domingo, 27 de fevereiro de 2011

Coincidências existem?


A maioria das pessoas não gosta de pegar esses panfletos que são distribuídos na rua. Também não gosto, mas hoje abri uma exceção. Diria que foi uma tremenda coincidência, ao final do mesmo, ler a frase de Cecília Meireles: “Há pessoas que nos falam e nem escutamos, há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam, mas há pessoas que simplesmente aparecem em nossas vidas e nos marcam para sempre”.

Seria uma brincadeira do Senhor Destino, logo depois de você ter me marcado para sempre, receber essa frase em minhas mãos? Seria uma pegadinha da Senhora Coincidência, depois de tantos textos destinados a tentar descrever a sua marca, ler essas palavras?

Prefiro não divagar sobre coisas que não podem ser explicadas. Prefiro tentar colocar nexo na minha filosofia sobre o seu poder. Mas não posso negar, Cecília Meireles conseguiu traduzir em palavras o que venho tentando tirar do simples pensamento e colocar no papel. Você simplesmente apareceu em minha vida e me marcou para sempre...

E acrescento mais: sem pedir permissão! òó

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Príncipes e Princesas

Joana, era uma mulher forte, independente.

Acreditava ter encontrado um amor para a vida inteira, sabia que necessitava de mudanças.
Sabia que deveria ser mais feminina, mais sensível, menos determinada.
Sabia que necessitava de mudanças para encontrar seu amor. Mas o tempo lhe provou algo.
Ela se doou, se dedicou a pessoa errada.
Uma pessoa que era incapaz de confiar, uma pessoa que tinha ciúmes de seu passado, e desta forma não confiava em sua mudança.
Uma pessoa que era incapaz de entender inúmeras coisas, uma pessoa que era incapaz de se doar, de se deixar envolver, pois desde o inicio, ele achava que ela era a errada, que não teriam futuro.
Joana acreditava no príncipe encantado, na evolução de sua vida. Tornou-se uma pessoa diferente, mais dependente, menos determinada. Já não conseguia sair sozinha, já não bebia tanto quanto antes, já abrira mão de loucuras, por um amor abstrato.
Joana começava a acreditar que não queria dormir abraçada, que não queria sentir carinho do amado, que não queria acariciar o amado. Ela começava acreditar que tal gesto de carinho era errado e detestado por vários homens.
Joana procurara ser mulher para o homem que não queria ser homem para ela.
E o dia do fim chegou.
O homem queria uma mulher que não fosse amiga, queria uma mulher que não fosse independente, queria uma mulher que fosse flexível e atendesse a suas expectativas. O homem queria uma mulher que Joana não era. E ele jogara isso na cara dela.
Ela era uma amiga com quem transava. Ou um amigo...
Joana, a mulher sentiu-se magoada. Prometeu mudar. Tentou reatar. Mas o homem pedia maturidade, eram adutos.
Foi então que Joana percebeu. Ela se anulara por um homem que ao menos tentara algo para fazê-la feliz. Desde o inicio percebeu que o perfil de mulher para aquele era de uma mulher frágil, totalmente dependente, uma ninfetinha que poderia fazer dele gato e sapato. Joana era mulher. Uma mulher decidida, determinada. Uma mulher que prezava o respeito e o amor a si e ao próximo. Era uma mulher que necessitava de mudanças. E mudara pela pessoa errada.
Hoje ela pode perceber que realmente o que ela quer é um homem que durma abraçado mesmo estando 38°C, que acaricie e deixe ser acariciado. Joanna percebeu que esse homem foi perfeito na vida dela, mas foi finito.
Ele a magoou profundamente, e ainda pedira que ela fosse madura.
Ele queria uma mulher dependente, virgem... ele queria uma mulher de aparência. Joana não era nada disso, seu perfil não atendia a vaga solicitada.
Ela desejava que ele encontrasse a mulher que tanto procura, e deseja que ela não o faça sofrer, assim como ele fez com ela.
Em pleno século XXI, quem atender a esse perfil, favor entre em contato.
Joana não espera pelo príncipe encantado. O homem espera pela princesa que vive no castelo, longe da realidade.
Quem sabe ele não encontre uma menina meiga e carinhosa que quando ele não puder passar um fim de semana, faça com ele o que a maioria das mulheres da atualidade fazem. Não que Joana deseje mal a ele...

Ela pede todas as noites:
Tomara que ele encontre a princesa que vive num castelo, longe da realidade.

