa em vão.

Valores, valores, valores...
Diferenciados

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Loucura real

E o tempo passa, ele voa.
Ela passa no tempo, o tempo passa por ela, eles voam juntos.
São pássaros, são pessoas, são vontades, são atitudes.

É um doce gelo na barriga, um arrepio frio que atravessa a espinha.
O arrepio da pele, o ritmo da respiração, a falta de controle, a boca trêmula, o coração dispara.

São os dedos que caminham no corpo, o suspiro, a voz que timidamente sai intimidando, o sorriso, o cheiro, a aproximação.

É a expectativa, a escrita, o desejo, atitude.
É a contagem regressiva, o planejamento, descontrole.

É um querer que não se quer.
É um desejar indesejável.
É irritante, é intrigante...

É pensar no que não se quer pensar.
É se encontrar pensando. Imaginando. Indo além de si, ao encontro dele.
É angustiante a sensação.
É deliciosamente gostoso sentir.

É uma loucura real.

...

E isso é fato:
É uma loucura real

E que minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor e a outra metade... também.

- Oswaldo Montenegro

Caindo no esquecimento


 
Você não viu meu sorriso,
Você não percebeu minha tristeza,
Tão pouco notou minha alegria,
Ou sentiu meu desespero.

Com um simples estalo,
Não éramos mais nada,
Como se os sentimentos
nunca tivessem existido.

A felicidade acabou,
E com o tempo a dor também.
Tudo foi esquecido...
Ou não!