Seria possível abrir?


Palavras subentendidas podem ser mal compreendidas. Entretanto, como falar com todas as palavras frases tão difíceis, que podem expor um coração que não quer receber críticas?

O “não” é algo que marca muito mais que um “sim” e não estamos dispostos a adquirir cicatrizes. A questão é até onde é viável manter o coração sem machucados? Pois isso implica em fugir, evitar encarar os sentimentos e trancá-los a sete chaves.

Seria essa caixinha a de pandora, que ao ser aberta poderia trazer muitas infelicidades? Ou seria apenas uma proteção contra arranhões? A desistência por medo de se ferir.

Entretanto, mais cedo ou mais tarde alguém consegue encontrar todas as chaves, percorrer todos os caminhos e abrir todas as portas. Essa pessoa ignora o não irreal, investe na busca pela verdadeira resposta e tenta encontrar aquelas palavras que estão escondidas no mais profundo abismo.

Essa capacidade de percorrer os labirintos criados para que todos se percam assusta. O barulho da última porta se abrindo gera pânico. Confiar todas as chaves a uma pessoa é responsável pelo medo de a história se repetir.

Será que ao final todos os cadeados serão fechados novamente?

Regras

Engraçado. Vivemos num mundo de regras, leis e suas variações. Como se não bastasse as regras impostas pela vida, pela sociedade um alguém me questiona das minhas.

1ª regra: Não beijar um desconhecido quando quando ele se torna conhecido.

Essa regra consiste no não beijo em um novo conhecido no momento de transição do desconhecido para o conhecido.
O não beijo de um homem em boate . talvez esse homem não entenda que não quero correr o risco de compartilhar bacterias terceirizadas, talvez ele não compreenda o real significado de um beijo. A intimidade que ele significa para mim.
O beijo na atualidade foi banalizado. Ele não tem seu valor, ele não tem sua conquista, não tem a expectativa, o medo de recebê-lo ou não. O beijo foi simplificado pela massa.

...

Eu e minhas regras e minhas loucuras de possibilidades... Ela e eu. Ele contra ela. Ele a favor de mim.
Ele questiona, eu cedo. Eu estava a favor dele. Desta vez burlei minha regra, corri o risco de terceirizar bactérias. Deixei que ele penetrasse no íntimo dos meus beijos. Degustei o beijo de um novo conhecido.
E ele? Ele tinha regras também. Tinhamos mais coisas em comum do que imaginávamos. Não era apenas os amigos engenheiros, as regras, o não saber dançar forró... Tinhamos corações partidos, eram dois corações partidos procurando reestruturação, uma reforma.
E era dia da quebra das regras..

Continuação?

2ª regra: Amigo de ex é finado.

...
Ahhh mundo das regras...
Contemplamos o nascer do sol. Talvez quebraria mais uma regra.

Coisas que eu sei
As noites ficam claras
No raiar do dia

Coisas que eu sei

São coisas que antes

Eu somente não sabia...

Regra da sociedade: BH é um ovo!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Máscaras

Historia meio verdade, meio não verdade. Perguntas sem respostas. Tantas palavras transmitidas, encobertas por muitas outras. Por mais que a convivência permita entender algumas mensagens subliminares, queremos ouvir as palavras sem rodeios, sem máscaras.

Entretanto, o medo surge. Medo de revelar a minha fraqueza por você. Medo de tirar a máscara e revelar a verdade por traz dela. Será que se surpreenderá? Será que desistirá? Será que você também está disposto a retirar a sua máscara?

Ele

E ele irrita e, irradia uma alegria sem igual.
O coração ontem estava calmo, calmo o bastante para que não fosse detectada a existência dele dentro do peito.
O ar estava mais puro, o vento soprava mais lentamente. As formas cores estavam mais nítidas. O trânsito estava fluindo.
Ele havia ligado, trocaram palavras, nada de esperanças coloridas, mas uma voz.
Não havia esperança de um amor para recomeçar, não havia esperança de uma tentativa. Ou se havia era bom não haver.
A preocupação com a merda do texto, a preocupação com a merda do pedido. Tudo isso estava presente, era uma irritação, mas com uma alegria sem igual.
Ele não entendia que não há comparação, não existe isso, pois ele era único. Unicamente sem igual.Ele não entendia que as mudanças que trouxera era para sempre, era finita, era eterna.
Ele não entendia que ela não era louca, que a loucura consistia em ser alguém normal. Uma pessoa errada, com defeitos e inúmeras qualidades.
Ele não a entendia. Ele não a conhecia. Ele não sabia que ela se escondia através das palavras. As palavras confortavam, amaciavam o corpo, era o airbag da vida.
Ela sofrera um acidente, mas as palavras poderiam salvá-la.
E ele a conhecia tão bem. Foi capaz de sentir o frio na barriga.
E ele não a conhecia nada, ao ponto de magoá-la profundamente.
Ele a irritava e ela sentia-se feliz.
Ele transmitia um sentimento.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Um outro Braga

Um outro Braga te faz enlouquecer, perder a cabeça. Desestrutura toda sua vida, provoca calafrios e tesão num simples olhar.

Um outro Braga te faz viver a vida errante. Foi ele que te conheceu no pós balada, numa balada, aceitou o não beijo, escutou você falando que era a Xuxa, tinha os olhos azuis e era loura. Foi este Braga que pegou o nº do seu telefone, ligou após o jogo do dia seguinte. Foi esse Braga que ao ouvir o som do Rappa pediu para parar tudo e foi a frente do palco. Cantou feito um louco. Derrubou cerveja, falou da banda. E você dizia que era a Xuxa para ele.

Um outro Braga te faz compartilhar loucuras, momentos proibidos. Bebidas e mais bebidas. A fuga do bar sem pagar a conta, o encontro após uma corrida pelo quarteirão, a adrenalina, o álcool... Cenas proibidas no elevador, na varanda, no terraço.

É ele também que gosta de ver os Simpsons no sofá da sala, gosta de contar piadas sem graças, e você ri delas. Poe a música para tocar e acha que você não consegue conversar prestando atenção na letra. Solos de guitarra, ensaios da banda, showzinhos... Ele defeituoso tem sua paixão, o Flamengo. Você tem um amor, o Santos. Nomeou um apelido para sua tatuagem... D de danadinha...

Sons de guitarra, letra de música, uma banda. Ele tocava. Você o apreciava, o contemplava.

E a música tema:

“Sou errada, sou errante
Sempre na estrada
Sempre distante
Vou errando
Enquanto tempo me deixar”

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Companhia

“Me faz companhia essa noite?”
SMS entregue.

Uma pergunta sutil e valiosa. Ela tinha algum medo, medo do escuro, medo do inseguro, dos fantasmas, da própria voz. Ela teve medo do dia, da notícia, medo de que seu coração a abandonasse e desistisse de bater.

Ela queria companhia para enfrentar a longa noite que queria a assustar, foi então que o interfone tocou. A companhia chegou.

Ele a confortou, não questionou, não julgou. Secou suas lágrimas, preparou seu banho. Fez companhia, cafuné, deu colo, carinho.

Já se passaram 74 meses e 1 dia desde o primeiro beijo, mas a cada novo era absolutamente inédito. Eles se beijaram. E o momento poderia ser perfeito.

Ele a conhecia. Cobriu-a com seus braços, ninou-a, beijou a testa, a face... Seus dedos brincaram entre os fios de cabelo dela. Ele a amou sem tocá-la. Ele a amou respeitando o seu tempo. Jurou protegê-la, prometeu fazê-la feliz, cuidaria dela para sempre...

E essa história não teria um final feliz, pois não terá fim.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A curiosidade matou meu dia

E a curiosidade matou meu dia.
A inspiração voltou?

Não sei... parece que perdi o ar. Por um instante não houve circulação sanguinia. O mundo ficou escuro.
As pessoas falaram e eu não ouvi.Senti meu rosto vago, minha mente ausente, vi meu corpo chorar, sangrar.A curiosidade matou meu dia.
Meu coração sangra, minhas pernas estão dormentes, assim como eu.
A curiosidade me fez sofrer.

A vida teria de continuar sem mim.
A inspiração está ausente.
Ela não se manifesta nem nos sonhos, nas mensagens, nos textos lidos.
A inspiração foi buscar uma vida. Ela está cansada de um corpo oco. De sentimentos medonhos ou ausentes.
A inspiração está numa esquina qualquer, esperando o reencontro da alma com o corpo.


domingo, 20 de fevereiro de 2011

Em busca de...


 

Estou a sua procura. Uma procura ao acaso, em vão. Será que quer ser encontrado? Talvez o certo fosse esquecer a sua presença, apagar a sua existência. Mas por que insisto em tentar achá-lo?

Me pergunto se está a minha procura ou se nem se lembra mais. Afinal, por qual motivo continuaria a busca? Será que nossos pensamentos seriam assim tão semelhantes?

Dúvidas. Perguntas. Questões.

Será que amanhã encontraremos as repostas?

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Vidas

Certa vez falei que existem pessoas que simplesmente são. Sim, essa frase está completa, não precisa de continuação. Quando encontramos alguém assim, parece que não existe mais ninguém. Não, não significa paixão. Significa compreensão.

Um único encontro, um único momento de confidência. Segredos mudos, cujos olhos simplesmente se entendiam. O conforto de um abraço sem segundas intenções, o colo do mais novo melhor amigo de infância.

Aqueles que acreditam em várias vidas dizem que as pessoas que se gostam tentam retornar próximas. Se isso de fato existe, com toda certeza esse foi o momento. Entre brincadeiras e agrados, revivemos um momento. Será?

Não sei explicar e muitos não conseguem entender. Esse tipo de situação não pode ser descrita, apenas vivida. Porque esse sentimento de cumplicidade não é algo que se aprende e sim que acontece.

Mentiria se dissesse que não me importo se nossos caminhos nunca mais se encontrassem. Tenho medo de mais uma despedida, talvez por isso não tenha dito aquela palavra. Fica na memória um beijo no rosto, a espera de um novo reencontro.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Diálogo?

E o mundo pode estar contrário, ou a caipi realmente faz efeito.
A conversa não fugiu muito das últimas. Pode ser classificado como um interrogatório. Uma entrevista.
Uma caipi compartilhada e assim começamos o que julgo ser um diálogo.

- Oi, tudo bem?
- Tudo sim.
- Posso sentar?
- Fique à vontade.

Momento de silêncio.

- Posso oferecer algo para beber?
- Estou terminando minha caipi. Pode me fazer companhia.

- Rodrigo Antônio, prazer. Como se chama?
- Ana Luisa.
- Quantos anos você tem?
- 25. E você?
- 27.

- Você trabalha? Onde?
- Atualmente trabalho como freelancer.
- Qual sua experiência? Está interessado em aprofundar seus conhecimentos? Você é uma pessoa capaz de tomar iniciativa? Tem facilidade em trabalhar em equipe? Conte-me sobre seu relacionamento interpessoal. Conte-me um defeito e uma qualidade. Diante dos pontos levantados, está disposto à próxima etapa? Após o teste entro em contato com você. Mas antes, deixe-me fazer mais uma pergunta:
- Qual expectativa que você tem sobre o futuro de nossa conversa?

...

De repente, não mais que de repente. Fechamos o acordo. Após três meses de experiência, haveria a possível contratação.



E o mundo poderia estar contrário. A caipi poderia distorcer a imagem. Estávamos formalmente vestidos.
Não paguei pelas caipis.

Um doce pelos seus pensamentos...

Conheço pessoas previsíveis. Consigo ler seus pensamentos, prever seus próximos movimentos e até imaginar a frase a ser dita. Poderia dizer que o convívio faz com que um simples olhar possa ser muito bem interpretado.

Entretanto, porque não consigo entender sequer um pouquinho sobre outras? Aquelas que realmente me intrigam, que eu faria tudo para saber o pensamento naquele momento chave ou o que foi planejado. Suas ações me surpreendem, me deixam confusa, perdida no decifrar. Entender os sentimentos, então, nem consigo chegar perto! 

Poderia dizer que não conheço nada, mesmo conhecendo tanto. Por que não consigo decifrá-lo? Não consigo entender a mensagem escrita no seu olhar. Seria minha mente pregando peças? Buscando quebra-cabeças onde na verdade não existe labirinto nenhum? Será que tudo é muito mais simples?

Um doce pelos seus pensamentos!


Unhas vermelhas

Minha mãe costumava me dizer para tomar cuidado com mulheres com as unhas pintadas de vermelho.
Quando a conheci, logo notei suas unhas pintadas de vermelho sangue. Muito sedutora eu diria. Sutilmente provocante até.
Mas agora, depois de tanto tempo, ela estava ali, segurando meu braço com força, quase cravando aquelas perigosas unhas vermelhas em minha pele - o que me faz pensar por um breve momento que talvez minha mãe estivesse certa. Me olhando com aqueles olhos encantadores, mas cheios de lágrimas. Insegura. Dizendo aos gritos que não queria me perder. E eu só conseguia pensar naquelas unhas. Lembrando de como ela ficava linda pintando-as, sentada na cama, concentrada com fones no ouvido possivelmente tocando Artic Monkeys. Eu a chamava uma, duas vezes, e quando ela percebia dava um sorriso e dizia que terminaria logo.
Minha doce garota. Sempre tão sorridente. Mas sempre observadora, até demais eu diria. Preocupada demais com a nossa relação. Possesiva. A ponto de eu não poder agüentar mais. Eu a amava. E amo. Mas não conseguia viver sob aquele olhar constantemente investigativo.
Não consigo dizer a ela o que sinto. Me parte o coração vê-la implorando por uma segunda chance. Mas não posso dar essa chance. Não quero.
Ela solta meu braço. Começa a roer as unhas. De acordo com seu manual, que demorei bastante a interpretar, isso é sinal de tristeza. Soando mais como decepção. E decepcionando minha garota, sei que perdi seu sorriso para sempre.
Frágil. Como queria poder abraçá-la e dizer que tudo vai ficar bem. Mas novamente não posso, porque sei que não vai. Vendo-a daquele jeito, vulnerável, finalmente percebo que não há nada de perigoso, portanto minha mãe estava errada. Ela é inofensiva, apesar de seu breve descontrole momentâneo.
Ironicamente, ela esqueceu um de seus vidrinhos de esmalte no meu quarto. Vermelho cereja.Algo me diz que vou demorar a esquecer essa garota e seu jeito provocante e sorridente. E sei que é exatamente isso que ela quer.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Em busca da palavra perfeita

Tentei falar. Tentei escrever. Os pensamentos se confundiam com palavras que jamais pensei usar. Você me confunde, perturba meu mundo e, por incrível que pareça, isso é algo bom.

Saio do todo dia, vivo o diferente. Você me fornece um novo dia a cada dia. Um novo momento a cada hora. Não sei como você consegue, onde foi que aprendeu esse poder. O poder de me ter em seus braços, o poder de entrar em minha mente e dominar meu coração.

Queria encontrar a palavra perfeita para marcar em seu coração, mas minha mente não consegue pensar em nada além de sua imagem. Como você quer que eu fale, se não me deixa pensar, não me deixa respirar.

Procuro dizer tudo que sinto, mas na verdade não sei o que se passa comigo. Meu coração se confunde, com emoções nunca antes sentidas. Que poder é esse, que despertou em mim algo que jamais imaginei existir.


terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Morto-vivo

É incrível como uma palavra pode gerar um turbilhão de sentimentos, emoções ou até preencher a mente com tantos pensamentos.

A imaginação corre solta, lembrando o passado e tentando prever o futuro. Uma palavra consegue tirar a pessoa do presente e levá-la para uma dimensão paralela, o famoso "mundo da lua".

É simplesmente fantástico o poder de trazer a tona sentimentos esquecidos, enterrados. Será que foram enterrados vivos?

Vontade


Vontade de sumir, desaparecer.
Vontade de dançar na chuva, no teto, na alma.
Vontade de aprisionar, tornar-me eu em meu mundo.
Vontade de amar, viver, apaixonar, sofrer.
Vontade de responder, receber, perguntar.
Vontade que se desfaz no medo, numa angustia horripilante da verdade.
Vontade de rever, tocar, sentir.
Vontade de matar a saudade do timbre da voz, da suavidade da pele, das covinhas da bochecha, da pupila dos olhos. Da orelha, do cabelo, dos músculos.
Vontade de morrer por desejar ter vontade.
Vontade de sentir a ausência das lágrimas, de sentir o coração inteiro...
Vontade de viver. Aprender viver sem vontade.
Vontade...ade... Von...ade...
Ata... mata... fere...ere...a alma...

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Des-equilibrio


Em alguns momentos precisamos gritar, em outros, chorar. As vezes apenas precisamos de um tempo para pensar, organizar os conflitos, desorganizar os sentimentos.

Algumas vezes sentimos um vazio enorme e não sabemos como encher o que quer que seja. Palavras tentam cobrir, mas nem sempre são grandes o suficiente. Conselhos tentam ajudar, mas nem sempre conseguem transportar o necessário.

O vazio é bom e ruim. Transbordar é bom e ruim. O ideal é o equilíbrio. Entretanto, poucos conseguem alcançar, se é que existe alguém capaz de fazê-lo. Todos tentam de alguma forma, com maneiras alternativas, encontrar o tal ponto de equilíbrio. Fazem o melhor de si.